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Home Opinião

Escrever direito por linhas tortas

Paulo José Costa, psicólogo clínico por Paulo José Costa, psicólogo clínico
Maio 8, 2021
em Opinião
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É consensual que a caligrafia manuscrita confere inúmeras vantagens, face à escrita num qualquer outro dispositivo.

Os movimentos sequenciais da mão que empregamos na letra redigida activam áreas no cérebro associadas à motricidade, à linguagem, ao pensamento, à criatividade e imaginação, à memória e atenção.

Escrever à mão revela-se fundamental para potenciar o desenvolvimento cognitivo de um cérebro em maturação – como o das crianças -, mas também para manter activado o dos adultos.

Desenhar letras usando as habilidades motoras, associando-lhe a consciência dos sons a que lhes correspondem, potencia as redes neuronais da leitura, incrementando a alfabetização e a estimulação cognitiva.

Na infância, a percepção visual das letras vai emergindo progressivamente, possibilitando a aquisição da leitura com fluidez e a subsequente promoção da capacidade compreensiva.

Os movimentos específicos no delineamento de cada palavra são memorizados no processo de aprendizagem da escrita, potenciando representações ortográficas na memória, relevando a eficiência da aprendizagem mediada pela escrita à mão, mais do que por outras práticas.

E a fluência ortográfica parece estar fortemente correlacionada com a qualidade dos textos que são usados como instrumento de aprendizagem.

Noutras fases do desenvolvimento, a escrita cursiva pode assumir um carácter terapêutico, podendo mesmo dizer-se que há uma dimensão psicológica nas palavras e no conteúdo redigido.

A forma como se utilizam as palavras fornece uma grande quantidade de informação acerca do indivíduo, e das situações que vive ou vivenciou.

As palavras utilizadas contribuem para fazer uma dedução do estado psicológico, social, ou físico, podendo ser suscitada a escrita como forma de expressão emocional, relacionada com experiências marcantes.

Perante eventos adversos, sentimos a necessidade de expressar pensamentos ou sentimentos. Esta necessidade pode ser motivada pelo conforto associado à revelação emotiva, ou pode reflectir a tentativa de dar sentido ao evento, através da objectivação.

Qualquer que seja o motivo, parece consensual que partilhar emoções sobre eventos com impacto afectivo se associa a melhorias significativas no bem-estar físico e psicológico, relevando o pressuposto de que nem toda a expressão emocional se faz por via oral.

A partilha social das emoções pela escrita contribui para a construção de uma memória sobre a experiência, configurando um significado adaptativo, tendo o poder de renovar a consciência e a auto-realização.

Este universo tem uma arquitectura própria que transmite a sensação de ordem, segurança e significação para a vivência das contrariedades.

As palavras podem revelar o indizível. Mas acarretam um complexo mundo de significados, podendo ser o reflexo dos processos psicológicos mais profundos.

Por isso são tão justas as palavras de Vergílio Ferreira: “Escrever é ter a companhia do outro de nós que escreve”..

Etiquetas: opiniãoPaulo José Costa
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