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Entrevista | Celeste Afonso: “Em Leiria, é se calhar o aspecto diferenciador: ousam experimentar coisas novas”

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Dezembro 13, 2018
em Entrevista
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Entrevista | Celeste Afonso: “Em Leiria, é se calhar o aspecto diferenciador: ousam experimentar coisas novas”
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Vem de Óbidos para liderar a candidatura de Leiria a cidade criativa da Unesco, na área da música. Com que argumentos?
Leiria tem vários argumentos. Quem passa mais do que um fim-de- -semana na cidade, imediatamente se confronta com uma realidade que é de todo desconhecida, que é a vida que a cidade tem, que é uma vida incrível, intensa, vibrante. Imensos jovens, que vivem efectivamente a cidade, mas, também, toda uma comunidade que vive a rua e que vive culturalmente a cidade. A agenda cultural é muito rica, é muito forte, os espaços não estão sempre cheios, mas há um conjunto de pessoas que regularmente vai. E nós olhamos para Leiria e tem actividades todos os dias da semana. 

Traz a experiência do Folio e do projecto Óbidos Vila Literária. Leiria surpreendeu-a?Completamente. Óbidos tinha uma estrutura e uma estratégia já definida para a regeneração urbana com base na literatura, nas livrarias. E a partir daí percebeu-se que não bastava ter espaços interessantes para criar dinâmicas na vila, era necessária uma outra argumentação. Foi aí que pensámos criar um grande festival, mas, a par disso, tentar entrar numa rede. 

Como é que o cenário que está a descrever se relaciona com o que encontrou em Leiria? Quando comecei a olhar para a documentação de Leiria, percebi que havia muita coisa a acontecer, mas havia dispersão. Não havia uma narrativa, não havia coesão. No entanto, apesar daquilo que parecia caótico em termos de programação, portanto, é apenas um caos aparente, havia um denominador comum, havia algo que estava quase sempre presente, e esse algo era a música. Desde as bandas filarmónicas centenárias, os coros, a formação… em todo o concelho encontramos escolas, encontramos jovens que estão em contacto com a música desde muito pequenos, e isso depois acaba por se repercutir, quer mais tarde na criação de bandas, na experimentação de novas coisas, quer na sensibilidade para a música, que Leiria tem. 

Que impacto é que esta candidatura pode ter na candidatura de Leiria a capital europeia da cultura em 2027? 
Vai ser importante porque esta candidatura obriga-nos à definição de uma estratégia já e obriga-nos a trabalhar em conjunto programas já, portanto, ela vai ter influência na [candidatura a] capital europeia da cultura, vai enriquecer a vida da própria cidade. A dinâmica, a energia que a cidade viver, acabará por ser importante, e acredito que nesse sentido esta candidatura é positiva. 

Amarante e Idanha-a-Nova são, em Portugal, as únicas cidades criativas da Unesco na área da música. O que significa este estatuto? 
Ser cidade criativa da Unesco é muito importante. É um selo que afirma que há uma cidade que projecta as suas políticas em função da criatividade. E nesse sentido há toda uma transformação que vem ao encontro daquilo que é a contemporaneidade, daquilo que é exigível às cidades nos dias de hoje: pensar não apenas em sustentabilidade, mas em sustentabilidade com base na cultura. Por outro lado, os problemas que nós sentimos em Leiria não são apenas de Leiria, são problemas que qualquer cidade em Portugal tem, mas também em Espanha, mas também na América. A questão dos públicos, a questão dos financiamentos, a questão da profissionalização, no caso da música. Quando estes problemas são reflectidos por uma rede, pensados a um nível global, encontramos soluções completamente diferentes. 

A ideia é formalizar a candidatura até Maio do ano que vem? 
Estamos a trabalhar com esses timings. 

Mas antes querem reunir em Leiria com representantes de algumas cidades que já pertencem à rede da Unesco. 
Estou em contacto quer com Idanha quer com Amarante, para virem a Leiria, para falarem da sua experiência. Cada área da Unesco, das cidades criativas, tem sempre cidades coordenadoras, que são eleitas pelos pares. No caso da música, Katowice na Polónia e Mannheim na Alemanha, são as duas cidades coordenadoras. Já estou em contacto com elas para que possam vir a Leiria falar da sua experiência, mas também para conhecerem a nossa realidade. Por outro lado, se as cidades criativas que neste momento já fazem parte da rede conseguirem ter voz activa na selecção das novas cidades, é importante que as cidades coordenadoras venham ao terreno. 

Na apresentação da candidatura, passou a ideia de que a rede das cidades criativas da Unesco é hoje um clube mais restrito. 
É hoje um clube maior, tem muito mais cidades do que tinha no início, mas, pelo facto de, em 2014, ter havido uma abertura muito maior, as cidades que já fazem parte da rede – algumas, não quer dizer que sejam todas – não vêem com bons olhos esta abertura massiva. Nesse sentido, pode dizer-se que é um clube mais restrito. Portanto, este trabalho, quer com Idanha quer com Amarante, é fundamental, e com as cidades coordenadoras também. 

O défice de profissionalização é o principal handicap de Leiria? 
Não me parece. Até porque, o que sinto, com todos aqueles com quem tenho estado, é que, não havendo esse profissionalismo, há uma outra coisa, que é uma vontade, uma entrega total, que tem apenas como objectivo melhorar o lugar, melhorar a cidade, melhorar as gentes. Aliás, o facto de tudo isto acontecer desta forma é que dá a Leiria esta vida que ela tem. Agora, se me pergunta, mas faz falta uma programação profissional? Faz falta um gabinete, um espaço que coordene? Isso sim, parece-me que sim, que faz falta. Um espaço onde haja um olhar profissional para isto que está a acontecer. 

 [LER_MAIS] 

Os palcos são suficientes para expressar o estatuto de cidade criativa da Unesco? 
Enquanto exigência da candidatura, sim. Temos o suficiente. O que tenho ouvido por parte de alguns agentes é a necessidade de um espaço maior com outras condições acústicas. 

Era importante levar mais energia a espaços que já existem? 
Sinto um pouco isso. Ando muito pela cidade e há espaços incríveis, todos eles com um potencial extraordinário para o que quisermos. Portanto, acho que é preciso reinventar os espaços da cidade. Por outro lado, não podemos pensar apenas a cidade, temos de pensar a cidade e todo o concelho. 

Como pensa harmonizar a tradição das filarmónicas e o historial da SAMP e do Orfeão de Leiria com projectos mais recentes marcados pelo rock e pela electrónica? 
Tem sido um processo muito interessante. Toda a tradição das filarmónicas, que tem levado a música a todos, desde os mais pequenos aos mais velhos, tenho estado com algumas e o que tenho percebido é que há uma vontade de fazer coisas diferentes. Com isto não quero dizer que para a candidatura seja importante que as filarmónicas inovem. Não é isso. A tradição convive com a modernidade, com a contemporaneidade. Não vamos desvirtuar a sua identidade. Mas o que tenho sentido é esta vontade de ousar fazer coisas novas. Em Leiria, julgo que este é se calhar o aspecto diferenciador: é que os vários projectos ousam experimentar coisas novas. 

E que papel quer neste processo para as associações, músicos e agentes culturais? 
Estou numa fase de os ouvir todos. Estar com as pessoas, sentir a energia de cada projecto. Em Abril, no máximo, com aquelas que foram as sensibilidades que recolhi, vou apresentar a toda esta comunidade um draft da candidatura. E o mais importante será a estratégia que vamos apresentar para quatro anos. 

Essa estratégia vai necessariamente comprometer a decisão política? 
Vai. Aliás, esta candidatura da cidade criativa é uma candidatura que é apresentada pela Câmara Municipal de Leiria. Por outro lado, a intenção de candidatura foi levada a sessão de Câmara e aprovada por unanimidade. Isso é extremamente importante. 

Na música, que projectos afirmam verdadeiramente Leiria no plano nacional ou internacional? 
Não vou falar dos projectos do presente, por uma razão: conheço alguns, ainda não os conheço todos, e não quero ser injusta. No entanto, quando olhamos para Leiria e pensamos em termos de passado, e não quero dizer que a candidatura vá assentar nisso, há nitidamente uma relação entre a palavra e a música. Basta pensar em D. Dinis e poeta trovador, isso parece óbvio. Por outro lado, ao nível de escritores em Leiria, ao nível de músicos em Leiria, ao nível de grandes nomes que saíram de Leiria, isso faz de Leiria uma cidade em que a música, de alguma forma, fez com que jovens, quer nos tempos mais recentes quer recuando no passado, se tivessem distinguido pela palavra e pela música. 

Atrair turistas e até novos habitantes. É isto que o projecto pode trazer a Leiria? 
O que a cidade criativa da literatura trouxe a Óbidos foi outro público, que até aí não tinha. Mas há nitidamente em todas estas cidades uma maior visibilidade. E se havia da parte da Câmara Municipal [de Leiria] uma intenção de internacionalização, não tenho dúvidas que esta candidatura vem ao encontro dessa estratégia e vai reforçá-la. 

Já falou com o Ministério da Cultura? 
Falei com o anterior ministro da Cultura. Entretanto, com a nova ministra da Cultura ainda não falei. O feedback foi muito positivo, de total abertura para contarmos com eles. Estas candidaturas necessitam de três cartas de apoio: Ministério da Cultura, Comissão Nacional da Unesco e Município. Quer o Ministério quer a Secretaria de Estado ficaram muito entusiasmados com a candidatura de Leiria. No caso da Comissão Nacional da Unesco, acontece que cada país só poderá apresentar três candidaturas a cada call. Quando fomos à Comissão Nacional da Unesco, também ficaram muito satisfeitos com a intenção de Leiria. Sei que Caldas da Rainha já há muito tempo que está a preparar uma candidatura, o que é óptimo. E depois há alguns anos que se fala de um conjunto de outras cidades. E essa é uma novidade. Não havia limite por país e agora há.

Percurso: um pé na educação e outro na cultura
Considera-se “uma oleira de sonhos” e vive segundo a máxima “O que faz os lugares são as pessoas”. Celeste Afonso, 52 anos, natural de Viseu, está em Leiria a coordenar a candidatura à Rede das Cidades Criativas da Unesco, na área da Música. No passado, liderou um projecto semelhante, que culminou em Dezembro de 2015 com a designação de Óbidos como cidade criativa da Unesco, na área da literatura. No mesmo contexto, coordenou a implementação do conceito Óbidos Vila Literária e dirigiu a equipa que concebeu o Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos. Em Óbidos, foi também vereadora da Cultura, Desenvolvimento Comunitário, Turismo e Educação, no anterior mandato, e directora executiva da Associação de Turismo de Óbidos. Celeste Afonso faz parte dos quadros do Ministério da Educação – está requisitada ao Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos, onde deu aulas até 2013 – e é licenciada em Humanidades, com pós-graduação em Artes, Museus e Património. Diz que frequentou o 1.º ano do Mestrado em Gestão Cultural, na ESAD – IPL, e, depois, a pós- -graduação em Património Material e Imaterial, por “necessidade de compreender o mundo, em geral, e o da cultura, em particular”.
Etiquetas: celeste afonsocidades criativasunesco
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