PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Abertura

Empresa municipal vai gerir três teatros e a Black Box em Leiria

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Novembro 21, 2024
em Abertura
0
Empresa municipal vai gerir três teatros e a Black Box em Leiria
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Mais de 10 anos depois da extinção da Leirisport, volta a existir uma empresa municipal em Leiria. O arranque está previsto para o próximo mês de Janeiro e a Teatro José Lúcio da Silva, E.M., S.A. vai gerir três teatros municipais (Teatro José Lúcio da Silva, Teatro Miguel Franco e Cineteatro de Monte Real) e também a plataforma de criação artística e sala de espectáculos Black Box, inaugurada em Maio nos pisos inferiores do antigo paço episcopal. No entanto, detém poderes mais amplos, que abrangem a promoção e desenvolvimento da cultura e de actividades de animação, incluindo acções de rua e outras nos espaços sob gestão da autarquia. A vereadora Anabela Graça preside o conselho de administração e José Pires é o vice-presidente.

À semelhança do que já acontecia através do Teatro José Lúcio da Silva, a empresa municipal vai cobrar ingressos e conta com outras receitas de exploração. “Para os diversos efeitos de tomada de decisão, possibilita uma maior desburocratização, considerando que o centro de decisão se afigura mais ágil, com manifestos impactos na eficiência e eficácia”, diz Anabela Graça ao JORNAL DE LEIRIA.

Cumprir a lei

Desde a fundação em 1967 que o Teatro José Lúcio da Silva era gerido por uma comissão de gestão designada pela Câmara Municipal de Leiria. Uma figura atípica (equiparada a pessoa colectiva do ponto de vista jurídico) que não existe na organização da administração autárquica local, em que a lei só prevê serviços municipais, serviços municipalizados, associações e empresas. É o imperativo de reestruturação jurídica do Teatro José Lúcio da Silva – alvo de pareceres do Tribunal de Contas e da Inspecção Geral de Finanças, no passado – que está na origem da constituição da empresa municipal, participada em exclusivo pelo município, o único accionista da nova sociedade anónima, que é dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

Os planos de actividades e orçamento continuarão a ser enviados ao município, com quem se mantém um contrato-programa. De acordo com a vereadora, “os valores totais de despesas e proveitos”, no primeiro ano, “não irão ser muito diferentes dos que se observam actualmente”.

O edifício doado ao município por José Lúcio da Silva e Maria da Graça Ferreira Lúcio da Silva, em 5 de Dezembro de 1966, onde funciona o Teatro José Lúcio da Silva, é transferido para a empresa municipal, que recebe os trabalhadores do Teatro José Lúcio da Silva com a totalidade dos direitos adquiridos. Segundo Anabela Graça, a empresa municipal permite, por outro lado, “uma maior adequação das remunerações dos trabalhadores àquelas que são praticadas pelo mercado” e “dos trabalhadores aos horários das iniciativas” em linha com “a Contratação Colectiva de Trabalho para o sector”.

Relação com os artistas

Depois de analisadas as alternativas, a opção por uma empresa municipal, que implica a extinção da entidade Teatro José Lúcio da Silva anteriormente existente, baseia- se num estudo de viabilidade económico-financeira realizado por uma consultora e assenta no capital social de 2.463.950 euros. O jurista José Alves lidera a mesa da assembleia geral e tem como secretárias duas funcionárias do Teatro José Lúcio da Silva.

Constituída por escritura datada de 11 de Julho de 2024, a Teatro José Lúcio da Silva, E.M., S.A., é composta por um conselho de administração, uma assembleia geral e pelo fiscal único.

O modelo que vai funcionar em Leiria a partir de Janeiro é idêntico ao que o Município de Guimarães adoptou através da empresa municipal A Oficina, que gere e programa o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, o Centro Cultural Vila Flor, o Centro de Criação de Candoso e a Black Box na Fábrica ASA, entre outros espaços. Já em Coimbra, por exemplo, o Convento de São Francisco ficou na esfera da câmara, mas outros equipamentos municipais estão entregues a estruturas artísticas. É o caso do Salão Brazil (gerido e programado pelo Jazz ao Centro Clube), da Casa do Cinema de Coimbra (Caminhos do Cinema Português), do Teatro da Cerca (que abriga a Escola da Noite) e da Oficina Municipal do Teatro (O Teatrão).

“Defendemos que a utilização do espaço público deve ser gerida pelo gestor público, o que não inviabiliza que, em determinado período, as estruturas de criação apresentem e desenvolvam os seus projectos de residência, por períodos mais ou menos longos”, comenta Anabela Graça, que refere a Black Box (aberta a residências até seis meses) e os teatros José Lúcio da Silva e Miguel Franco, onde a Companhia de Ballet Clássico de Leiria ensaia regularmente para preparar espectáculos que apresenta ao longo do ano no palco do Teatro José Lúcio da Silva.

Perante o novo cenário que 2025 traz ao sector em Leiria, o director do Leirena, uma companhia profissional de teatro, reconhece preocupação com o papel das estruturas artísticas junto da empresa municipal a médio e longo prazo. “O que será desenvolvido? Projectos de co-criação? Projectos de co-produção?”, questiona. “Enquadra-se ou não que uma estrutura artística possa estar a residir durante um ano ou dois anos num determinado equipamento?”

Desde a fundação, há mais de uma década, o Leirena tem andado com a casa às costas, primeiro na biblioteca municipal, depois no Mercado de Sant’Ana e nas galerias Alcrima, e agora num edifício da União de Freguesias de Marrazes e Barosa. Frédéric da Cruz Pires lembra que a profissionalização da cultura e a fixação de artistas no concelho dependem de condições financeiras e logísticas. E sugere que o município possa apostar em parcerias com programadores, directores artísticos e equipas de criadores, o que, de resto, já tem acontecido, em diversos equipamentos e projectos. “Todos os modelos devem ser analisados e todos os modelos devem ser experimentados”.

A pensar no público

No m|i|mo – museu da imagem em movimento, a associação Leiria Film Fest esteve durante dois anos “a fazer a programação de cinema”, o que envolveu actividades do Leiria Film Fest, o Mimo Video Art, dois ciclos de cinema, extensões de festivais e a primeira edição da Bienal de Cinema de Leiria. Com base nesta experiência, Cátia Biscaia, co-fundadora do Leiria Film Fest, considera “muito interessante” a possibilidade de entregar temporariamente espaços municipais a associações ou estruturas artísticas. E argumenta: programadores e criadores “têm”, tipicamente, “mais contactos e mais conhecimento”.

Certo, para já, é que no próximo ano uma nova empresa municipal vai estar a funcionar na área da cultura em Leiria. E, segundo Anabela Graça, com vantagens para os munícipes. “O público é o maior activo do Teatro e foi a pensar nas pessoas que se optou por uma empresarialização”.

Teatro José Lúcio da Silva: rendimentos e assistência a crescer

O exercício de 2023 no Teatro José Lúcio da Silva produziu um resultado líquido positivo de 5.168,04 euros (inferior a 2022) que reflecte um aumento dos rendimentos, mas, também, dos gastos.

A actividade das três salas de espectáculos (Teatro José Lúcio da Silva, Teatro Miguel Franco e, muito raramente, Cineteatro de Monte Real) e dos eventos fora de portas gerou 2.188.572,56 euros, em que a principal fatia (55,81%) são vendas e prestação de serviços, o que abrange a bilheteira (582.886,43 euros no Teatro José Lúcio da Silva e 57.336 euros no Teatro Miguel Franco).

O equilíbrio das contas depende, por outro lado, dos subsídios para cobertura do défice de exploração provenientes do Município de Leiria e dos apoios da Direcção-Geral das Artes através da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, que, em conjunto, totalizaram 940.950 euros, ou seja 42,99% do total de rendimentos em 2023. Outras receitas do Teatro José Lúcio da Silva incluem mecenato, publicidade, cedência da sala e cedência de pessoal para actividades municipais em diferentes espaços do concelho.

Os gastos em 2023 ascenderam a 2.183.404,52 euros e dizem respeito, sobretudo, a fornecimentos e serviços externos (75,47%) e gastos com pessoal (21,63%).

O número de espectadores do Teatro José Lúcio da Silva aumentou em 2023 (mais 14.783 para 78.954, um acréscimo equivalente a 18,72%) mas apesar da recuperação ficou aquém dos últimos dois anos antes da pandemia (83.772 em 2018 e 83.729 em 2019). Há ainda a considerar 29.726 espectadores no Teatro Miguel Franco (mais 5.144 do que em 2022) e 661 espectadores no Cineteatro de Monte Real.

Os espectadores fora de portas são já 130.786 numa lista de eventos que abrange, por exemplo, os festivais A Porta e Criajazz, cinema ao ar livre, mas, também, o Leiria Natal, o Leiria Run e o Leiria Sobre Rodas.

No Teatro José Lúcio da Silva realizaram-se 208 sessões em 2023, maioritariamente música, teatro, dança, congressos e conferências, enquanto o Teatro Miguel Franco acolheu 359 sessões, com predomínio do cinema, da música e do teatro.

Ópera e dança: Leiria precisa de um centro cultural?
 
São conhecidas as insuficiências da acústica nos concertos sem amplificação. Mas há outras carências no Teatro José Lúcio da Silva. Impedem, sobretudo, grandes produções com acompanhamento musical ao vivo. “Leiria precisa de um centro cultural”, conclui Paulo Clemente, presidente da União das Freguesias de Marrazes e Barosa e maestro da Filarmónica de São Tiago de Marrazes. Um edifício “construído do artista para o público”, capaz de atrair “know how” e “grandes espectáculos” e com uma arquitectura para trazer “pessoas à cidade”.
 
Paulo Clemente diz que o palco do Teatro José Lúcio da Silva “não tem dimensão” para “um bailado” ou “uma ópera” e aponta o tamanho “reduzido” do fosso, onde só cabem “meia dúzia de músicos”.
 
Opinião semelhante tem Annarella Sanchez, fundadora da academia e conservatório de ballet e dança com o mesmo nome, em Leiria. “O Teatro José Lúcio da Silva é um bom teatro”, aponta, mas “a cidade cresceu e a cidade merece”. Para trazer companhias, galas e estrelas internacionais, “precisamos de um teatro” novo, realça.
 
Os camarins actuais, segundo Annarella Sanchez, ficam aquém daquilo a que as figuras dos principais elencos estão habituadas. As companhias que se apresentam em Leiria com clássicos da dança “trazem música gravada”, salienta.
 
O Município de Leiria nota que o Teatro José Lúcio da Silva foi desde a fundação alvo de acentuadas melhorias. Este ano, foram investidos 170 mil euros em equipamento de cinema digital e num novo sistema de som. Em 2025, prevê-se um investimento em iluminação cénica entre os 25 e os 30 mil euros.
Etiquetas: culturaEmpresa MunicipalLeiriaTeatro José Lúcio da Silva
Previous Post

O futuro mora ao lado

Próxima publicação

André Barros. Novo álbum para editora de Barcelona e um violino com 400 anos

Próxima publicação
André Barros. Novo álbum para editora de Barcelona e um violino com 400 anos

André Barros. Novo álbum para editora de Barcelona e um violino com 400 anos

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.