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Home Abertura

E se o patrão lhe pagasse para sair do emprego e ajudar quem mais precisa?

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Junho 30, 2022
em Abertura
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E se o patrão lhe pagasse para sair do emprego e ajudar quem mais precisa?
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Para muitas empresas da nossa região, responsabilidade social é um desígnio bastante sério. São várias as formas possíveis de apoiar causas, mas há uma, inovadora, que começa a ganhar seguidores por Leiria, e que a todos enriquece.

La Redoute, Moneris e inCentea são alguns dos grupos empresariais que, de forma sistemática, disponibilizam os seus colaboradores, durante o período laboral, para que possam ajudar quem necessita.

Ensinar idosos a utilizar equipamentos tecnológicos e redes sociais para combaterem o isolamento, percorrer a cidade a recolher bens alimentares para distribuir por famílias carenciadas, participar em acções de reflorestação ou dar auxílio em associações que acolhem jovens desfavorecidos são algumas das iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas pelos trabalhadores durante o horário de expediente.

O JORNAL DE LEIRIA acompanhou algumas destas acções, testemunhando a satisfação de quem dá e a gratidão de quem recebe.

Jovens trabalhadores viram professores dos idosos
Focada no tablet que tem na mão, Maria José Costa, de 73 anos, faz parte do grupo de idosos que, numa sala dos Bombeiros Voluntários de Leiria, na secção de Monte Redondo, está a aprender com os mais jovens como se enviam mensagens e se fazem videochamadas para matar saudades da família e dos amigos que estão longe.

Depois de ter trabalhado anos a fio nas limpezas, no estrangeiro, Maria José tem dois filhos em França [LER_MAIS]e uma filha na Suíça. Longe estão também os netos e os bisnetos. Por isso, como já tinha frequentado iniciativas anteriores neste local, ao saber que um grupo de gente nova iria ensinar os mais velhos a dominar as novas tecnologias, não hesitou em participar. E está a gostar bastante da experiência.

“Quero aprender as bases para poder fazer telefonemas, enviar emails e fotos sem estar sempre a pedir a alguém para mo fazer”, conta Franclim Ascenso, de 72 anos, outro participante desta formação. “Até nos bancos, nas finanças, quem não acompanha fica para trás”, realça o septuagenário, mecânico aposentado.

“A parte mais difícil, para mim, era o Whatsapp e isso já aprendi”, conta Franclim Ascenso. Também ele esteve emigrado, na Alemanha, onde deixou família e amigos com quem precisa de comunicar. Para quem o ensina a movimentar-se no campo digital, o idoso só tem elogios: “são pacientes, são um espectáculo”.

“Estão a ser dias interessantes. Eles são superpacientes e já aprendi coisas novas”, partilha também Lourdes Capela, de 70 anos. “Trabalhei num hospital, num restaurante, em muitas coisas. O último emprego foi num lar de idosos”, recorda Lourdes, já aposentada. “Fiz muita coisa na vida, mas não precisava disto e agora preciso”, reconhece.

Entre os monitores, o entusiasmo também se faz sentir. Telmo Gaspar, de 44 anos, trabalha desde 2015 na La Redoute e é responsável pelo controlo de gestão.  Soube da existência do programa Eu Sou Digital e achou que poderia ser útil a ensinar informática a quem precisava. Propôs ao departamento de responsabilidade social corporativa da La Redoute que a empresa se associasse a algo do género e a coordenadora, Gaëlle Sousa, tratou de estabelecer pontes com os parceiros.

Entretanto, outros colegas do emprego quiseram juntar- -se. E assim avançou esta iniciativa, realizada em parceria com o CLDS4G- Projecto Sentir o Território, que é promovida pela Associação de Desenvolvimento e Apoio Social da Freguesia do Coimbrão.

Como é “desenrascado” e tem “paciência”, Telmo já tinha sido solicitado outras vezes, no seio familiar, para prestar ajuda na área das tecnologias. Por isso, já sabia à partida que, para este tipo de experiência, é necessário ter calma, boa disposição e capacidade de criar empatia. Como se liga a internet, o wi-fi, como se liberta o spam, como se criam palavras-passe, como se enviam mensagens com fotografias, em diferentes plataformas, são algumas das dúvidas recorrentes destes formandos, especifica o monitor.

David Loureiro, de 31 anos, técnico de marketing, foi um dos seus colegas da La Redoute que quis juntar-se à causa. “Nunca tinha dado formação. Aqui o que precisamos saber é que estamos em polos completamente opostos em termos de literacia digital. E perceber que, para eles, o simples mexer no rato não é assim tão fácil”, realça o monitor. Mas esta é uma tarefa que “não cansa”. “É gratificante”, salienta o jovem.

Desafiante está a ser também para Ariana Reis, de 29 anos, analista de dados, que, antes de trabalhar na La Redoute, e de se formar em Gestão, já tinha tirado o curso de Enfermagem.  “Estou a usar ferramentas da comunicação e da interacção com os idosos e ao mesmo tempo de formação”, sublinha Ariana.

O Dia de Voluntariado Corporativo é uma iniciativa que arrancou na La Redoute de Leiria em Novembro de 2021, à imagem de iniciativas semelhantes promovidas pela casa- mãe, explica Gaëlle Sousa. E, apesar dos entraves impostos pela pandemia, está a ter boa adesão por parte dos colaboradores.  

Um dia por ano, se o funcionário entender voluntariar-se, pode utilizar esse tempo do horário laboral para ajudar uma causa social, optando entre as várias associações/projectos dos quais a La Redoute é parceira. Cercilei, Os Malmequeres, a Refood, Mulher Século XXI, Liga para a Protecção da Natureza, programas Speak e Eu Sou Digital compõem essa extensa lista, explica a responsável pelo departamento de responsabilidade social corporativa da empresa.

A mais recente das acções foi precisamente a de literacia digital, onde participaram sete colaboradores da La Redoute, e que foi dirigida a dois grupos de idosos.

Sustentabilidade é um conceito que a La Redoute tem vindo a aplicar em todas as vertentes, não só para benefício do ambiente, da própria vitalidade económica da organização, mas também em prol da comunidade onde a empresa está inserida, congratula-se Paulo Pinto, CEO da La Redoute.

Recolher comida  e espalhar gratidão
Ana Rita Soares, responsável pela unidade de negócio na Moneris de Leiria, aproximou-se do projecto Refood e depressa começou a perceber que existia na cidade uma carência de voluntários disponíveis para fazer a recolha de bens alimentares depois dos almoços, ou seja, em horário laboral. Falou com a administração sobre a viabilidade da Moneris poder associar-se à causa e, em Novembro de 2021, a empresa partia para esta nova aventura. E tal só não aconteceu antes, porque a pandemia não deixou, ressalva Ana Rita Soares.

De 15 em 15 dias, no horário de expediente, a Moneris disponibiliza não só um colaborador, como também uma viatura, durante duas horas, para fazerem parte de um turno de reco-lha de alimentos, a distribuir durante a noite a famílias carenciadas.

“Estamos a tentar escalar esta iniciativa, para que seja adoptada por outros escritórios nossos”, adianta Ana Rita Soares. “Pode ser difícil, mas não é impossível. Temos de apresentar os bons resultados”, defende a voluntária, que desde o início desta acção descobriu realidades e vulnerabilidades sociais que não conhecia.

Desde 2 de Novembro de 2021, os funcionários da Moneris de Leiria já colaboraram na recolha de 353 quilos de alimentos. Em 15 pessoas que integram o escritório da cidade, sete já participam nesta iniciativa.  “Não me apercebo que tenhamos perdido produtividade por causa desta parceria”, realça Ana Rita Soares. Pelo contrário, sente entusiasmo redobrado em quem ajuda. “Ouço os comentários dos quilos de comida que cada um consegue recolher.”

Da área da responsabilidade social da Moneris, Vânia Soares explica que, além de outras iniciativas que a rede de escritórios promove por todo o País, de forma transversal, seja de plantação de árvores, sensibilização contra a discriminação e outras, esta iniciativa de Leiria com a Refood é um projecto-piloto, que se pretende vir a crescer nas várias geografias onde o grupo está presente. Depois desta parceria, há vontade de começar a integrar mais instituições sociais na lista de parceiros, adianta.

“Os empresários vêem com bons olhos estas iniciativas, que deixam as pessoas mais envolvidas com a comunidade. Recrutar e reter colaboradores é um grande desafio. E esta também pode ser uma estratégia para que as pessoas se sintam felizes no trabalho. Proporcionamos experiências que promovem a partilha entre as equipas, muito além do que vivem no seu ambiente de trabalho”, realça Vânia Soares.

Satisfeito com a participação destes colaboradores está Ricardo Coelho, coordenador da Refood Leiria, que desenvolve este projecto com o apoio de várias empresas, que prestam apoio de diferentes formas, e que recorre a uma bolsa de cerca 200 voluntários. São pessoas com disponibilidades muito diferentes e, por isso, mais braços para auxiliar são muito bem-vindos, frisa o coordenador.

Cantinas de hospital, de escolas, cafés e restaurantes estão entre os locais aderentes, onde é preciso recolher diariamente os bens alimentares. Combater o desperdício e apoiar quem mais precisa são os objectivos da Refood Leiria, que está a recolher 60 a 70 toneladas de alimentos por ano, suprindo necessidades crescentes da população. Desde o arranque do projecto na cidade, em Outubro de 2015, a Refood Leiria já beneficiou 548 pessoas. A ideia é que seja um apoio temporário, mas quando as situações de carência persistem, é feito o encaminhamento das famílias para as devidas entidades, expõe Ricardo Coelho.

A visão pioneira
 
O Dia do Voluntário faz parte da inCentea há mais de uma década, estima Raquel Rita, directora de recursos humanos do grupo sediado em Leiria. Cada colaborador tem um dia de trabalho que pode utilizar no apoio a uma causa à sua escolha. É uma situação fixada no próprio regulamento da inCentea.
 
Acções de reflorestação, apoio a associações de jovens desfavorecidos ou até organização de festas com a comunidade a que pertencem são alguns exemplos de como os colaboradores têm vindo a aplicar este tempo. E tem sido tão bom o feedback, que a inCentea está a trabalhar para protocolar essas parcerias com as instituições sociais e, assim, obter uma calendarização mais estruturada das acções, adianta Raquel Rita.
 
A dedicação que a inCentea tem à responsabilidade social é visível noutras iniciativas disruptivas como o Fundo inCentivar. Por cada bebida quente servida em instalações do grupo, o colaborador está a dar um valor simbólico de 10 cêntimos para uma causa social. No final do ano, a verba total reverte a favor da causa que foi previamente escolhida por eleição dos próprios colaboradores.
 
Em 2016, a Refood Leiria foi a feliz comtemplada, recorda o coordenador, Ricardo Coelho. Mais de 4.500 euros foram doados a este projecto, que o utilizou para pagar contas de água e luz, alguns electrodoméstivos e consumíveis, salienta o coordenador.
Etiquetas: ajudaapoioescopo socialEu Sou DigitalfacebookincenteaLa RedoutemarketingMonerispatrõesportugalprogramaçãoredes sociaissolidariedade
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