O projecto Cozinha para Todos, do Centro Paroquial de Assistência do Juncal (CPAJ), em Porto de Mós, vai ensinar as famílias, sobretudo as mais carenciadas, a tirar partido dos nutrientes dos alimentos. Este plano foi um dos seleccionados da Missão Sorriso, que irá dar um apoio de 13.120 euros.
Ana Duarte, nutricionista desta instituição, adianta que o objectivo do projecto é “promover a autonomia familiar na escolha e confecção dos alimentos, transmitindo conhecimentos e competências de gestão do orçamento familiar, nutrição e culinária”.
“As famílias poderão tirar partido de alguns alimentos e a forma de os conjugar com os parcos recursos económicos que possuem. Por exemplo, na semana em que não têm carne ou peixe, podem comer arroz com feijão”, sugeriu, ao afirmar que a composição nutricional é idêntica.
Destinado a famílias carenciadas, Ana Duarte afirma que estão, neste momento, 64 agregados familiares inscritos, que incluem cerca de 80 crianças, entre os 6 meses e os 15 anos. A sinalização foi efectuada pela Segurança Social, Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós e Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.
O Centro Paroquial vai desenvolver o projecto através da organização de workshops teóricos, onde serão abordadas a “higiene na confecção dos alimentos, a rotulagem e as necessidades específicos para cada faixa etária”, e sessões práticas, onde serão elaboradas “receitas [LER_MAIS] económicas e saudáveis”.
Paralelamente a estas intervenções, estarão a decorrer ateliers direccionados às crianças onde, através de actividades lúdicas, serão transmitidos conhecimentos básicos de alimentação, acrescenta Ana Duarte.
Para as famílias que estejam sinalizadas pelos serviços sociais a inscrição será gratuita. Para as restantes terá um custo de seis euros. As intervenções contarão com assistente social, educadora social, nutricionista e cozinheira e serão repetidas caso haja interesse.
“Um dos objectivos é ainda resolver o problema da insegurança alimentar. Segundo um estudo da Direcção-Geral de Saúde, além do factor económico, a falta de conhecimentos e competências na área da alimentação é um potenciador de insegurança alimentar. A educação é o melhor combate à insegurança alimentar.”