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Home Desporto

Em 1962 a Marinha Grande parou para ver um jogo de futebol feminino

Inês Gonçalves Mendes por Inês Gonçalves Mendes
Abril 26, 2024
em Desporto
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Em 1962 a Marinha Grande parou para ver um jogo de futebol feminino
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A Guerra no Ultramar estalou em 1961 e, no mesmo ano, foi fundado o Movimento Nacional Feminino (MNF), não para reivindicar direitos para as mulheres, mas para angariar fundos que apoiariam os militares portugueses enviados para as antigas colónias.

A expressão do desporto feminino no distrito de Leiria era praticamente nula, recorda Fernando Alves, mas em 1962 o MNF organizou um jogo que suscitou tanto críticas como curiosidade: as alunas dos antigos Externato Dr. Afonso Lopes Vieira e da Escola Industrial e Comercial da Marinha Grande criaram equipas e defrontaram-se para angariar fundos para a guerra.

O treinador e fundador do Clube de Atletismo da Marinha Grande lembra-se deste jogo, permitido somente porque apoiava os ideais de Salazar.

O campo do Atlético Clube Marinhense esteve lotado para assistir àquele encontro, que culminou com a vitória da Vieira de Leiria sob a Marinha Grande por 2-0.

“Foi um problema porque houve raparigas que eram estudantes no colégio e que se viram aflitas porque o director da escola não admitia jovens em calções a jogar futebol. Em 1962, era um perigo”, referiu Fernando Alves.

Por uma ‘boa causa’, o jogo realizou-se, com as atletas a competir de calças. “Foi só esse jogo”, adiantou o treinador, ao recordar que a partida não significou o ‘pontapé de saída’ para a presença mais assídua de mulheres no desporto, na Marinha Grande.

Parcas condições no desporto

Fernando Alves ainda se lembra como era ser atleta antes do 25 de Abril. Com quase 80 anos, foi logo desde novo que se viu envolvido em diversos clubes desportivos no concelho da Marinha Grande, e não só.

Com uma vida associada ao atletismo, a ligação ao desporto começou no futebol, com a fundação do clube Os Prazeres da Guarda Nova, acompanhado por outros amigos da terra. Pouco depois, o Serviço Militar levou-o até Moçambique, onde meteu “toda a gente a mexer” com a criação de uma equipa de fufutebol, que ajudava a esquecer “as coisas más da vida”.

Pouco tempo depois de regressar a Portugal, entrou no Sport Lisboa e Marinha. Passou também pelo clube rival, o Atlético Clube Marinhense, até que fundou o Clube de Atletismo da Marinha Grande, onde se mantém até hoje.

Dos anos do Estado Novo, lembra- se das parcas condições para praticar desporto, mas nem por isso havia falta de clubes.

Só na Marinha Grande, consegue nomear diversas modalidades já com representatividade no concelho, como o futebol, atletismo, ciclismo, hóquei em patins, basquetebol ou andebol.

“Nós treinávamos no campo do Marinhense, de terra batida, ao mesmo tempo que os jogadores seniores. Andávamos à volta do campo, depois a bola vinha e nós parávamos. Mas era assim, não só aqui, mas pelo país todo”, recorda o treinador. Os treinos também passavam, por vezes, pelo pinhal.

Em Leiria, já havia uma pista de terra batida para a realização de provas. “Só que era uma pista rudimentar, como era praticamente no país todo antes do 25 de Abril”.

Atletas aumentaram após Revolução

“O grande desenvolvimento [do desporto] foi a partir do 25 de Abril”, constata Fernando Alves, que viveu estas duas épocas distintas.

“Começaram a aparecer mais pessoas a praticar desporto, a aparecer as senhoras, principalmente no atletismo e no voleibol. Começou a notar-se mais gente a praticar desporto”.

O número de atletas subiu e as condições das infra-estruturas melhoraram “de forma gradual”.

Pistas sintéticas, balneários ou pessoal especializado são algumas das mudanças que aponta.

“Começaram a haver cursos de treinadores. Já tinha havido, mas eram para as elites. Eu aproveitei, fiz para aí cursos que foi uma coisa doida. Tínhamos de ir a Lisboa, claro. O primeiro curso [pós 25 de Abril] foi em Lisboa, em 1979”.

E hoje, continua a faltar algo? Ainda ligado ao Clube de Atletismo da Marinha Grande, Fernando Lopes assume que “falta sempre”, nomeadamente “meios” e “dinheiro” para fazer face a todos os custos que a prática desportiva já envolve.

Etiquetas: 25 de abrilatletismodesportoeducaçãoescolaestado novofutebolMarinha GrandeMarinhenserevolução
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