A Escola Superior de Saúde de Leiria distingue-se de muitas outras pelo contexto prático que incute nos seus cursos. Além das aulas teóricas, logo no 1.º ano os alunos têm a possibilidade de trabalhar na realidade do contexto, “uns com estágio de observação, outros com estágios mais práticos”, explica Clarisse Louro.
A directora da ESSLei informa que os alunos têm um acompanhamento a tempo inteiro in loco de um professor ou de alguém contratado para o efeito. “É neste contexto que os alunos, sobretudo do curso de enfermagem, se destacam e faz com que sejam preferidos por todos.”
A responsável sublinha que é “diferente o estudante ser acompanhado durante oito horas no local de trabalho, do que estar apenas o profissional de saúde, que tem de trabalhar ao mesmo tempo, logo terá menos disponibilidade”.
É, por isso, que no último ano do curso, a maioria dos estudantes garante emprego no local onde foi estagiar, porque as entidades constatam que estão “muito bem preparados, quer na parte teórica, quer na prática”.
Olhando para o futuro, Clarisse Louro revela que gostaria de aumentar a internacionalização da ESSLei. “Num mundo em mudança, [LER_MAIS] a multiculturalidade e as experiências diferentes são importantes para os alunos. Não cuidamos só de portugueses, mas de uma diversidade de pessoas. Ao cuidar dessa diversidade também temos de perceber e conhecer cada vez mais os seus gostos, a sua cultura, a sua maneira de estar, o modo de como encaram a vida, a saúde e a doença.”
A ESSLei tem já alguns projectos no estrangeiro. Por exemplo, em Cabo Verde está a dar apoio ao curso de enfermagem, ao mestrado em saúde materna e a dar formação no âmbito do trauma e da emergência.
Clarisse Louro reconhece que nem sempre é fácil atrair jovens de outros países, tendo em conta a particularidade dos cursos de saúde. “Quando vão para o ensino clínico, a maioria dos utentes não sabe falar em inglês e se esta é a língua dos estudantes, acabam por não ser aceites nos estágios. A nossa escola tem limitações que os outros cursos e escolas não têm.”
Ter a possibilidade de dar um doutoramento é um dos projectos de Clarisse Louro, que considera ser fundamental para “desenvolver o pensamento, a escola e dar-lhe uma visão diferente”.
3.000
ao longo de 45 anos, a ESSLeiria já formou mais de 3000 alunos, a sua maioria em enfermagem, uma vez que as outras licenciaturas são mais recentes
40
docentes, todos com o grau doutor ou com o título de especialista de reconhecido mérito, têm dedicação exclusiva à ESSLei
90%
é a taxa de empregabilidade dos cursos da ESSLei, nomeadamente na Enfermagem. A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior reconhece a qualidade dos cursos e acreditou todas as licenciaturas por seis anos, o tempo máximo permitido