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Home Sociedade

Crianças são ‘comprimido’ de vitalidade para os idosos

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Abril 19, 2018
em Sociedade
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Crianças são ‘comprimido’ de vitalidade para os idosos
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As sociedades ocidentais têm vindo a pautar-se pela desvalorização do papel tradicionalmente assumido pelos mais velhos, de conselheiros sapientes, contribuindo para o seu isolamento em relação às novas gerações. No entanto, são já muitos os estudos académicos e as instituições que trabalham para contrariar essa tendência, e que promovem o contacto regular entre crianças e idosos, conscientes dos benefícios que tal convívio traz a ambas as partes.

Maria Isabel Rodrigues, da Universidade Católica, que investigou o Impacto das Actividades Intergeracionais no Desempenho Cognitivo dos Idosos, através de casos práticos, defende várias vantagens do convívio entre crianças e idosos, quer para os mais novos quer para os mais velhos.

A sua pesquisa salienta que as gerações mais velhas transmitem saberes às novas gerações e asseguram a preservação da memória colectiva. Já “as gerações mais novas são também transmissoras de conhecimentos, promotoras de bem-estar, participação e valorização social dos idosos”. Para os mais velhos, conversar com os mais jovens e recordar as suas experiências “pode ser importante na aceitação da própria vida. É um contacto que lhes permite “transpor o isolamento” e que “valoriza a sua autoestima”.

Também Luísa Nunes, da Universidade de Coimbra, dissertou sobre Promoção do Bem-Estar Subjectivo dos Idosos através da Intergeracionalidadee concluiu que, depois do contacto com as crianças, a maior parte dos idosos envolvidos no estudo sentiu- se mais capaz, mais realizado, tendo até deixado para trás os problemas do seu dia-a-dia.

Ora, se nalgumas famílias cabe aos avós acompanhar e cuidar dos netos enquanto os pais se ausentam para trabalhar, nos casos em que os idosos, por opção ou por questões de saúde, passam a residir em lares, esse contacto com os mais novos deixa de ser diário.

E é sobretudo nestes contextos que muitas instituições, lares de idosos e escolas da região de Leiria, começam a trabalhar mais, no sentido de promover esse contacto intergeracional, para benefício de todos os interlocutores. Um pouco por toda a região, há alunos que visitam idosos nos seus lares residenciais e idosos que visitam as crianças nas escolas.

Trocam-se presentes, canções, histórias de vida e, desta partilha, saem ambas as gerações a ganhar. Os mais jovens aprendem jogos, tradições e costumes antigos, imbuídos nos valores do respeito e do cuidado pelos mais velhos. E, para os idosos, a presença regular dos jovens é um bem precioso, na medida em que potencia o seu bem-estar e a felicidade, com efeitos tão positivos quanto qualquer bom medicamento.

Esta é a convicção de Sónia Carvalho, psicóloga e administradora da Primavida, uma das muitas instituições da região de Leiria, onde a intergeracionalidade faz parte do dia-a-dia. Desde que abriu portas em Amor, junto ao Colégio Dinis de Melo, em Leiria, a residência sénior  [LER_MAIS] Primavida sempre teve como ideal a promoção do contacto entre os seus utentes e as gerações mais novas, explica a administradora.

Depois das aulas, e durante as férias, os filhos dos funcionários costumam frequentar a residência. E no Verão é hábito até trazerem alguns amigos, conta Sónia Carvalho. “Durante a nossa aprendizagem académica, soubemos que este contacto é uma mais-valia. Uma vez neste projecto, operacionalizá -lo foi sempre um dos nossos objectivos”, expõe a administradora, que enumera várias iniciativas realizadas pelo Primavida com esse intuito. “Nas férias tivemos a visita de crianças de um ATL, que vieram representar peças de teatro. E no Dia do Beijo também vieram cantar e distribuir biscoitos. Já no ano passado ti-nham vindo para fazer jogos”, recorda a Sónia Carvalho.

Por vezes a primeira reacção das crianças não é positiva, pois nem sempre têm experiências anteriores de convívio com a terceira idade, reconhece a psicóloga. Mas, à medida que as visitas se repetem, vão aumentando as manifestações de afecto de parte a parte, expõe a especialista.

Os idosos adoram a vivacidade que lhes trazem os mais jovens. E as crianças, que são curiosas, querem saber de onde são os utentes e como era a sua vida até chegarem à residência, nota Sónia Carvalho.

A localização geográfica da Primavida, junto ao Dinis de Melo, também permite à administração do lar potenciar mais a intergeracionalidade. “Os nossos idosos foram ao colégio no âmbito do Dia da Poesia e já estamos a pensar noutra actividade”, confidencia a psicóloga. Como um dos utentes pratica basquetebol em cadeira rodas, e uma vez que o colégio tem um campo apropriado, a Primavida está a planear um desafio de basquetebol em cadeira de rodas, no colégio, para que idosos e crianças possam divertir-se em conjunto, adianta Sónia Carvalho.

Peão e facebook juntos no recreio

No Centro de Assistência Paroquial de Carvide (CAPC), Leiria, a infra-estrutura está desenhada de forma a integrar crianças e terceira idade. De acordo com Rita Farinha, assistente social e directora técnica do Centro, esta Instituição Particular de Solidariedade Social de cariz religioso dispõe das valências de creche, pré-escolar, centro de actividades de tempos livres (no que respeita à área da infância), e centro de dia e serviço de apoio ao domicilio (na área da terceira idade).

E o CAPC é composto por dois edifícios que estão ligados entre si, sendo o espaço exterior comum a todas as valências, permitindo que, no dia- -a-dia, as crianças se cruzem com os idosos e vice-versa.

“As crianças que mantêm contacto com mais regularidade com os idosos são as do pré-escolar e das actividades dos tempos livres, devido às suas rotinas e ao seu grau de desenvolvimento, que permite uma maior interacção com a terceira idade” aponta a directora técnica. E este “contacto intergeracional é positivo, na medida em que se criam laços afectivos entre crianças e idosos, promovendo o respeito pelo processo de envelhecimento”.

Além disso, “é notória a felicidade, no momento de troca de experiências e vivências, durante o recreio das crianças, quando se cruzam com os idosos e estes lhe ensinam brincadeiras da sua infância, em que tudo era improvisado e vivido com outra intensidade.

Por outro lado, as crianças partilham o seu conhecimento tecnológico, partilhando com os idosos o gosto pelas novas tecnologias, introduzindo alguns deles, por exemplo, no facebook”, expõe Rita Farinha.

No CAPC desenvolvem-se ainda actividades de partilha, “como a entrega do folar aos idosos por parte das crianças, a apresentação de peças de teatro aos idosos pelos grupos de pré-escolar e de tempos livres, e lanches partilhados”, exemplifica ainda a directora técnica. “

A comunicação entre as gerações presentes na instituição é notória e crucial no dia-a-dia, pois há uma troca de conhecimentos e valores essenciais para a construção de cidadãos tolerantes, compreensivos e com verdadeiro sentido dos vínculos familiares, bem como com um entendimento e respeito pelo processo de envelhecimento”, defende Rita Farinha.

Conta-me como era, aprende como é
Meninos do jardim-escola adoptam avós por quatro anos

Chama-se Conta-me como era, aprende como é o projecto inovador que está a ser dinamizado entre crianças do Jardim-Escola João de Deus e utentes do Lar de Nossa Senhora da Encarnação, da Misericórdia de Leiria, e que está a elevar o conceito de relação intergeracional a um patamar de enorme sucesso. A iniciativa arrancou em Setembro de 2016, propondo que durante quatro anos 42 crianças daquele Jardim-Escola "adoptassem" um avô, a quem fariam visitas regulares, pelo menos mensais, no sentido de se fortalecerem laços de afecto entre ambas as partes. Vera Sebastião, directora do Jardim-Escola, presumia que o efeito positivo do contacto regular das duas gerações fosse mais imediato nos mais velhos. Mas estava completamente enganada, reconhece agora a directora. Desde início se sentiu grande afeição das crianças aos idosos, mesmo quando, na maioria dos casos, não estavam habituados a pessoas com limitação física, fosse a surdez ou a utilização de um cadeira de rodas, exemplifica. "A relação de avô e neto emprestado" tornou-se tão boa que, mesmo nos períodos de interrupção lectiva, as crianças mobilizaram os seus pais e, em família, não deixaram de visitar os idosos, congratula-se a directora. Ao longo de mais de ano e meio de projecto, foram partilhadas histórias, foram trocados cartazes, afixados na escola e no lar, e foram feitos bilhetes de identidade sui generis, onde da frente constam fotos de "avô" e "neto" e do verso constam informações sobre gostos e expectativas de cada um. A promoção de valores como a partilha e o respeito pelos mais velhos são já uma aposta ganha, defende Vera Sebastião.

Etiquetas: avós e netosintergeracionalidadesociedadeterceira idade
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