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Eu juro que até sou uma pessoa com preocupações ecológicas, ensino os meus filhos a reciclar, separo o lixo por tipo, cor e textura, tenho quatro caixotes do lixo diferentes, mais uns quantos espalhados pela casa, um pilhão, caraças, até o raio das tampinhas de plástico eu separo para dar a não sei quem que vai transformar aquilo numa cadeira de rodas para ajudar quem precisa!
Mas… há sempre um mas… com crianças pequenas é impossível manter uma pegada ecológica mínima.
Quando estive grávida pela primeira vez, fiquei a saber que só no primeiro ano de vida um bebé utiliza, em média, de 2.100 a 2.580 fraldas descartáveis. É muita fralda!
O meu coraçãozinho de pessoa preocupada com o ambiente ficou muito pequenino com a perspectiva de tanto lixo que ainda por cima não é reciclável… e fui à procura de soluções, e fui comprar fraldas reutilizáveis (caríssimas, senhores! E com IVA a 23%, um luxo!).
Aquilo prometia muito mas na verdade bastou utilizar 4 ou 5 vezes para ver que tinha sido dinheiro mal empregue. As fraldas reutilizáveis, supostamente modernas e mais competentes do que as do tempo das nossas avós (quando não tinham outra opção), afinal não eram assim tão competentes como prometiam.
O miúdo fazia xixi uma vez e ficava logo todo molhado. Tinhamos de mudar roupa, fralda, tapetes que estivessem por perto, tudo… e depois gasta-se mais água, e paga-se mais taxa de lixo. Faz sentido, não? Pois não…
Mas as fraldas, apesar de serem o problema mais óbvio e gigantesco, não são o único lixo que um bebé faz.
No nosso caso, latas de leite adaptado (cerca de duas por semana no início, depois menos), garrafas de água (porque os garrafões não são práticos para fazer biberons e passar a água para garrafas de plástico diz que ganham produtos químicos e coisas que fazem mal às crianças…), caixinhas e caixetas de cremes para a cara, para o corpo, para as feridas, para as assaduras, para tudo; depois embalagens de fruta, iogurtes, soro fisiológico, compressas, tudo em unidoses, tudo em muitas doses! É dose.
