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Home Opinião

Dicionário improvisado XXXII

Paulo Kellerman, escritor por Paulo Kellerman, escritor
Dezembro 5, 2024
em Opinião
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Bombardeamento

A forma como me tocas é apenas tua. É aí que reside a individualidade mais real e íntima de cada pessoa: no toque. Na impressão digital que deixa na pele do outro. Não achas? Penso nisto. Ou seja, tento disfarçar o desespero. Encadeio filosofias tal como outras pessoas contam carneiros; mas não consigo adormecer. O desespero não tem sono.

Coração

Imagina um corpo cheio de corações. Já tens um, aquele que bombeia o sangue. Mas imagina que tens mais, quantos quiseres. Um que bombeia alegria. Outro que bombeia coragem. Outro que bombeia serenidade. E outro e outro e outro. E outro. Quantos quiseres, quantos precisares. Imagina.

Descolamento

Incomoda-me o movimento constante do comboio. Gostaria que avançasse mais rápido, que fosse sempre aumentando a velocidade. Poderíamos, talvez, andar tão rápido que a partir de certo momento a tristeza poderia ir ficando para trás, incapaz de me acompanhar; descolando-se de mim. Conseguiria fugir-lhe, talvez até despistá-la. Mas se isso fosse possível, que mais poderia ficar para trás, além da tristeza? Que mais poderia perder na minha fuga?

Obsolescência

Recuso a obsolescência. Mas foi nisso que se tornou o mundo: um lugar onde reina a obsolescência humana. Como se cada pessoa se pudesse tornar obsoleta num determinado momento da sua vida, e naturalmente substituída por uma pessoa melhor; mais avançada; com um desempenho superior. Não morre, é apenas substituída; e continua a sua vida disfarçada de morte, ou a sua morte disfarçada de vida. Foi nisso que se tornou o mundo: um lugar onde reina a obsolescência humana.

Rafah

Estou a pensar na minha casa. O sítio onde vivo e onde me sinto verdadeiramente livre. O sítio que é uma extensão de mim. O sítio que tive de abandonar. Penso: sou como um caracol. E sorrio. Penso: todos somos como os caracóis. E sorrio. Estou a pensar na minha casa e a questionar-me sobre quando poderei regressar. Somos a nossa própria casa, e ainda assim sentimo-nos tantas vezes desalojados. Sem casa. Apesar de a termos em nós. Um caracol nunca abandona a sua casa. Se por acaso encontrarmos uma concha vazia e abandonada significa que o caracol morreu. Um caracol morre juntamente com a sua casa. Pensamentos absurdos, estes; já não me apetece sorrir.

Rotunda

Mesmo quando se está a regressar ao ponto de partida, a viagem é sempre feita em frente. Temos de andar em frente para voltar atrás. Solidão Temos de aprender a trazer sempre as nossas raízes connosco; tê-las perto em todos os momentos, mesmo que por vezes não exista consciência dessa presença. Como a sombra. Não nos passa pela cabeça deixar a própria sombra algures e dar um passeio sem ela, pois não? Então por que razão damos passeios e esquecemos as raízes em casa?

Ucrânia

É possível que as pessoas que dizem às outras para saírem das suas zonas de conforto nunca tenham tido uma guerra no seu país, na sua cidade, na sua rua.

Etiquetas: bombardeamentodescolamentodicionárioobsolescênciaPaulo KellermanRafahrotundasolidãoucrânia
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