Dez anos depois, PP&A faz renascer cerâmicas S. Bernardo

Passaram dez anos desde que Elsa Almeida, Jorge Horta e Fernando Perpétua se uniram para formar a empresa Perpétua, Pereira & Almeida (PP&A) e dar continuidade à actividade das cerâmicas S. Bernardo, fábrica que laborava desde 1981, mas que à época vivia um momento difícil, atravessando um processo de insolvência.

Volvida uma década, a empresa de Évora de Alcobaça é hoje uma unidade dinâmica, com produtos presentes em diversos mercados internacionais, que aumentou o número de colaboradores, mais do que duplicou o volume de negócios e que está a trabalhar com afinco na promoção da sua nova marca própria.

Quando as cerâmicas S. Bernardo atravessavam [LER_MAIS]o processo de insolvência, com cerca de 40 colaboradores em risco de perder o emprego, Elsa Almeida era directora financeira e Jorge Horta era director de produção da empresa.

Naquele período mais conturbado, os dois funcionários passaram a gerir transitoriamente a fábrica, com o apoio de Fernando Perpétua, um parceiro outsider, que tinha cargo de direcção nas porcelanas SPAL. Foi com surpresa que os três receberam a sugestão do administrador judicial, que entendia que a unidade só tinha futuro se os três assumissem formalmente a liderança.

O grupo aceitou o desafio, constituiu a PP&A e arregaçou as mangas: “tentámos motivar as pessoas, dinamizar a área comercial, com participação regular em feiras internacionais e aceitar desafios de clientes, aproveitando a nossa grande capacidade de criação de peças diferentes, ‘autênticos fatos por medida’”, explica Elsa Almeida.

A PP&A emprega hoje 62 colaboradores, atingiu em 2022 um volume de negócios de 2,5 milhões de euros (mais do dobro do que registava há 10 anos) e exporta 98% da produção, sobretudo para os EUA, mas também para diversos países da Europa e até Dubai, Índia e outras paragens mais distantes.

Além da marca S. Bernardo, através da qual tem comercializado principalmente para private label, a PP&A avançou este ano com a promoção da insígnia Claraval, marca própria, que a empresa está a explorar depois do sucesso do lançamento da colecção Mosteiro.

As novas tecnologias permitiram que a voz de Sónia Tavares, a cantar no Mosteiro de Alcobaça, moldasse a colecção impressa a 3D. E a recepção do público foi tão boa, que a PP&A está agora a trabalhar no lançamento de mais colecções, com este conceito diferenciador, sob a marca Claraval, adianta Elsa Almeida.