Os ensaios clínicos no Centro de Investigação (CI) do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) cresceram 400%, entre 2014 e 2017, e aumentou a sua actividade em cerca de 80%, um valor “muito positivo e revelador da dinâmica e da referência que este centro hospitalar quer ser nesta área”, afirma João Morais, coordenador do CI.
Segundo informação enviada, este centro terminou 2017 com 44 projectos de investigação em desenvolvimento, envolvendo 150 investigadores. No total, em quatro anos, o CI desenvolveu 75 projectos de investigação em saúde.
Além disso, o CHL entrou ainda no circuito dos chamados projectos financiados no âmbito do programa Portugal 2020, participando em consórcios de investigação com instituições académicas.
Dos seis projectos de investigação candidatos a financiamento, dois já foram aprovados em 2018. Dos ensaios clínicos e dos estudos observacionais com medicamentos desenvolvidos em 2017, a maioria decorre no âmbito dos serviços de Oftalmologia, Cardiologia e Dermatologia.
João Morais destaca o “assinalável trabalho” que tem sido desenvolvido em estreita parceria com “entidades de prestígio como o Politécnico de Leiria, Universidade de Coimbra, Universidade da Beira Interior, empresas locais, e indústria farmacêutica e de dispositivos, que escolhem o CHL para projectos [LER_MAIS] de investigação”.
“Termos, ao fim de quatro anos com o Centro de Investigação formalizado e a funcionar em pleno, 75 projectos já concluídos ou em desenvolvimento é para nós uma vitória, e demonstrador da capacidade que temos para ser um polo de investigação em saúde, que aponta caminhos, beneficia os nossos profissionais e os nossos utentes”, frisa João Morais.
Este especialista revela que estão a ser desenvolvidos projectos que visam aumentar o conhecimento, mas acima de tudo melhorar a vida dos doentes e exemplifica: impressão 3D aplicada à produção de tecidos, aplicações informáticas para acompanhar a actividade física de doentes após enfarte do miocárdio, avaliação de técnicas cirúrgicas para doentes com cancro colo-rectal ou utilização da musicoterapia para alívio da dor.
“Apostámos ainda mais na investigação, acreditando que um hospital que investiga é um hospital melhor.” O coordenador do CI acrescenta que o crescimento de projectos de investigação e de inovação vai melhorar os cuidados prestados e promover o fomento do conhecimento científico e tecnológico no CHL.
De momento são 32 os estudos a ser desenvolvidos por iniciativa do investigador, sejam profissionais do CHL (53% do total destes projectos, sendo que destes profissionais a maioria são enfermeiros e médicos internos em formação específica) ou com origem em promotores externos (47% do total, sendo a maioria docentes/investigadores, médicos, e médicos internos em formação específica).
Destes projectos 18 são estudos observacionais, sete são desenvolvidos no âmbito de projetos para obtenção de mestrado, três para obtenção de doutoramento e três são estudos intervencionais.
Alexandra Borges, vogal do Conselho de Administração do CHL, destaca a “enorme dinâmica dos profissionais, patente no elevado número de projectos desenvolvidos por iniciativa do investigador, e também as várias parcerias com entidades externas, e das dezenas de investigadores externos que procuram o CHL para desenvolver projetos de investigação e inovação”.