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Home Opinião

Decidi, vou viajar!

Amélia do Vale, professora por Amélia do Vale, professora
Maio 8, 2020
em Opinião
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Quando eu era criança, talvez por estar a crescer numa cidade mais afastada de Portugal do que de Espanha, sempre me senti livre, a viajar sem fronteiras, pelo mundo.

Lembro-me que foi por volta dos meus doze anos, quando larguei as brincadeiras de rua e, ao mesmo tempo, pus de parte os meus encantadores e já velhinhos livros de contos e de fábulas de La Fontaine, que me senti predisposta para outras leituras.

Sem qualquer critério ou orientação, li muitos dos livros que repousavam nas estantes lá de casa e hoje considero surpreendente como fiz tal coisa sem a supervisão de um adulto.

De dois deles, Os Cangaceiros, de José Lins do Rego, e de Caryl Chesman, Cela da Morte Nº 2455, suponho agora, que retirei alguns fundamentos para me tornar admiradora da obra de Konrad Lorenz – concordo que apesar dos comportamentos agressivos do Homem terem por base causas naturais, tal não exclui ou afeta necessariamente a sua dignidade, os seus valores, nem a sua liberdade para agir desta ou daquela maneira.

Para Lorenz quanto mais e melhor compreendermos as causas naturais da nossa agressividade, mais aptos estaremos para controlá-la com racionalidade – diz ele “o autoconhecimento é o primeiro passo para a salvação”.

E, por causa disto e deste etólogo, habituei-me a olhar a Ciência e o seu método apenas como uma ferramenta não para procurar a verdade, mas antes para ir produzindo conhecimento verdadeiro, sobre essa verdade maior, infinita e invisível que, constantemente, afeta o Mundo todo.

Com isto quero dizer que me sinto incapaz de endeusar a Ciência e por isso de lhe exigir a produção, sobre tudo e sobre todas as coisas, de uma verdade absoluta e imutável.

E se sinto isto perante as conclusões da Ciência o que dizer quando essa ciência, um seu determinado estudo, ainda está em construção?

Nas perguntas sobre a Covid-19, admiro-me quando jornalistas confundem dados, apenas organizados, com factos científicos, exigindo aos cientistas a transmissão, a todo o momento, de imutáveis informações!

Confesso que já não tenho paciência e tenho dado comigo a pensar no que diria Konrad Lorenz sobre tudo isto?

É que eu sinto que, por causa da atual pandemia, os donos do mundo estão a ser obrigados a superar os dois problemas da espécie humana que este cientista apontava como responsáveis por tornar a sua agressividade mais mortífera e violenta do que nos animais de outras espécies.

Pela primeira vez: vejo os lideres das grandes potências a quererem trabalhar na resolução de um problema comum, quase tão preocupados em investir na ciência produtora de uma vacina como na tecnologia que suporta o fabrico de armamento que multiplique os poderes ofensivos das suas nações; sinto-os, apesar de todos os seus poderes económicos, perdedores submissos a mostrarem respeito pelo valor da inteligência dos mais pobres.

E ora aí está.

Decidi que vou ter de viajar.

Protegendo-me da maldita Covid-19, com os dados que os cientistas me vão comunicando, tenho de ir ao encontro dos “Konradianos” e ver que análises andam eles a fazer.

Que bom, porque existem livros continuo, como em criança, a sentir-me livre, a poder viajar num mundo sem fronteiras!

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: Amélia do Valeopinião
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