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Home Sociedade

Deixaram o convento para criar um espaço que convida à auto-descoberta

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Junho 27, 2019
em Sociedade
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Deixaram o convento para criar um espaço que convida à auto-descoberta
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Um letreiro em madeira dá as boas-vindas a quem chega. À porta assola a irmã Margarida, com um sorriso estampado no rosto. A entrada dá para um típico pátio rural, em terra batida, ladeado por 'casinhas' em pedras – que mais não são do que antigas instalações agrícolas agora recuperadas e reconvertidas -, canteiros e plantas rasteiras, que florescem entre árvores de grande porte, onde sobressaem dois enormes carvalhos.

É neste ambiente, onde se respira natureza, que funciona a Nascentes de Luz, uma associação fundada por Margarida Monteiro, a que se juntou depois Eduarda Barbosa, para acolher “todos os que ali queiram entrar”. Presta-se apoio pessoal e à família, promove-se a ecologia e desenvolve-se um projecto de permacultura.

Margarida e Eduarda viveram grande parte das suas vidas em convento, integradas na Congregação das Irmãs de São José de Cluny. Garantem que eram “muito felizes” na vida que levavam, mas explicam que, a determinado momento, se começaram a interrogar sobre as necessidades do mundo actual e sobre o papel que podiam desempenhar.

“Senti que Deus queria outra coisa de mim. Que o meu lugar não era ali [na congregação]”, conta a irmã Margarida. Deixou a vida religiosa em 2007 e voltou à casa que herdou dos pais na Costa de Cima, freguesia de Maceira, Leiria. Inicialmente, seria por três meses, mas ficou um ano e, depois, outro.

 [LER_MAIS] Entretanto, e enquanto ia fazendo o seu caminho de discernimento, trabalhou na Comunidade Vida e Paz, em Fátima, que acolhe toxicodependentes e sem-abrigo. “Percebi que era para ficar. Que já não regressaria à minha vida anterior.”

Com “total apoio” da família, começou a concretizar o projecto que tinha em mente: recuperar a casa dos pais e dos avós, que ficam contíguas, e criar um espaço “aberto a todos”, onde as pessoas se possam “encontrar com elas mesmas”, “fazer uma pausa nas suas vidas” e “descobrir o tesouro que há dentro de cada um de nós”, num ambiente acolhedor e em contacto com a natureza.

É esse espaço, que começou a ganhar forma há cerca de dez anos, que fomos conhecer, guiados pela irmã Margarida, de 74 anos. De um dos lados do pátio principal fica a casa que era dos pais e que já foi recuperada, assim como a antiga casa do forno, onde foi montada uma cozinha para receber grupos.

Ao lado, o antigo curral das vacas, já limpo, há-de ser transformado num espaço recolhimento e de oração. “Não lhe quisermos dar um carácter religioso. Qualquer pessoa que venha tem a sua dimensão espiritual, inerente à condição humana, independentemente da religião”, explica.

Em frente ao futuro espaço de recolhimento, fica a antiga mercearia – “o shopping do avó”, como lhe chama Margarida – para onde está prevista a criação de uma loja. Ao lado, funciona o espaço “Dar e Receber”, onde são entregues roupas e outros bens, que posteriormente as irmãs Eduarda e Margarida canalizam para instituições de solidariedade. Quem precisa, pode também levar, mas “há muito mais quem dê do que quem peça”.

Voltamos ao pátio. Debaixo dos dois enormes carvalhos, que “são uma bênção”, fica o “cantinho da história”, onde se encontram objectos que antes eram usados na produção agrícola da quinta: um balseiro, transformado num espaço de brincadeira para os mais novos, uma prensa e a pia de azeite.O antigo palheiro foi recuperado e hoje é uma sala polivalente, que tanto recebe grupos de oração, ginástica para seniores ou acções de formação.

Passamos, depois, para a zona de horticultura, onde está a ser implementado um projecto de permacultura desenvolvido por Eunice Neves, arquitecta paisagística de Leiria. Aqui, há feijões, abóboras, couves, tomates, espinafres, entre muitos outros vegetais, a crescer entre milho e flores. A palha e as folhas são usadas para cobrir a terra. “Evita o crescimento das ervas e faz com que a terra fique fofinha, tipo pão-de-ló”, explica a irmã Margarida que pára junta à “farmácia do quintal”, onde crescem ervas aromáticas e chás.

Ali perto, vai sendo amontoada cinza, que, mais tarde, será usada na definição de percursos dentro da quinta. Mais abaixo, num buraco coberto de erva haverá de nascer um lago, que será alimentado com água recolhida dos beirados. “Procuramos que tudo possa ter uma utilização, evitando o desperdício. E não usamos qualquer químico. Nem mesmo para queimar as ervas. Isso seria um pecado mortal”, diz a nossa guia, soltando uma gargalhada.

Margarida olha à volta e constata que ainda há muito a fazer para que o sonho fique completamente concretizado. Mas, não deixa de reconhecer que hoje já se sente realizada com o que está conseguido, muito graças ao apoio de amigos da associação e de quem por ali passa. A esses, nunca é pedida qualquer contribuição.

“Temos aquilo que chamamos a livre partilha do coração. Oferecemos os nossos espaços e, se as pessoas quiserem, fazem um donativo”. “Aqui, concretizámos o que fomos sonhando: criar algo diferente, que desse respostas para as necessidades de hoje”, acrescenta Eduarda Barbosa, que chegou à casa em 2014, quando decidiu também sair da congregação, onde, assegura foi “muito feliz” e à qual está “muito agradecida”.

Às duas juntou-se também Cremilde – “a primeira pessoa a pedir a nossa ajuda”, conta Margarida Monteiro -, que agora trabalha com a associação. “Faz parte da família.”

Etiquetas: ecologia e permaculturaLeiriaMaceiraNascentes de Luzsociedade
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