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O PhytoGuardium, um projecto que visa o desenvolvimento de biopesticidas sustentáveis a partir de macroalgas marinhas, com foco na agricultura frutícola, foi o grande vencedor do concurso regional da 21.ª edição do Poliempreende no Instituto Politécnico de Leiria (IPL), realizado no dia 12 de Junho, informa o IPL.
O projetco vai agora representar a instituição na final nacional, que se realiza na Universidade de Aveiro, no âmbito da Semana do Empreendedorismo, entre 1 e 5 de Setembro.
“O projecto recorre à biotecnologia marinha para transformar compostos extraídos de macroalgas em soluções naturais, eficazes e sustentáveis, ajudando a proteger as culturas, reduzir perdas e promover práticas agrícolas amigas do ambiente. O produto inicial desenvolvido no âmbito do projecto, StemphyBlock, visa combater a estenfiliose na cultura da pera rocha com uma solução eficaz, natural e alinhada com os princípios da economia circular e agricultura biológica”, contextualiza o instituto.
“A inovação está no uso de algas invasoras como fonte de compostos bioactivos com actividade antifúngica comprovada, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e redução de pesticidas sintéticos”, prossegue a mesma fonte.
“A equipa do PhytoGuardium, constituída por Tânia Vicente, estudante de doutoramento, e Carina Félix e Marco Lemos, professores da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria e investigadores do MARE – IPLeiria, recebeu um prémio monetário no valor de 2 mil euros.
Em segundo lugar ficou o projecto FoodCycle Innovations – Inovação alimentar sustentável através da valorização de co-produtos e recursos subaproveitados, que visa o desenvolvimento de produtos alimentares inovadores aproveitando co-produtos e excedentes da indústria alimentar, informa o IPL.
O objectivo é a redução do desperdício alimentar através da economia circular, transformando resíduos em produtos de alto valor nutricional, tais como salsichas de pescado com algas e snacks impressos em 3D a partir de ingredientes alternativos e suplementos alimentares de recursos marinhos.
À equipa, composta por Filipa Pinto e Sónia Barroso, ambas investigadoras do MARE-IPLeiria, foi entregue um prémio de 1.500 euros.
Já o terceiro prémio, no valor de mil euros, foi para o AquaLab, um sistema inovador de drones aquáticos autónomos para monitorizar a qualidade da água em tempo real. Equipado com sensores (pH, turbidez, temperatura, condutividade eléctrica, entre outros), recolhe e transmite dados em tempo real, permitindo a recolha automatizada de amostras, expõe o instituto.
E integra uma plataforma digital para análise e relatórios inteligentes, facilitando decisões rápidas e eficazes, incluindo também uma versão educativa (Kit AquaLab).
A equipa foi constituída por Guilherme Cruz, Dinis Roxo e Gonçalo Ferreira, estudantes de Engenharia Informática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPLeiria.
Na edição de 2025 do concurso regional do Poliempreende foram apresentados 11 projectos, desenvolvidos por 29 participantes, entre estudantes, diplomados, docentes, investigadores, e elementos externos.
O Poliempreende, salienta o IPL, “é o maior projecto, em rede, de instituições de ensino superior (politécnicos, escolas superiores não integradas e escolas politécnicas das universidades), que pretende fomentar a cultura empreendedora, a promoção da criatividade e de ideias inovadoras, valorizando o conhecimento criado por todos os que participam. Ao longo das várias edições do Poliempreende, o Politécnico de Leiria contou já com mais de 900 participantes e 67 mil euros de prémios atribuídos”.
