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Home Sociedade

Crise financeira e cultural contribuem para aumento do abandono de animais

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Agosto 17, 2023
em Sociedade
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Crise financeira e cultural contribuem para aumento do abandono de animais
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Para alguns serve de desculpa, para outros é uma dura realidade: as dificuldades financeiras que algumas famílias têm enfrentado nos últimos tempos levam a que se despeçam dos seus patudos e os entreguem a associações de defesa do animal. Os pedidos de ajuda são muitos.

Outra realidade tem também sido relatada aos voluntários: os senhorios não permitem animais no arrendamento. A exigência é proibida por lei, mas, entre garantir uma casa com uma renda acessível ou largar o seu animal de estimação, a escolha acaba por recair muitas vezes na segunda opção.

Bárbara Silva afirma que quando fundou a Associação Desprotegidos, em Leiria, tinha como objectivo minimizar os casos, mas “com o passar dos anos continuam a aparecer cada vez mais situações e mais complicadas”. A presidente da Desprotegidos lamenta que surjam já famílias de classe média baixa a entregar os animais. “Tudo o que traga despesa é um problema. Pedem-nos ajuda, porque não têm como pagar. Na Covid até houve adopções, mas a guerra e a crise financeira estão a colocar muitos animais na rua”, revela Bárbara Silva, ao acrescentar que a mudança de casa não só reforça o abandono como impede a adopção.

“Há pessoas que nos dizem que o senhorio não permite animais e se não aceitarem as suas condições, os preços das rendas podem ser exorbitantes”, conta, afirmando, contudo, que há quem faça um esforço para suportar o aumento da renda para garantir a companhia do seu companheiro de quatro patas.

Os gatos são a espécie que parece estar a ser mais abandonada e a multiplicar-se. Esta voluntária assume que a solução tem de passar, muitas vezes, por esterilizar os animais e devolvê-los à rua.

Como exemplo, Bárbara Silva avança que num mês a associação gastou cinco mil euros em procedimentos veterinários, como esterilização, vacinas e chips. A presidente da Associação Desprotegidos também confessa que evitar o abandono passa por uma questão cultural, de mudança de mentalidades, não só de quem tem os animais, como de toda a sociedade. Esta é também a opinião de Susana Coelho, vice-presidente da Associação Zoófila de Leiria.

“As pessoas têm de entender que um animal não é um brinquedo. É um ser que não podemos pôr na rua e passar o problema para os outros.” Também Susana Coelho nota que o abandono “está cada vez pior”.

Em 2022, a associação recebeu 414 animais. Este ano, em sete meses, o número já chegou aos 300 e, desde o início do ano, as adopções não ultrapassaram a meia dúzia.

“Há pessoas que não têm condições financeiras para levar os animais às clínicas. Pedem-nos ajuda para sermos nós a levá-los, por termos desconto, e até solicitam que paguemos para que depois liquidem o valor em prestações. O custo de vida está muito elevado”, destaca.

Esta voluntária também aponta para um aumento de gatos na rua. “Este ano foi uma loucura.” Por isso, apela à esterilização dos animais para evitar a procriação descontrolada.

Quanto aos maus-tratos, as voluntárias confessam que as pessoas estão mais atentas e, por vezes, pedem a intervenção das associações ou das autoridades para situações como cães que passam muito tempo sozinhos ou estão presos a correntes, o que nem sempre significa maus-tratos.

Casal muda de casa e deixa cão

Não foi o que sucedeu a um cão, que foi resgatado pelo Núcleo de Protecção do Ambiente de Leiria do Comando Territorial de Leiria da GNR, há cerca de duas semanas.

Um casal mudou de residência e deixou o seu cão na antiga habitação, em Colmeias, desde Maio. Os vizinhos foram alimentando o animal, mas acabaram por denunciar a situação à GNR, que identificou uma mulher e um homem de 56 e 59 anos, respectivamente, por abandono de animal de companhia.

Este ano, até ao dia 30 de Junho, a GNR de Leiria registou 11 crimes por abandono e 14 por maus-tratos.

Em período homólogo de 2022, foram denunciados 14 por abandono e 14 por maus-tratos.

Segundo a GNR, os cães são a espécie animal com maior incidência de situações de maus-tratos e abandono. Na área do Comando Distrital da PSP de Leiria, até ao dia 19 de Julho foram registados dois crimes de abandono, os mesmos denunciados em igual período de 2022 (total de seis). Foram também recebidas 12 queixas de maus-tratos a animais de companhia, mais quatro do que no ano passado (total de 11).

No Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia de Porto de Mós foram recolhidos 38 cães até 26 de Julho, mais três do que em igual período de 2022. O aumento significativo regista-se ao nível dos gatos, cujo abandono foi de 14 no ano passado e este ano já vai em 41.

Na Nazaré, além de um aumento de abandono de animais, nota-se uma diminuição nas adopções. Se em 2021 e 2022, as entradas no CRO (Centro de Recolha Oficial) eram mais ou menos colmatadas com as saídas, até ao dia 30 de Julho deste ano tinham entrado 39 cães e apenas 15 tinham sido adoptados, permanecendo no canil 96 animais.

O GRUVA – Grupo Voluntário de Animais da Nazaré trabalha directamente com o município e trata das colónias de gatos que existem nos abrigos do concelho. Jorge Tomé afirma que “muitos dos cães abandonados foram adoptados durante a pandemia”.

“Não é o principal, mas há casos que conseguimos identificar. O que também nos preocupa é que o número de adopções de cães não é o mesmo de outros anos”, constata o presidente do GRUVA.

Segundo refere, há situações de mudança de casa e outras relacionadas com questões económicas. “Mas, a solução não pode ser descartar uma vida”, frisa, revelando que numa adopção o animal já é entregue vacinado e esterilizado. Jorge Tomé considera que é necessária uma mudança de mentalidade social e política.

“O fim do abate foi positivo, mas as pessoas têm de ser responsabilizadas pelo abandono e isso não sucede. É inglório para os voluntários, fazermos tudo, sabermos quem são os donos e nada lhes acontece”, lamenta.

No concelho da Batalha, o município informa que foram recolhidos 60 animais, menos dez do que em igual período de 2022, ano em que o CRO recebeu 136 novos patudos.

Na Marinha Grande, o vereador João Brito realça que o número real de animais abandonados em Portugal não é conhecido. “Por motivos de sobrelotação permanente dos CRO, associada à diminuição de adopções, a recolha e recepção de todos os animais que ocorrem a deambular em locais públicos não tem sido possível de realizar”, explica.

Até 31 de Julho, deram entrada no CRO da Marinha Grande 25 cães e 18 gatos, número distinto dos valores de 2022, quando foram registados 29 cães e 15 gatos.

João Brito afirma que as justificações para a procura e tentativa de entrega dos animais por parte dos seus donos prendem-se com “mudanças de habitação, saídas do País, alterações da situação económica das famílias, problemas de saúde dos detentores, ida destes para os lares de terceira idade e alterações comportamentais dos animais (agressividade)”.

“Em casos de falecimento do detentor dos animais é igualmente frequente as famílias recorrerem ao CRO para aí os entregarem alegando não possuírem condições para a sua detenção”, acrescenta, ao referir que também na Marinha Grande se verifica um aumento do reporte da existência de colónias de gatos errantes, não obstante, a implementação do programa CED no concelho, desde 2018.

“É com grande preocupação que temos vindo a constatar uma diminuição significativa do número de animais adoptados ao contrário do verificado em anos anteriores, o que reflecte a incapacidade das famílias para deterem mais animais de companhia”, remata o vereador.

O número

6

O crime de abandono de animais de companhia é punido com uma pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até 60 dias

 

Etiquetas: abandonoanimaisAssociação DesprotegidosAssociação Zoófila de Leiriaassociações de animaisCâmarasCanilcentro de recolha oficialmaus tratossociedade
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