Conforto ambiental e eficiência energética de edifícios vão estar em foco na próxima segunda-feira (dia 28) num evento promovido pelo CentroAdapt em Leiria.
Agendada para as 14:30 horas no Hotel Eurosol Leiria & Jardim, a iniciativa vai discutir a relação entre pessoas, clima e edifícios, num encontro onde se esperam diversos investigadores da Universidade de Coimbra.
Na base desta formação estarão, entre outros temas, o conforto térmico dos edifícios, que, segundo nota da organização do evento, é definido pela American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers “como o estado de espírito que expressa satisfação com o ambiente térmico”.
Segundo Manuel Carlos Gameiro da Silva, professor e investigador da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial, citado em comunicado, “atendendo aos últimos dados do Eurostat, acreditamos que Portugal continua a ser um dos países onde as famílias têm mais dificuldade em manter a casa quente”.
“Com o mercado imobiliário em forte expansão, seja através da construção de novos edifícios seja da recuperação dos existentes, é fundamental levar a cabo sérias políticas de avaliação do conforto térmico dos edifícios, de modo a fomentar um maior desempenho ambiental e energético dos mesmos”, defende.
Os edifícios de habitação são hoje responsáveis por cerca de 30% do consumo final de energia, “pelo que é urgente investir na renovação de edifícios para obtenção de melhor conforto térmico e melhor desempenho energético”.
“Em Portugal ainda que o conforto térmico esteja muito relacionado com o tipo de casa e de construção, há que não esquecer outras variantes como seja o clima a até as condições económicas das famílias, que acabam por condicionar a aquisição de equipamentos e a reabilitação das próprias casas”, aponta Diogo Mateus, professor e investigador do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Engenharia.
[LER_MAIS] Para João Carlos Marques, responsável pelo CentroAdapt, “as alterações climáticas constituem uma ameaça global para os ecossistemas naturais e humanos a nível ambiental, social e económico. Implementar estratégias concertadas e sustentáveis para mitigar os seus efeitos e potenciar a adaptação a um clima em mudança constitui uma prioridade a curto prazo”.
Neste sentido, o CentroAdapt “assume o papel de facilitador de informação entre a academia e as empresas/entidades, estimulando a potencial definição de necessidades dos agentes e a procura de alternativas para os desafios futuros face às mudanças climáticas”.