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Home Opinião

“Desejo 2021 – um ano bom”

Helena Veludo, arquitecta por Helena Veludo, arquitecta
Dezembro 17, 2020
em Opinião
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“Acho inúteis nosso corpos
Quando o desejo é certeza”
Amália Rodrigues

“O encontro com os outros é o verdadeiro encontro connosco”
Eduardo Lourenço

“Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
Fernando Pessoa

Tinha de ser”. Eduardo Lourenço seguiu caminho e eu tive que ir espreitá-lo, de novo. A sua prosa dá-me sentido, ou talvez um sentido e muitas vezes gostaria que desse o sentido.

Dessas várias possibilidades, e considerando-me um ser que se informaliza no local e formaliza pelo global, partilho convosco trechos de sua prosa, que eu leio como poética e que plasma em “O Labirinto da Saudade” a especificidade da existência nacional e das suas expressões: “A fusão de duas imagens – a nacional e a imperial – começou no dia em que os Reis de Portugal compareceram no tablado do Mundo que os seus navegadores alargavam com o encarecente e renascente ímpeto de senhores da Guiné, Etiópia, India”, etc.

A loucura tinha-nos entrado pelas portas adentro ou saído barra do Tejo fora, loucura natural e gloriosa como gesta desvendadora, loucura certa com os poderes do tempo e nossa enquanto colonizadora e conquistadora, mas insidiosamente corrupta (como já Gil Vicente o pressentiu) dessa primitiva imagem lusitana de que cada português conhecia com o olhar e os pés a força e a extensão…”

E continuando com Eduardo Lourenço: “seria insensato supor que entre os portugueses não se manifestasse como na humanidade… aquilo que nos eleva a dignidade humana: o apetite de saber, a paixão da verdade.

Mas da verdade o que mais nos fascina é a paixão que ela comunica e não o processo em que consiste a sua busca com a visão nela do que nos falta e não do que nela resplendece…

Como dizia Pessoa “ou Tudo ou o seu Nada” … essa paixão não é de ordem intelectual entre nós, mas prática.

No fundo da nossa alma… ficámos pagãos, familiares dos deuses e do Destino, que é mais que deuses, cujo veredicto por absurdo nos satisfaz paradoxalmente.

Daí essa forma de indiferentismo, após o espasmo orgânico do grito, tão característico do nosso comportamento histórico. “Tinha que ser”. É o nosso lado árabe, porventura.

Profundo poço onde mergulham as raízes insondáveis do verdadeiro mistério do nosso comportamento histórico: realizar o mais valioso de nós como colectividade e como indivíduos, não como agentes de propósitos maduramente pensados, estruturados, mas com actores de gestas que tudo parecem dever ao impulso da vontade, do desejo, do inconsciente”.

O ano 2020 está a acabar, isolados, partilhámos juntos uma universalidade que construímos por impulso e que vivemos inconsciente, mas com afecto e este gesto, quero acreditar, pode alavancar uma consciência activa.

O mundo que vivemos não mudou neste longos dias de 2020, vivemo-lo em emergência, num gesto urgente mas verdadeiramente precisamos de um gesto que assuma a nossa condição humana, de pertença ao mundo natural e não seu exterior, um gesto pleno de energia e de serenidade.

Aproxima-se o ano dois desta segunda década do segundo milénio, D.C.

Desejo a todos um Ano Novo, Bom.

Etiquetas: helena veludoopinião
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