Vai ser criado um hub de carregamento para automóveis eléctricos com nove postos para veículos multimarca, em Leiria.
Segundo o presidente da Mobi.E, empresa pública que é a entidade gestora da Rede de Mobilidade Elétrica, será instalado um ponto ultra-rápido, que permite o carregamento de uma autonomia à volta de 100 quilómetros, em seis minutos.
Luís Barroso adiantou que serão ainda implantados três pontos rápidos e cinco semi-rápidos.
O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, durante a conferência Transição Energética e Mobilidade, organizada [LER_MAIS]em Leiria, pela MCoutinho, evento que contou ainda com a presença do secretário-geral da Acap, Helder Pedro, e do presidente da Comissão Executiva do Grupo MCoutinho, António Coutinho.
O autarca de Leiria adiantou ainda que o hub será criado num espaço junto à rotunda do Hospital de Santo André. “É um local central, numa das entradas da cidade, que pode ser utilizado pelos habitantes locais e pelos visitantes, devido à sua proximidade à A1, A19 e IC2.”
Nesta parceria, a Câmara Municipal cede o terreno e a Mobi.E fará a instalação da infra-estrutura.
Segundo o presidente da gestora da Rede de Mobilidade Eléctrica, este é um dos dez novos hubs que a empresa está a criar nas cidades do litoral – zonas onde existe maior número de viaturas eléctricas ou electrificadas.
Após ter referido a dificuldade de circular pela União Europeia (UE) com um veículo deste tipo, o responsável anunciou que será possível aos aderentes à Mobi.E carregar em vários postos dos Estados-membros e que será criado “um corredor” para viaturas eléctricas entre Portugal, Espanha e França, durante este ano.
O funcionamento será semelhante ao das caixas de Multibanco, onde os cartões servem para qualquer banco.
No encontro, o secretário-geral da Acap disse que é necessária uma “discriminação positiva para a tributação autónoma” para a aquisição e circulação dos eléctricos, potenciando a renovação do envelhecido parque automóvel, contudo, sublinhou, os Orçamentos do Estado têm reduzido os benefícios na compra destes automóveis, ao contrário do que acontece noutros parceiros europeus, onde as vantagens têm aumentado.
Já António Coutinho afirmou que há cada vez mais pressão da UE para que haja veículos menos poluentes e que as novas metas de redução em 50% da emissão de gases com efeito de estufa até 2030, irá fazer com que a imposição de que, até essa data, se venda 37,5% de veículos com baixas emissões deverá aumentar essa percentagem