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Home Economia

Custo da ração e baixo preço do leite desesperam produtores

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Junho 13, 2021
em Economia
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Custo da ração e baixo preço do leite desesperam produtores
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Uziel Carvalho é um dos últimos cinco produtores de leite que resistem no concelho de Leiria. “Há 20 anos, éramos dezenas. Mas esta actividade já não é rentável”, lamenta.

O desalento de Uziel Carvalho junta-se ao de Jorge Silva, produtor de Alfeizerão, em Alcobaça, concelho onde só restam duas explorações de maior dimensão. Além destas, conta-se um punhado de outras, pequenas, mantidas por pessoas idosas e que estão em vias de acabar, expõe Jorge Silva.

As razões do declínio estão, de resto, bem identificadas pela Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), que num misto de revolta e de desespero escreveu uma carta aberta aos industriais de lacticínios, às empresas de distribuição, à ministra da Agricultura e ao secretário regional da Agricultura dos Açores.

Além do baixo preço do leite português, que está praticamente congelado há dez anos, e que se tornou o mais baixo de todos os países da União Europeia, os produtores nacionais batem-se agora com o aumento do preço das matérias-primas que compõem as rações. Sem intervenção rápida do Estado e sem que as cadeias de distribuição actualizem os preços junto dos seus fornecedores, o sector não vai resistir, explica ao JORNAL DE LEIRIA Carlos Neves, secretário-geral da Aprolep.

São dezenas de milhar de pessoas cujo trabalho depende das quatro mil produções de leite do País, e que têm[LER_MAIS] a sua situação em risco, salienta o secretário-geral.

“Os mais jovens não investem nesta área e os mais velhos, quando chegam a determinada idade, deixam de ter quem dê continuidade ao negócio”, expõe Uziel Carvalho.

“Neste ramo, é preciso ser-se muito eficiente para não perder dinheiro. Muitos já estão a pagar para produzir”, lamenta o empresário. “É uma actividade que está em risco”, aponta. Não só porque as rações estão caras, mas também porque o preço do leite é muito baixo. E porque a maior fatia acaba por ficar com os intermediários. “Não há uma intervenção do poder público na actividade agrícola para a sustentar”.

Em França, compara o produtor, “o Governo tem uma política de protecção bem sucedida. O leite é vendido a preço justo no território francês e é exportado para Portugal a preço muito baixo”. No seu caso, a empresa dá emprego a nove pessoas e produz 2,3 milhões de litros de leite por ano. “Investi em mecanização e o meu objectivo era mecanizar ainda mais, na expectativa de aumentar a produção. Mas, se esta situação se mantiver, já não invisto”, confidencia o empresário.

A exploração de Jorge Silva, em Alfeizerão, tem 500 animais, 20 dos quais na ordenha. É responsável pela produção de 2,5 milhões de litros de leite por ano. Na sua empresa, que também se dedica à transformação, oito pessoas trabalham directamente na área da produção de leite. “Não é fácil, mas temos mantido os postos de trabalho”, relata Jorge Silva, que investiu na mecanização da exploração em 2019 e que por isso, atendendo à actual situação de crise, está a sentir dificuldades acrescidas e vê as dívidas a aumentar a cada mês que passa.

É com tristeza que assiste à condição deste sector. “Abracei a actividade há 30 anos e não me lembro da última exploração que tenha surgido desde então”, observa Jorge Silva.

“Os políticos não estão minimamente preocupados com este sector. Esquecem-se que, quando acabar, o consumidor vai passar a comprar leite muito mais caro no supermercado. E, nessa altura, para nós já não haverá recomeço”, alerta produtor.

Aumentam dívidas e falências

Numa carta aberta, encaminhada em Maio à ministra da Agricultura, a Aprolep realçava que, em Março, “os produtores de leite portugueses receberam, em média, apenas 29,9 cêntimos por quilo de leite, o pior preço entre todos os países da União Europeia”, ou seja, “cinco cêntimos abaixo da média comunitária”, um valor que “estrangula” os produtores nacionais. Alertava a governante para o aumento de “dívidas, falências, abandono da produção e revolta dos produtores”.

Esta semana, depois de verificar que em Abril Portugal “continuou com o pior preço da Europa e com a diferença agravada para 5,4 cêntimos abaixo da média comunitária” e estimando que em Maio “a diferença terá aumentado para 5,6 cêntimos”, a associação escreveu ao primeiro-ministro apelando a uma subida urgente de 5 cêntimos por litro de leite.

A Aprolep torna a lembrar que as dificuldades do sector se agravaram nos últimos meses, já que as matérias-primas para o fabrico das rações das vacas subiram exponencialmente, sem perspectiva de descida a curto prazo.

Etiquetas: Leirialeitepreçoprodutores
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