As finanças municipais dominaram o debate autárquico organizado pelo Região de Cister, em parceria com o JORNAL DE LEIRIA, este sábado, na Biblioteca Municipal da Nazaré. Mas, afinal, qual é a dívida total da Câmara da Nazaré? Cada cabeça, sua sentença e cada um dos candidatos apresentou um valor diferente para a dívida do município, o que fez com que o tema motivasse forte discussão.
Walter Chicharro (PS) apoiou-se nos números mais recentes da Direcção- Geral das Autarquias Locais (DGAL), que apresentou como “oficiais”, para fixar a dívida nos 34,2 milhões de euros. O que significa que houve um aumento da dívida total superior a meio milhão de euros desde a análise efectuada pela DGAL no final do mês de Maio.
Depois, os números apresentados pelos outros candidatos "dispararam" até chegar aos 78 milhões de euros de dívida, apontados por Graciano Dias (CDS-PP/MPT/PPM), que acusou a gestão do PS de exibir um “descontrolo total” das contas.
[LER_MAIS] Já António Caria (CDU) estimou que a dívida do município ronde os 60 milhões e o candidato não “acredita que a Câmara tenha abatido dívida” durante este mandato, contrariando o discurso de Walter Chicharro.
Por sua vez, Alberto Madaíl (PSD) denunciou um aumento de 2,7% na dívida, o que fez com que a Câmara “devesse 33,5 milhões de euros a terceiros” a 31 de Março. O candidato do PSD criticou o facto de, no seu entender, ter havido um “desbaratar dos dinheiros públicos”.
Telma Ferreira (BE) foi a única a não querer avançar um número para a dívida actual da autarquia, optando por “atacar” a gestão de Jorge Barroso (PSD), responsabilizando os sociais-democratas pela dívida deixada e o PSD e CDS nacionais pela criação de mecanismos como o PAEL e o FAM que “estrangulam as populações”.
O presidente Walter Chicharro também não se livrou das críticas da bloquista por ter assinado o PAEL quando, durante a campanha de há quatros anos, “defendeu que nunca o iria fazer”.