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Home Sociedade

Entrou numa prisão aos 13 anos. Trinta anos depois continua a visitar reclusos

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Março 3, 2025
em Sociedade
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Entrou numa prisão aos 13 anos. Trinta  anos depois continua a visitar reclusos
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Já passaram 30 anos, mas Rute Santos tem ainda muito presente aquele dia 8 de Março, quando entrou, pela primeira vez, na cadeia regional de Leiria. Aconteceu no dia em que completou 13 anos. Três décadas depois, continua a visitar jovens reclusos que precisam de ser escutados “sem recriminação” e de serem “chamados pelo nome” e não pelo número da cela.

“A primeira visita foi um misto de medo, pelo desconhecido, e de curiosidade. Mas fi-lo com muita confiança, transmitida pelo padre Albino [Carreira], que era o capelão da prisão. O impacto inicial, do abrir de portas, o som das chaves a bater nas grades, tal como nos filmes, impressionou”, recorda Rute Santos, que à sua espera tinha uma surpresa preparada pelas reclusas, que estavam na ala feminina – entretanto desactivada -, para assinalar o seu aniversário. “De repente, senti-me num espaço familiar e muito bem acolhida”.

Desde esse dia, nunca mais deixou de ir à prisão, quer à cadeia regional quer ao Estabelecimento Prisional Leiria Jovens (antiga prisão-escola), integrada no grupo de visitadores Os Samaritanos. É, sobretudo, um “trabalho de escuta sem moralidades” e de “reconstrução da pessoa”, tentando também a aproximação à família, quando há esse interesse e vontade dos reclusos, explica Rute Santos, formada em ensino básico e com mestrado em ciências religiosas, que trabalha actualmente no Departamento de Acolhimento e Pastoral do Santuário de Fátima.

“Aprendi a não julgar”

Além das visitas, Os Samaritanos desenvolvem actividades com os reclusos, nomeadamente em épocas festivas como o Natal ou a Páscoa, e preparam, aqueles que o desejam, para o baptismo ou crisma. “Procuramos fazer um trabalho com eles, sobretudo, como pessoas, porque eles entram ali e passam a ser um número. Uma coisa é o crime que eles cometeram. Outra coisa é o que eles são como pessoas. É isso que nos interessa”, aponta Rute Santos, para quem esta experiência tem sido também uma aprendizagem.

“Aprendi a não julgar. A perceber que não sou melhor do que ninguém. Quase todos, diria que 99%, tiveram histórias de vida difíceis. Tão complicadas que não acabar na prisão seria quase um milagre. Para alguns, a prisão foi uma salvação”, afirma, lamentando que a reinserção “ainda seja uma utopia”.

“A prisão devia ser um espaço que os ajudasse a encontrar uma estrutura que não tiveram antes. Mas muitos acabam por sair tal como entraram ou até pior”, constata a visitadora, que no seu trabalho de voluntariado procura mostrar que “todos merecem outras oportunidades, sejam elas segunda, terceira ou quarta”.

E, frisa, há quem as tenha e as aproveite. “Temos assistido a algumas mudanças incríveis. É muito bom quando, passado algum tempo, às vezes anos, nos ligam e contam que refizeram a sua vida, que casaram e que já são pais”.

Mas o contrário também acontece. “Um rapaz esteve preso seis anos. Quando saiu, disse que ia para o estrangeiro ter com um primo e refazer a vida. Mas saiu com uma mão à frente e a outra atrás e voltou a roubar. Passadas três semanas foi preso outra vez”, conta.

“Procuramos lançar a semente e fazer com que eles aproveitem o tempo que estão em reclusão para tentarem dar algum sentido à pena. Pode ser só organizar os pensamentos, perceber o que gostavam de fazer, que sonhos têm. Às vezes resulta, outras não.”

Etiquetas: LeiriaprisõesRute SantosVisitadoravoluntariado
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