A InfraEstruturas de Portugal (IP) confirmou, na semana passada, a construção de uma nova estação ferroviária em Leiria, a criar na zona da Barosa, para servir a alta velocidade e a linha do Oeste.
A confirmação desta solução, que implicará a desactivação da actual estação e de vários quilómetros do traçado da linha existente, foi feita durante a cerimónia de adjudicação da concessão para a construção dos primeiros 71 quilómetros da linha de alta velocidade (LVA) entre Porto e Lisboa, realizada na semana passada.
Na ocasião, a IP divulgou imagens do primeiro esboço dos projectos que estão a ser desenvolvidos para Leiria e que incluem a nova estação, bem como a transformação da actual e da zona envolvente.
O desenho urbanístico para as duas áreas a intervencionar está a cargo do arquitecto catalão Joan Busquets, autor dos planos para todas estações de alta velocidade em Portugal, em articulação com as autarquias.
“Em todas as estações onde teremos um investimento significativo estamos a trabalhar com os municípios, no sentido de criar cidade”, afirmou Carlos Fernandes, vice-presidente do Conselho de Administração da IP, durante aquela cerimónia.
Gonçalo Lopes, líder do Município de Leiria, adianta que a autarquia aguarda a assinatura do “protocolo de entendimento” com a IP para definir as responsabilidades de cada entidade, no qual a câmara tenciona incluir algumas contrapartidas, não só ao nível das acessibilidades, mas também da requalificação urbana da actual estação e da zona envolvente.
Avaliação ambiental em curso
De acordo com o cronograma apresentado, o concurso para a segunda fase da alta velocidade, entre Soure e Carregado, que inclui Leiria, será lançado no início de 2026, com a conclusão da obra a ser apontada para 2032. Se se cumprir o calendário, dentro de oito anos, Leiria ficará a 40 minutos de Lisboa, através da linha de alta velocidade.
“Já está terminado o estudo prévio e de impacto ambiental [da segunda fase]. Corre a avaliação ambiental e a expectativa é que possamos obter a Declaração de Impacto Ambiental durante o primeiro semestre da próximo ano”, avançou o vice-presidente da IP, convicto que há condições para “cumprir o calendário definido”.