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Convergências

Cláudia Camponez, psicóloga educacional por Cláudia Camponez, psicóloga educacional
Março 5, 2023
em Opinião
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Não sei se consigo pôr no papel a ideia que me faz escrever hoje. São pensamentos emaranhados que vão lentamente ganhando forma. Têm na minha educação, formação académica e percurso profissional a justificação de ser e, recentemente, fizeram-se ouvir graças a alguns episódios vividos. São ideias que cruzam dois mundos distintos, muitas vezes de costas voltadas e incompatíveis, mas, a meu ver, ancorados numa base comum, com princípios e propósitos semelhantes que fazem uso de ferramentas idênticas para ajudar quem precisa – Fé (religião) e Ciência (psicologia).

Quando era adolescente, ia e voltava a pé de Fátima com os meus amigos. Não o fazíamos por crença ou por promessa, mas sim porque estávamos de férias e tínhamos de ocupar o tempo. Levávamos um baralho de cartas na mochila e o lanche para o piquenique no parque de merendas. Toda a vida vi passar peregrinos à porta de casa dos meus pais e por algumas vezes pernoitaram connosco. Cresci a acreditar que o sacrifício valia a pena e que a fé movia não só pés esfolados, mas corações desesperados. Era a fé que os empurrava asfalto fora. Era ela que os alimentava.

Mas o que é a fé? Uma pesquisa rápida diz-nos que é o estado ou atitude de quem acredita ou tem esperança em algo.

Neste caso dos peregrinos tratar-se-ia obviamente de uma crença religiosa, de uma força sobrenatural que conforta e alenta. Mas eu também posso ter fé no meu trabalho e acreditar no meu sucesso. De um lado e de outro, esse acreditar dá-me força e ilumina-me o percurso sem temer as pedras no caminho. De um lado e de outro, posso encontrar a coragem e a energia para resolver os meus problemas. Ambas nos dão recursos perante as adversidades, só não sei qual das fés a mais “acessível”. Sei apenas que de um lado e de outro, uma chama se mantém acesa quando todas as outras se extinguem.

Em contexto de consulta psicológica, são várias as estratégias/ferramentas que tentam transformar a dor do paciente em potencial, seja a meditação/relaxamento que reduz os diálogos internos e as reações emocionais que lhe estão associadas; a visualização para clarificação e obtenção de propósitos; a autoaceitação e autocompaixão; ou o active love, ferramenta assim apelidada por Phil Stutz e Barry Michaels, por se tratar de devolver amor à nossa “sombra” (ao eu imperfeito que temos e somos, e que nos envergonha) e às pessoas que fazem parte da nossa vida, também elas mensageiras de imperfeição. No fundo, a ideia é aceitar as coisas como elas são.

Em que medida vejo então a fé e a ciência relacionadas? Entendo que a meditação corresponda à oração em lugar sagrado e que a visualização e o pensamento positivo se equiparem à forte crença na superação de desafios. No amar os outros como a si mesmo, na igualdade e no perdão encontro a autoaceitação e a compaixão.

A fé começa nos limites da compreensão e toca em forças que não conhecemos. Essas forças, como o amor e a coragem, não se provam cientificamente, porque apenas existem dentro de nós. Há coisas que não precisam de ser observadas e materializadas para existirem, tornam-se reais assim que as sentimos e a única forma de validar a sua existência passa por experienciá- las.

Não há forma de escapar à realidade do sofrimento, por isso, que exista uma mão que nos segura e embala. Que haja colo e esperança. Haja fé, seja ela numa força espiritual, superior, metafísica; seja ela em nós mesmos. Acredito que quem tem fé é mais feliz e aguenta com maior robustez os embates. Quem tem fé vai a jogo e tem sempre mais uma carta na manga perante a fragilidade e a finitude.

Etiquetas: Cláudia Camponez
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