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Home Opinião

Copos a transbordar

Nuno Reis, professor e investigador por Nuno Reis, professor e investigador
Outubro 6, 2023
em Opinião
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Na língua e cultura inglesas é aplicado o princípio Goldilocks a muitas áreas. A Goldilocks – a menina que em português se chama Caracolinhos Dourados – chega a uma casa na floresta habitada por uma família de ursos. Aí encontra uma cadeira muito grande, outra muito pequena e uma do tamanho ideal.

Existe também uma cama muito grande, outra muito pequena, e uma terceira do tamanho certo. Bom, não vou contar a história para não fazer nenhum spoiler, mas esta é uma alegoria de que existe um tamanho ótimo para muitas coisas.

Nas ciências foi detetado muitas vezes este princípio – com o nome pomposo de “relação curvilínea”. Por exemplo, para que estejam reunidas as condições para haver vida num planeta ele deverá estar “à distância perfeita” da sua estrela: nem demasiado próximo que o faz ser escaldante, nem demasiado longe, que o torna demasiado gelado.

Este princípio é transposto para a cultura portuguesa com metáforas sobre sal na comida (“nem demais, nem de menos”), ou com copos de água (vazios de pouco servem, a transbordar são um desperdício). Lembrei-me destas comparações no passado fim-de-semana, em que tivemos dois exemplos de copos a transbordar.

À escala local, tivemos o Leiria Sobre Rodas. Uma exposição de veículos motorizados especiais (pela idade, história, singularidade, etc.), com exibições de pilotos famosos, que entusiasma fãs e atrai multidões. É mais um evento na cidade, depois da mostra de olaria, Diáspora Fest, e Noite Amarela, elencando de memória os eventos de Setembro, a que se juntam as feiras medieval e de Natal, festivais musicais e religiosos, provas desportivas entre outras. De facto, parece não haver um fim-de-semana em que não haja um evento no espaço público de Leiria.

À escala nacional, a manifestação pela habitação assinalou a insatisfação que é sentida pela dificuldade de acesso à habitação em muitas cidades. Como bem resume A Garota Não na sua música “Não sei o que é que fica”, “Desalojamento local | P’ra alojamento local | No mínimo é paradoxal”.

Os AL que muito contribuíram para revitalizar os centros das cidades, atraíram turistas e ofereceram uma fonte de rendimento, tornaram-se o negócio em si mesmo e um dos responsáveis pela escassez e pelo aumento do custo da habitação.

Numa atitude que só aprofunda desigualdades económicas e sociais, “Somos tão bons pró resto do mundo | Na nossa casa o espeto é de pau”. Não sou um fundamentalista antiturismo, ou um fanático anti-automóvel.

Nem tampouco aceito o argumento falacioso de “era preferível não fazer nada!?” Penso, contudo, que falta aos nossos governantes (locais e nacionais) uma melhor aplicação do princípio Goldilocks.

Tal como a Caracolinhos Dourados, também nós precisamos de uma “quantidade ótima” de eventos e de alojamentos locais. E talvez seja importante não deitar mais água em copos que já estão a transbordar.

Etiquetas: alojamento localcopoculturadinâmicadocenteeconomiaespaço públicoeventoshabitaçãoLeiriamotorizadoNuno Reisopiniãoregião de Leiriaturismo
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