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O ano de 2016 tem sido fértil em surpresas que podem mudar o mundo que pensamos conhecer. Dois acontecimentos, entre muitos outros, reforçam o cenário cada vez mais real de fim do ideal de um mundo solidário, menos injusto e sustentável… após 2016 estas questões não passam de uma utopia que nem os mais sonhadores ousam sonhar.
Primeiro, a crise dos refugiados na Europa e o renascimento/fortalecimento de movimentos nacionalistas. A resposta europeia foi a construção de muros contra os refugiados e a assinatura de um acordo com o ditador turco Erdogan que prometeu receber refugiados em troca de dinheiro.
No fundo, a Europa começou a comercializar pessoas que fogem dos seus países em guerra. Sendo que muitas dessas guerras foram provocadas também por esses mesmos países europeus. Líbia, Síria, Iraque são apenas alguns exemplos da irresponsabilidade europeia, de vassalagem aos EUA.
O resultado do referendo britânico, cujo esforço dos partidos nacionalistas ajudou muito na decisão de saída do Reino Unido da União Europeia. Agora já só nos resta esperar pelo referendo do primeiro-ministro Renzi de Itália, as eleições na Áustria e já em 2017 as eleições na Alemanha e França onde os movimentos nacionalistas irão, por certo, reforçar o seu peso.
*Professor e Investigador
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