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O próximo Encontro de Teatro organizado pelo Teatro Amador de Pombal (TAP) – neste fim-de-semana, 13, 14 e 15 de Janeiro – significa que a iniciativa cumpre 10 edições. E não se alcançam 10 edições sem resiliência, assinala o director do TAP. “É o nosso ponto mais forte”. O balanço – “positivo”, considera Humberto Pinto – contempla duas edições realizadas em pandemia, com regras de excepção que obrigaram a alterar os horários das sessões para o período da manhã e a substituir grupos à última hora. “Decisões difíceis”, mas necessárias, para que a companhia possa comemorar em 2023 o décimo aniversário do Encontro de Teatro de Pombal.
A abertura acontece hoje, 13 de Janeiro, pelas 21:30 horas, com a peça quem mora n’A MINHA CABEÇA, pelo TAP, que conta com os actores Catarina Ribeiro, Kari Guergous e Pedro Almeida – “se acham que a vossa cabeça dá um filme, a cabeça deles dá (deu) um espectáculo de teatro”, refere a nota de divulgação.
Sábado, 14 de Janeiro, também com início às 21:30 horas, o Teatro Ajidanha leva a palco A Minha Família, a partir do texto do escritor uruguaio Carlos Liscano e com encenação de Rui M. Silva. “As personagens vivem numa precariedade ridícula, numa sociedade que impõe a ideia de que tudo é negociável, que somos mercadoria num negócio onde outros lucram. A pergunta que permanece é: quanto vale a nossa existência?”
Domingo, 15 de Janeiro, depois das 16 horas, o TAP apresenta Farsa do Juiz da Beira, com encenação de Miguel Sopas. “A esperteza rústica deste juiz e o seu entendimento muito pessoal do mundo e da Justiça desiludiriam, talvez, os burocratas da Justiça que o queriam pôr à prova – mas não certamente os espectadores, que assistem, nestas audiências de farsa, a uma divertida demonstração do “mundo às avessas” característico das obras mais cómicas de Gil Vicente”, lê-se no comunicado de imprensa.
Todos os espectáculos acontecem no Teatro-Cine de Pombal e os bilhetes por sessão custam dois euros.
Com sede em Idanha-a-Nova, a Ajidanha é, além do TAP, a companhia que mais vezes participou no Encontro de Teatro de Pombal. “É família”, comenta Humberto Pinto. “Começámos com a partilha de encenadores profissionais e o intercâmbio de espectáculos, crescendo para co-produções como no caso do espetáculo KM 0, encenado por Rui M. Silva, e para realizações de curtas metragens”. Em 2023, há a ambição de realizar uma nova curta. Anteriormente, Os Cães da Barragem ganhou o 48H Film Festival (Castelo Branco) e viajou até Seattle, onde foi apresentada e representada pelas duas companhias de teatro no Festival Filmapalooza.
O Encontro de Teatro de Pombal é uma organização do TAP com o apoio do Município de Pombal e da Junta de Freguesia de Pombal.
“Desde a primeira edição, continuamos e queremos continuar com os mesmos objectivos: começar cada novo ano a fazer teatro, procurando dar a conhecer o trabalho artístico desenvolvido por grupos teatrais com quem temos parcerias culturais. O Encontro de Teatro caracteriza- se, também, pela oferta diversificada de linguagens teatrais que procuram alcançar várias faixas etárias, proporcionando uma alargada experiência cultural”, conclui Humberto Pinto.
