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A sensibilização para as alterações climáticas é um imperativo inadiável que deve mobilizar toda a sociedade, especialmente os mais jovens, pois serão eles os protagonistas principais na luta por um futuro sustentável. Apesar dos movimentos negacionistas, a crise climática é um problema real, com impacto directo nas nossas vidas, na biodiversidade e nos direitos humanos, que só será ultrapassado com consciência crítica, colectiva e bem informada.
Na entrevista concedida ao JORNAL DE LEIRIA, para o suplemento que acompanha esta edição, Bárbara Costa lembra-nos isto mesmo, com frontalidade, conhecimento e muita lucidez. Consultora, investigadora e activista pela justiça climática e social, critica a comunicação superficial e as tentativas de ‘branqueamento’ ambiental (o chamado greenwashing) que continuam a ‘poluir’ o debate público.
A jovem tem dedicado muito do seu tempo a promover a comunicação, educação e sustentabilidade, como um todo, envolvendo-se em projectos de apoio a causas ambientais e de litigância climática, exemplo da Organização Não Governamental (ONG) Último Recurso, onde coordenou o departamento de comunicação, ou da participação em fóruns climáticos internacionais, em campanhas locais e nacionais.
Bárbara Costa reclama, por isso, a necessidade de uma comunicação mais aprofundada e humanizada, que não dissocie a crise climática dos direitos humanos e da justiça social, um processo onde os jovens podem ter um papel decisivo. Não só porque serão os mais afectados pelas consequências das mudanças climáticas, mas porque têm demonstrado uma capacidade ímpar de mobilização e criatividade para gerar pressão política.
Natural de Leiria, a activista acredita também no potencial da nossa região para liderar a luta climática. Que o seu exemplo, compromisso e determinação sirvam para inspirar as novas gerações, levando-as a trabalhar para influenciar políticas e práticas e garantir que a sustentabilidade é uma prioridade real e urgente.
