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Gonçalo Lopes, presidente do Município de Leiria, admitiu hoje um aumento do número de casos de SARS-CoV-2 no início do ano, como consequência da abertura do comércio e de restaurantes durante estas semanas, em contraste com o que sucedeu noutros concelhos, que estavam com risco muito elevado.
“Vamos ter um início de ano intenso. Não há dúvida sobre isso. É incontornável, porque estivemos desconfinados, com os restaurantes a funcionar, num período em que outros estavam confinados. Essa política de confinamento faz com que esses concelhos baixem”, afirmou Gonçalo Lopes na reunião de executivo de hoje.
O autarca revelou ainda que o Município de Leiria ficou a 13 casos, por 100 mil habitantes, de subir para o nível de risco muito elevado, na última avaliação do Conselho de Ministros, com base nos últimos 14 dias. “Manter este nível faz com que a actividade economia não fique tão confinada, mas há prejuízos para a propagação do vírus”, acrescentou.
As declarações do presidente surgem na sequência da intervenção do vereador do PSD, Fernando Costa, sobre o número de casos e a sugestão de ser divulgada informação sobre o número de infecções por freguesia.
Gonçalo Lopes sublinhou que a autarquia tem acompanhado toda a situação diariamente, confessando que os “dados são preocupantes”, ao lembrar que o aumento do número de casos no concelho está relacionado com “vários surtos nos lares”.
Nesse sentido, o Município vai continuar a “incentivar as medidas de protecção necessárias e reforçar a acção de acompanhamento, sobretudo nos lares”.
“Temos disponibilizado testes rápidos, reforçando meios humanos, os mais difíceis de alcançar, porque os equipamentos de protecção individual não têm faltado”, garantiu Gonçalo Lopes.
O presidente revelou ainda que o Município de Leiria já gastou 100 mil euros na aquisição de batas para lares e tem preparada uma verba “significativa” para esta rubrica para 2021, uma vez que estima que os primeiros seis meses do ano ainda serão “intensos”.
Gonçalo Lopes salientou ainda a preocupação da câmara com a economia e as questões sociais em Leiria, lembrando os apoios ao comércio, como o programa de apoio financeiro a fundo perdido e a entrega de bens alimentares às famílias mais necessitadas.
