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Os investimentos estão feitos, os projectos encerrados, mas os incentivos tardam a chegar. Muitas empresas que viram aprovados projectos no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) continuam à espera da verba atribuída.
A Manulena, fabricante de velas de Mira de Aire, é uma delas. Pedro Custódio conta que o projecto foi encerrado há mais de um ano, mas falta receber a última tranche do incentivo aprovado, na ordem dos 35 mil euros.
“Foi-nos enviada há pouco tempo uma notificação a dizer que iríamos receber o dinheiro, mas ainda não chegou à conta da empresa”. O empresário diz que os constrangimentos não são muito grandes por se tratar de uma quantia relativamente pequena, mas alerta para os impactos quando os investimentos são de milhões de euros.
Pior do que o atraso, considera, é a perda de confiança nos sistemas de incentivos por parte dos empresários. “Essa é que é a questão de fundo”, refere, juntando-lhe a “desconfiança face à política em geral”.
“Temos conhecimento de empresas, de moldes e não só, que ainda não receberam parte do dinheiro do QREN”, diz João Faustino. O presidente da Cefamol diz que há empresas que já encerraram os projectos estão feitas as necessárias auditorias, mas a verba não aparece.
“As empresas investiram, estão à espera do dinheiro para fazer face às despesas”. O Centimfe sentiu “atrasos relativamente grandes” no recebimento de incentivos do QREN, o que criou problemas, admite Rui Tocha. O directorgeral diz que em todos os finais de quadros comunitários tem havido atrasos e atribui a situação à “falta de recursos humanos” nos organismos gestores.
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