O Colégio de S. Miguel, em Fátima, no concelho de Ourém, voltou a ser o melhor posicionado da região no ensino secundário, segundo o ranking elaborado pelo jornal Público, onde a nível nacional são as escolas privadas que dominam os primeiros lugares.
No público, a Escola Henrique Sommer, de Leiria, é a melhor classificada, surgindo mesmo como a segunda melhor do País. Nos rankings deste ano verifica- -se uma melhoria generalizada nas médias dos exames no secundário e, sobretudo, no ensino básico na região.
Em Leiria e Ourém, das 63 escolas básicas, 50 melhoraram as médias, mesmo aquelas em que os resultados ainda são negativos. “Sendo esta uma escola que integra a oferta pública ao abrigo dos contratos de associação, não existe qualquer filtro social ou processo selectivo. Dez por cento dos nossos alunos têm necessidades educativas especiais ou são crianças institucionalizadas. Neste contexto, o 28.º lugar no ranking nacional de exames do secundário revela o excelente trabalho que aqui é desenvolvido”, afirma Manuel Lourenço, director do Colégio S. Miguel, que tem 1125 alunos nos 2.º e 3.º ciclos e secundário .
Apesar de satisfeito com os resultados no ranking, o responsável salienta que as boas classificações “não são a parte principal” dos objectivos. “Queremos que os nossos alunos, quando terminam o seu ciclo de estudos no colégio, estejam bem preparados para a vida e sejam bons cidadãos.”
Além do 28.º lugar na ‘pauta’, esta escola ficou em primeiro lugar noranking dos percursos directos de sucesso. Manuel Lourenço explica que este resultado tem em conta “as características sócio-económicas dos alunos”, que evidenciam uma “margem de progressão elevada”.
Segundo o director, no Colégio de S. Miguel cada aluno é visto na sua individualidade específica, mas também nas suas múltiplas dimensões”. Manuel Lourenço adianta que o Colégio S. Miguel é a sua “identidade muito vincada”, construída ao longo de mais de 50 anos.
“É uma escola diocesana, católica, onde a formação dos seus alunos numa perspectiva integral assume-se como desígnio.” Por isso, a principal preocupação no projecto educativo é “formar pessoas, preparadas para encarar a vida com confiança”.
[LER_MAIS] “Guiamo-nos assim por alguns princípios que orientam as dinâmicas: a qualidade de todo o serviço educativo, a qualidade das aprendizagens, as dinâmicas de crescimento pessoal com objectivos claros de melhoria continuada, e de inovação pedagógica. Não descuramos a forte ligação à comunidade nem a nossa inserção num contexto europeu”, acrescenta.
Tal como outras escolas com contrato de associação, também o Colégio S. Miguel viu a tutela reduzir o número das turmas. Manuel Lourenço afirma que, tal como todos os colégios de Fátima, a escola “já deu muitas provas à tutela da qualidade do seu serviço educativo, com tradução em todos os indicadores de sucesso”.
“Desde há dois anos que o Ministério tem levado a cabo um redimensionamento da rede de ensino particular e cooperativo abrangida por contratos de associação. Tal revisão traduziu- -se numa redução de cerca de 50% nas turmas de 7.º e 10.º anos atribuídas a Fátima. Sabemos que há um erro de avaliação e que o actual número de turmas não consegue responder às necessidades dos seus habitantes nem das pessoas que aqui exercem a sua actividade profissional”, constata.
O responsável espera, assim, que no próximo ano lectivo, a situação seja reavaliada e que os “constrangimentos sentidos este ano sejam revertidos”, pois “só assim se mantém este caminho de sucesso dos alunos”.