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Home Opinião

Dicionário improvisado XXXVIII

Paulo Kellerman, escritor por Paulo Kellerman, escritor
Julho 3, 2025
em Opinião
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Alucinação 
Conta a lenda que a tradição começou há muitos anos, quando um rapaz quis impressionar a namorada. Levou-a ao sítio mais bonito que conhecia, um pedaço de mata com árvores centenárias virado para o mar que se estendia da falésia até ao infinito do horizonte. Entregou-lhe uma pequena caixa que trazia consigo e pediu-lhe para a abrir. Ela assim fez, e do interior da caixa espreitou uma borboleta; no instante seguinte, a borboleta sacudiu-se ligeiramente (mais tarde, diriam um ao outro que aquela fora a forma que encontrara para lhes sorrir) e lançou-se num voo elegante e sem regresso.

Como a borboleta era muito colorida, havia momentos em que tiveram a ilusão de que um pequeno arco-íris voava sobre o mar, riscando o azul do céu. Acompanharam o voo da borboleta até se tornar impossível continuar a vislumbrá-la; mantiveram o olhar fixo no horizonte durante alguns minutos (no exacto ponto em que o céu se cruza com o mar e se diz que as sereias passam as tardes a ler as mensagens que recebem, vindas em garrafas de vidro); e depois, beijaram-se.

No ano seguinte, no mesmo dia, regressaram àquele mesmo local e libertaram uma nova borboleta. Elogiaram o seu voo; contaram as cores que faiscavam subtilmente no céu; beijaram-se; prometeram que repetiriam aquela tradição enquanto fossem vivos. E assim fizeram. Quando morreram num acidente, já o hábito de libertar borboletas era conhecido pelos amigos. E foram esses amigos que decidiram visitar aquele local naquela data e assinalar a tragédia repetindo o gesto poético e belo que os tinha impressionado.

Eram onze amigos; e onze borboletas voaram sobre o oceano, pequenos arco-íris incertos e fugazes riscando o céu. Arco-íris livres. No ano seguinte, houve vinte e três arco-íris. E o número nunca mais parou de aumentar, ano após ano. Conta a lenda que a tradição de libertar borboletas e imaginar que são arco-íris começou assim. Um rapaz a tentar impressionar uma rapariga. Como quase todas as lendas começam. 

Circulação 
A escuridão é atravessada por artérias que transportam luz, e a iluminam. Mas: e se o coração pára? Indústria 
O pai chega a casa cansado. O seu trabalho na fábrica é fisicamente exigente, mas gosta de passar os seus dias a construir coisas com as próprias mãos. Chega a casa cansado, mas sem queixas nem lamentações. E por mais cansado que esteja nunca se farta de olhar o filho, sempre entretido com a maior das suas paixões de criança. Legos. A construir coisas com as suas próprias mãos. Gosta de o olhar, vê-lo construir. Porque olhar também é uma forma de construção. Mas por vezes, junta-se ao filho e constroem juntos. 

Interculturalidade 
Olha cada cada pessoa com quem te cruzas como olhas o mar. Obrigado.

Sangue

Somos movimento. Sangue em movimento. Pensamento em movimento. Emoção em movimento. Seremos apenas movimento invisível? 

(Textos escritos para os projectos “O futuro é feito de tempo” e “18»20”, com a fotógrafa Elsa Arrais) 

Etiquetas: arco-írisborboletacontocriativodicionárioescritaescritorjornal de leiriaLeirialiteraturaopiniãoPaulo Kellerman
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