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Home Opinião

Desenhos nas paredes

Nuno Reis, professor e investigador por Nuno Reis, professor e investigador
Março 29, 2024
em Opinião
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Em grutas um pouco por todo o mundo foram encontradas pinturas nas paredes. Os nossos antepassados milenares deixaram nas paredes das cavernas em que se protegiam desenhos que representam pessoas, animais, plantas e alguns símbolos abstratos.

Quando, nos nossos dias, olhamos para as pinturas que chegaram até nós temos dificuldade em entender o seu significado. Serão meras representações das atividades do quotidiano dos nossos antepassados? Pinturas de caçadas a animais ameaçadores, correndo grandes riscos? Terão um caráter supersticioso, invocando uma entidade sobrenatural? Será “apenas” arte?

Eu gosto de pensar em outras explicações possíveis. Diverte-me particularmente pensar que foram feitos por pessoas com pouco jeito para o desenho e que por isso, em 2024, somos ainda incapazes de entender o significado. Inquietos com a falta de compreensão, atormentados com vieses cognitivos que nos obrigam a encontrar grandes significados para grandes coisas, tentamos dar um sentido às pinturas rupestres. E descartamos a hipótese de ser apenas resultado de uns cavernícolas desajeitados com umas tintas à mão.

Estou certo de que se alguém daqui a milénios encontrar os meus “desenhos”, rabiscados enquanto decorrem intermináveis e pouco úteis reuniões, ficarão sem perceber o seu significado profundo e intrínseco. Até porque não tem um significado. Nenhum, asseguro.

Como autor, tenho a certeza total e absoluta de que não existe nenhum significado, objetivo artístico, ou caráter supersticioso por detrás dos meus riscos entediados. Mas, se investigadores do futuro se detiverem a tentar interpretar poderão, com a sua criatividade avançada, inventar um significado. Algo que seja mais… sofisticado.

Eu julgo que podemos ser menos sofisticados na maioria das interpretações. Estamos a falar em riscos feitos por cavernícolas. Portanto, a mensagem que existe os desenhos nas paredes pode ser óbvia, literal, autoevidente.

Tentar encontrar significados escondidos naquilo que os cavernícolas fizeram pode ser como transformar rabiscos feitos numa reunião na obra-prima “Guernica” do Picasso. Dourar a pílula, tornar a mensagem mais simpática, próxima do que gostamos.

Mas, parece-me que os cavernícolas queriam mesmo mostrar aos outros que podiam fazer riscos. E que deixam marcas duradouras. Como, aliás, já defendiam os Prodigy (The writing’s on the wall | It won’t go away | It’s an Omen), desenhos na parede que não desaparecem são um presságio. Um mau presságio, quando são feitos por cavernícolas. 

Etiquetas: antepassadosartecavernascríticadesenhosexcessogrutasLeiriaNuno ReisopiniãoPicassopinturasregião de Leiria
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