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“Há sempre uma esperança que possamos ser referência”, diz João Gonçalo Lopes, arquitecto de Leiria que operacionaliza modelos híbridos em que se cruzam o design, as artes e a educação e que, com Diogo Monteiro, também arquitecto, orientou nas últimas semanas um workshop artístico comunitário no bairro Quinta do Loureiro, em Lisboa, como parte da programação do Festival Iminente.
No antigo Casal Ventoso, no Vale de Alcântara, mais de 20 anos após o realojamento, a intervenção do Colectivo Til procurou “nomear sítios” e “passar mensagens”, de modo a deixar “algo positivo” para os moradores e famílias das torres de habitação colectiva onde diferentes gerações convivem com a toxicodependência e com o tráfico de droga a céu aberto.
“Mostrar coisas diferentes e posturas diferentes de aprendizagem”, explica João Gonçalo Lopes, ou seja, “criar efeitos colaterais” e “alternativas”.
A apresentação dos resultados do workshop artístico comunitário com as crianças e adolescentes da Quinta do Loureiro decorreu ontem à tarde, em cinco locais que receberam placas de sinalização produzidas pelos mais novos.
Também no acesso ao bairro passa a existir sinaléctica e o nome Quinta do Loureiro – mas, antes, este conjunto vai estar em exposição no Terreiro do Paço, nos dias 14 e 15 de Outubro, no contexto do Iminente Take Over.
