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Home Sociedade

Dados da solidariedade mostram aumento da pobreza na pandemia

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Abril 15, 2021
em Sociedade
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Dados da solidariedade mostram aumento da pobreza na pandemia
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No período imediatamente anterior à pandemia, o serviço de atendimento e acompanhamento social do Centro Paroquial Paulo VI, em Leiria, realizava, em média, 500 diligências por mês. O número está, agora, em 850, um acréscimo de 70 por cento que o padre Gonçalo Diniz, responsável pela instituição, atribui a “situações de desemprego” e “perda de rendimentos provocada pelo regime de lay-off”, que na fase inicial da reacção do Governo à crise sanitária implicou o corte de parte do salário.

No Centro de Acolhimento de Leiria, por outro lado, onde são apoiados casos mais graves, incluindo sem-abrigo, com refeições e cuidados de higiene, os utentes diários aumentaram de 40 para 55, adianta.

O crescimento dos pedidos de ajuda é confirmado por Lisete Cordeiro, da InPulsar, que actua em Leiria. “A percepção que tenho é que houve mais pessoas quer a recorrer aos nossos serviços quer em situação de pobreza em virtude da pandemia”.

Em 2020, a associação apoiou 1.100 pessoas, mais 625 do que em 2019, o equivalente a 132%, o que resulta dos impactos económicos da Covid-19 e do reforço das respostas garantidas pela InPulsar, por exemplo, através da Rede Solidária criada pelo Município de Leiria.

Outro olhar, a mesma perspectiva. “Todos os dias vem gente nova”, afirma José Marques de Sousa, presidente da Cáritas Diocesana de Leiria. Principalmente, casais jovens. E também imigrantes, que “perderam tudo”, nomeadamente, brasileiros.

No primeiro trimestre de 2021 foram realizados 208 atendimentos presenciais e apoiadas 107 famílias, menos do que no período homólogo de 2020 (270 e 131, respectivamente). O que a organização justifica com o aparecimento de novas estruturas de auxílio no plano da alimentação.

“Em contrapartida”, junto da Cáritas Diocesana de Leiria, nos primeiros meses do ano, “foram solicitados mais apoios financeiros para garantir o pagamento de bens e serviços essenciais como electricidade, água e gás” e “surgiram novos pedidos de apoio na aquisição de medicação, essencialmente crónica”.

Entretanto, a Câmara de Leiria adianta que o Fundo Municipal de Emergência Social foi accionado para 74 pessoas em todo o ano de 2020 e já vai em 124 em 2021, enquanto os apoios para renda de casa chegaram a 214 famílias em 2020 e 243 famílias até à data em 2021.

Segundo o presidente da direcção, António Oliveira, o Banco Alimentar de Leiria-Fátima estava a apoiar 60 instituições em Dezembro último, que beneficiavam 6.490 pessoas nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Ansião, Pombal, Ourém, Pedrógão Grande e Castanheira de Pera.

Há “uma tendência de aumento”, que “é inegável”, mas “residual”, cerca de 20 pessoas por mês. António Oliveira acredita que a economia assente na indústria e o suporte de amigos e família que ainda vai funcionando possam ter, até à data, “mascarado a realidade”.

Na Marinha Grande, a Atlas – People Like Us está a distribuir 38 cabazes alimentares por semana, mais 16 do que antes da pandemia, adianta a técnica Ana Rita Vieira. “Temos de estar sempre a pôr dinheiro da associação de reservas que existiam para outras coisas”, afirma, para explicar que os donativos são insuficientes perante as necessidades do momento.

Já na Misericórdia de Leiria, não há alterações. “Não temos registado um aumento de pedidos relacionados com situações de pobreza”, refere o gabinete de comunicação. O número de beneficiários das cantinas sociais mantém-se o mesmo, 20 agregados familiares, e o Serviço de Apoio Domiciliário continua com 22 utentes, em média.

Maioria dos pobres trabalha

Conhecido esta semana, o estudo Pobreza em Portugal – Trajectos e Quotidianos, promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) e coordenado pelo investigador e professor universitário Fernando Diogo, revela que entre 2003 e 2018, com oscilações, a pobreza atingiu cerca de um quinto das pessoas em Portugal (17,2%, após transferências sociais, segundo os dados mais recentes). E que mais de metade dos pobres trabalha (com vínculo estável ou precário).

Em 2018, praticamente 11 % de todas as pessoas empregadas em Portugal viviam em situação de pobreza, percentagem que sobe para 32,9% se considerarmos apenas as pessoas com 18 anos ou mais.

“Uma das causas estruturais da pobreza assenta precisamente numa política de baixos salários que vulnerabiliza quem trabalha e, como consequência, quem deixa de trabalhar, por motivos de desemprego ou reforma”, refere Patrícia Grilo, técnica do núcleo de Leiria da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), entidade que reclama melhores políticas salariais, o reforço da protecção social e medidas que promovam um mercado de trabalho mais digno.

O estudo, que se baseia no Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR), relativo a 2018, e numa análise qualitativa a partir de 91 entrevistas, apresenta os perfis da pobreza em Portugal: 32,9% são trabalhadores, 27,5% estão reformados, 26,6% são precários e 13% são desempregados.

“Não diferirão muito da realidade leiriense”, acredita Patrícia Grilo. No entanto, salienta a socióloga, a taxa de risco de pobreza ou exclusão social no concelho de Leiria é ligeiramente inferior à nacional: 20,4% e 21,6%, respectivamente, para o ano de 2018.

Os investigadores concluem que existe um processo de reprodução intergeracional da pobreza, a chamada pobreza herdada, que é facilitada pelo abandono escolar precoce e pela entrada no mundo do trabalho em circunstâncias que hoje seriam descritas como trabalho infantil.

“Acaba por ser um ciclo vicioso que precisa de ser atacado”, alerta o padre Gonçalo Diniz, para quem “seria necessária uma discriminação pela positiva” para fazer o elevador social funcionar a favor de quem nasce em contextos de baixos recursos, onde a educação e o acesso à cultura são processos difíceis ou mesmo desvalorizados.

O estudo mostra que os agregados familiares onde existem crianças são aqueles em que a taxa de pobreza é mais elevada. Os três D da pobreza, dizem os investigadores, são o desemprego, a doença e o divórcio. O indicador oficial de pobreza, em Portugal, correspondia a 501,2 euros mensais, por indivíduo, em 2018.

Apoios: Leiria gasta um milhão
 
Em 2020, a Câmara de Leiria apoiou 418 pessoas com mais de 65 anos ou doença crónica, em isolamento social, no âmbito da Rede Solidária 65+. Também no ano passado, as refeições para população em confinamento contemplaram 110 pessoas. Já os programas Leiria Alimenta e Leiria Vale, de apoio alimentar a famílias que perderam rendimentos na pandemia, beneficiaram 653 pessoas. Ainda em 2020, os apoios para renda de casa chegaram a 214 famílias (em 2021, são já 243). E 743 pessoas receberam ajuda na compra de medicamentos (380 em 2021). O programa Creche para Todos colocou 59 crianças e o Fundo Municipal de Emergência Social foi accionado para 74 pessoas (124 em 2021). Estes apoios, que incluem o Pro Leiria (para associações), totalizaram quase 1 milhão de euros em 2020.
Etiquetas: Leiriapandemiapobreza
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