PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Viver

Edward Muallem: “Não se trata apenas de contar uma história da Palestina, mas de convidar o público a questionar”

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Julho 10, 2025
em Viver
0
Edward Muallem: “Não se trata apenas de contar uma história da Palestina, mas de convidar o público a questionar”
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Durante a primeira vaga de migração judaica para a Palestina, sob o pretexto da Declaração Balfour, de 1917, um homem refugiado e empobrecido chega da Europa após a Primeira Guerra Mundial e instala-se na casa de uma mulher. Gradualmente, tenta exercer controlo e expulsá-la dali, apesar de ela viver feliz, com os frutos dos seus pomares de laranjeiras.

A história, que abarca um período de 75 anos, é contada na peça Oranges and Stones, que a companhia Ashtar Theatre, da Palestina, leva a palco no próximo domingo, 13 de Julho, em Leiria (18 horas, estúdio Leirena Teatro, no salão da união das freguesias de Marrazes e Barosa).

Contratado em parceria com a embaixada da Palestina em Portugal, o espectáculo – sem palavras, baseado inteiramente em acção física e música original – marca o último dia da edição de 2025 do Festival Novos Ventos.

Que história estão prestes a apresentar em Leiria?
A nossa performance, Oranges and Stones, explora a experiência humana sob ocupação e os fragmentos do quotidiano que se tornam simultaneamente pesados e esperançosos. É um vislumbre poético da resiliência — as pedras simbolizam a resistência e a luta, enquanto as laranjas evocam a terra, a memória e o sentimento de pertença. Para nós, não se trata apenas de contar uma história da Palestina, mas de convidar o público a sentir, a questionar e a recordar que a liberdade e a dignidade são universais.

O que significa para vós poderem conectar-se com público de outros países?
É profundamente significativo. Cada vez que actuamos no estrangeiro, criamos um espaço de diálogo que transcende a política e as manchetes, mas que também ensina o contexto histórico da ocupação. Permite parcerias significativas, inspiração, troca de ideias e conversas, colaborações, fortalecendo a solidariedade através da experiência directa connosco — permitindo ousar fazer perguntas e acolher verdades que, por vezes, são desconfortáveis. Para nós, encontrar públicos noutros países é um acto de ligação e solidariedade; é uma forma de lembrar ao mundo que nós, enquanto artistas, guardamos histórias que não só merecem ser ouvidas e sentidas, mas que têm de ser contadas e partilhadas, e assim continuamente documentadas. Estes encontros permitem-nos humanizar a nossa luta e construir pontes de compreensão e compaixão, apesar de todas as tentativas feitas para o tornar impossível.

Acreditam que os artistas e a arte podem ajudar a encontrar o caminho para a paz? Como?
Sem dúvida. A arte tem o poder de tocar onde a política muitas vezes não consegue: no coração e na imaginação, de inspirar a planear o futuro, a resistir em conjunto. Enquanto artistas, somos embaixadores — não pretendemos ter todas as respostas, mas muitas vezes carregamos o fardo de responder a perguntas, apesar das dúvidas constantes e da situação em constante mudança. Também colocamos as questões que precisam de ser feitas. O teatro, em particular, dá às pessoas permissão para sentir, para ver o “outro” como humano, e para imaginar novas possibilidades. No nosso caso, as nossas performances criam espaço para o luto, a resistência e a esperança, assim como para o planeamento do futuro — tanto o mais próximo como o mais distante. Neste espaço, plantamos sementes de pensamento crítico, de afirmação individual e colectiva, de união e de uma recuperação cívica do poder.

Qual é a vossa rotina actualmente? Foi fácil viajar para Portugal?
Vivo em Jerusalém. Desloco-me diariamente até ao Ashtar, uma viagem que deveria durar 20 minutos, mas que demora mais de uma hora (por vezes muito mais), devido à ocupação israelita da Palestina. Este é o nosso tempo, o nosso dinheiro, a nossa vida que é artificialmente (e intencionalmente) dificultada, senão desperdiçada. Como muitos artistas da nossa companhia, permaneço lá apesar de todas as dificuldades. A minha rotina é preenchida com ensaios, oficinas com jovens, criação constante, bem como o trabalho de arquivo e documentação do nosso percurso artístico dos últimos 35 anos — tudo marcado pelos desafios de viver sob ocupação. Viajar para o estrangeiro nunca é fácil para os palestinianos: autorizações, fronteiras, postos de controlo, vistos, verificações adicionais, perguntas injustas e abordagens tendenciosas tornam a mobilidade complicada, cansativa, dispendiosa, frequentemente perigosa, e por vezes mesmo impossível. Ainda assim, estar aqui em Portugal é um testemunho da nossa perseverança e do poder da troca cultural — do poder das nossas nações a trabalharem juntas para desafiar a força colonial que nos quer silenciar e tornar inacessíveis. Estamos gratos por sermos acolhidos aqui.

Novos Ventos encerra nos Marrazes com teatro, novo circo e fantoches
 
A apresentação de Oranges and Stones em Leiria pelo Ashtar Theatre, da Palestina, constitui, para a organização do Novos Ventos, “um gesto simbólico” que reforça “a missão” do festival criado pelo Leirena “enquanto espaço de escuta, diálogo e promoção da paz através da arte”.
 
Na última semana da edição de 2025, a programação para o público decorre no domingo, 13 de Julho, no Bairro Sá Carneiro e no Estúdio Leirena Teatro (salão da união das freguesias de Marrazes e Barosa). Inclui uma oficina de fantoches em esponja, teatro e novo circo.
 
Agenda: 11 horas, Bittersweet, por Jessica Eschenbach; 15 horas, teatro comunitário, com a participação do Agrupamento de Escolas de Marrazes, da Amitei, da Filarmónica de São Tiago de Marrazes, do Redes na Quinta – E9G da InPulsar e de outros colectivos locais; 16:30 horas, Cream, do INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo; 18 horas, Oranges and Stones, pelo Ashtar Theatre; e 21:30 horas, Pé de Laranja Lima, pela Mákina de Cena.
 
Todas as actividades têm entrada livre e são inclusivas.
 
Ao longo de um mês, o décimo Novos Ventos percorreu quatro freguesias do concelho de Leiria, com residências artísticas para profissionais, residências artísticas comunitárias e espectáculos por companhias nacionais e internacionais, totalizando aproximadamente 30 eventos.
Etiquetas: LeiriaNovos Ventospalestinateatro
Previous Post

Lucho Vega renova com a União de Leiria

Próxima publicação

Homem de 68 anos morre após ter sido atropelado no IC8 em Pombal

Próxima publicação
Homem de 68 anos morre após ter sido atropelado no IC8 em Pombal

Homem de 68 anos morre após ter sido atropelado no IC8 em Pombal

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.