Em 2021 marca os 30 anos do fim da União Soviética. Uma superpotência constituída por 15 repúblicas, que ocupava um sexto do território do planeta, foi a responsável pela derrota de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial, pioneira na corrida espacial com o envio do primeiro satélite da história, o Sputnik, e colocando o primeiro homem no espaço, Yuri Gagárin.
Sem esquecer que tinha o maior e mais poderoso exército do mundo com o maior arsenal nuclear que há memória.
No entanto, num curto período de tempo desmoronou-se e em dezembro de 1991 foi mesmo dissolvida.
Segundo vários especialistas os princ ipais motivos para a dissolução da União Soviética foram: o Autoritarismo dos seus líderes, uma estrutura hipercentralizada e burocrática, um sistema económico inefic az e uma liderança incapaz e fraca de líderes como Leonid Brezhnev, Yuri Andropov e Mikhail Gorbachev.
A Europa não aprende com a história e o fim do projeto europeu, que nasceu no pós Segunda Guerra Mundial, parece caminhar para um fim “idêntico” ao da União Soviética.
Também na União Europeia temos líderes autoritários, Urban na Hungria, Salvini em Itália, Andrzej Duda na Polónia, só para citar alguns.
A UE é uma organização burocrática e centralizada e os seus últimos líderes e os atuais são fracos, pouco inteligentes, incapazes de mobilizar e irrealistas.
Para já não referir as relações pouco claras que têm com grupos económicos pouco transparentes como o Goldman Sachs do qual o antigo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, é lobista.
Os sinais do fim da UE são claros. [LER_MAIS] Em França, Macron está isolado, tem todos os partidos contra, da extrema esquerda à extrema direita.
O Reino Unido está de saída, Itália está em guerra aberta com a Comissão Europeia por c ausa do orç amento, Espanha passou a ter deputados e eurodeputados de partidos fascistas e na Alemanha Merkel está cada vez mais perto do fim da sua vida política e os partidos europeístas, como o SDP, correm risco de desaparecerem.
Não esquecer que cerca de 65% dos habitantes da UE vivem nestes países e que as suas economias representam mais de 75% do PIB da União Europeia. Ignorar esta realidade é assinar uma declaração de óbito à União Europeia.
A taxa de abstenção nas eleições europeias do passado mês de maio é uma prova inequívoca que os europeus ignoram a realidade e só vão dar valor ao projeto europeu quando o mesmo já não existir.
Os tempos de paz, democracia, liberdade e prosperidade na Europa parecem estar a chegar ao fim.
Professor e Investigador
Texto escrito segundo as regras do acordo ortográfico de 1990