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Como é que te chamas?

Alexandra Azambuja, publicitária por Alexandra Azambuja, publicitária
Novembro 19, 2020
em Opinião
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Esquecemo-nos do tempo que as coisas demoram a crescer, das gerações que são precisas para ver árvores valiosas frutificarem. Deixámos de olhar o céu de veludo azul profundo, à noite, para adivinhar o tempo que faria na próxima madrugada.

Afastámos os velhos e as crianças. Uns nos lares, umas nas creches, todos longe, todos mais sós, todos mais desconhecidos. O sentido de comunidade perdeu-se. Não conhecemos os vizinhos, as famílias resumem-se ao osso essencial. Perdemo-nos de vista. Perdemo-nos.

E nesta longa lista de perdas, uma das que tem facturas pesadas é a vida moderna das crianças. Engaioladas desde tenra idade em salas fechadas, perderam muito cedo o mundo. O desafio do mundo, os sentidos do mundo.

Desconhecem o risco, a aventura, o vento e o sol na cara, o frio na espinha de pular sem saber se é suficiente para chegar ao outro lado, quem está do seu lado na aflição, o que significa um silêncio, como se pode fazer de conta que tudo é a sério enquanto se brinca, desconhecem a capacidade com que nascemos de nos levantarmos depois de cairmos, a tribo que se forma quando lutamos pelo mesmo objectivo, a importância de sermos muitos a puxar a corda para o mesmo lado, o valor de se ser engraçado, como gostam de nós se fazemos os outros rir, como é a melhor coisa do mundo quando se é criança, ou seja, brincar.

As crianças modernas não conseguem esperar que o pássaro espreite do ninho, saber que um simples galho pode ser a espada flamejante de um mundo imaginado e que se tentarmos muito, mesmo muito, havemos de conseguir.

As crianças modernas não sabem como é fácil fazer amigos novos, como se pode inventar tudo quando não há caminhos pré-definidos, como há mais mundo para além dos horários dos ATL, das aulas, das “actividades” e como é possível ser feliz a fazer nada, ou simplesmente a testar os limites do corpo.

Estas são as crianças que crescem e um dia terão pavor de entrar num local de trabalho novo, onde não conhecem ninguém porque não experimentaram fazer amigos novos nas brincadeiras sem hora, nem roteiro, que se faziam na rua e no bairro.

Estas são as crianças que terão ansiedade sem o seu telemóvel, porque tudo no mundo tem de dar respostas imediatas como um ecrã onde se clica.

Pois bem, em Leiria – que podia ser a Capital Europeia da Criança – nasceu há anos um Programa que pretende mudar mentalidades colocando as crianças de novo a brincar na rua, em segurança.

Com mais de 3 000 crianças em 47 localidades e 200 adultos voluntários, este é o programa que permitiu mais de 30 mil horas de brincadeira não estruturada na rua, como antigamente, como quando éramos crianças e brincar na rua o destino natural depois de um dia de escola. Lembram-se?

Tornar as nossas crianças mais activas, menos dependentes de ecrãs, mais preparadas para o mundo e sobretudo muito mais felizes, afinal tem um endereço: brincarderua.ludotempo.pt.

Etiquetas: Alexandra azambujaatlbrincarbrincar de ruacapital europeia da criançacriançasocupaçãoopiniãotempo
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