Se o Governo não avança com a abertura da Base Aérea N.º 5, de Monte Real, aos voos comerciais, prejudicando a região Centro e se as "forças" políticas e económicas não têm "força" para exigir uma solução, Coimbra avança e tentará ser o local escolhido para um aeroporto regional no Centro de Portugal.
Esta parece ser a ideia por detrás dos estudos encomendados pelo presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, em vésperas de eleições autáquicas.
O autarca parece querer capitalizar em benefício próprio e da região de Coimbra a eventual transformação do aeródromo Municipal Bissaya Barreto, em Antanhol, em aeroporto comercial.
A notícia é avançada pelo site noticioso Notícias de Coimbra que afirma que o autarca entende que a abertura ao tráfego civil da BA 5 poderá tornar-se inviável por “dificuldades técnicas e de operação”.
“Como alternativa a Monte Real apresentaremos a solução Cernache”, sublinhou em declarações aos jornalistas após entregar no tribunal as listas da candidatura (Re)Valorizar Coimbra.
O site recorda que até já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aterrou no sábado, 5 de Agosto, no Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, viajando a partir de Lisboa, a bordo de um avião da Força Aérea Portuguesa.
Segundo o Notícias de Coimbra, o Presidente da República terá desejado dar um sinal que a infraestrutura pode ser mais do que é, manifestando assim, de forma subliminar, o seu apoio às pretensões de Manuel Machado.
[LER_MAIS] “É a primeira vez que aterro em Coimbra”, declarou ao site, Marcelo Rebelo de Sousa, à saída da aeródromo de Antanhol.
“É sempre bom aterrar em Coimbra, sobretudo para um professor universitário, porque é a alma mater da cultura e da academia em Portugal”, frisou.
Numa reunião do Executivo municipal, Manuel Machado deu a entender que a Força Aérea Portuguesa jamais permitirá que Monte Real seja transformado em aeroporto comercial, o que abriria caminho para a ampliação e modernização do aeródromo de Antanhol.
O Presidente da Câmara de Coimbra lembrou que a ideia nem sequer é nova, pois vem do tempo em que Mota Pinto era primeiro-ministro.