PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Viver

Estátua de D. Sebastião destruída no Rossio renasce em Leiria

admin por admin
Julho 19, 2021
em Viver
0
Estátua de D. Sebastião destruída no Rossio renasce em Leiria
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

A golpes da maceta no cinzel, Pedro Lino, fundador da Pigmento Efémero – Artes e Restauro está, há cinco meses, a burilar uma peça de arte que vai embelezar um dos pontos de Lisboa mais fotografados por turistas de todo o mundo.

A Infraestruturas de Portugal (IP) adjudicou-lhe a missão de criar uma réplica da estátua do rei D. Sebastião, que ocupava um local de destaque na fachada da estação do Rossio.

A representação em calcário do jovem rei, da autoria do escultor francês Gabriel Farail (1838-1892), foi destruída, em 2016, por um turista que subiu para um nicho da fachada com o intuito de tirar uma selfie.

A manobra não correu pelo melhor e a peça caiu e ficou partida em 90 fragmentos, embora tenha sido restaurada, num trabalho concluído em Agosto de 2020, “numa tarefa morosa e complexa”, como explica fonte da Infraestruturas de Portugal, pela conservadora Bruna Pereira de Oliveira.

Mesmo assim, receando a fragilidade da peça, a empresa que gere a estação do Rossio irá colocá-la no átrio inferior do espaço, em local visível, mas protegida por uma redoma de vidro.

O exterior neogótico do edifício projectado por José Luís Monteiro e inaugurado em 1890, receberá, no dia 21 de Julho, a réplica que Pedro Lino está a terminar, numa tarefa onde tem tido o auxílio do escultor Mário Lopes, também de Leiria.

Aliás, é no atelier deste último que encontramos Pedro Lino a aprimorar os detalhes da escultura.

No final do trabalho, Pedro Lino entregará uma estátua à Infraestruturas de Portugal que não será igual ao modelo original, em gesso, mas que será milimetricamente semelhante à que adornava a fachada da estação de comboios no Rossio

Embora a peça original tenha mais de 200 anos, o artista plástico e conservacionista sublinha que teve sorte, pois conseguiu acesso ao modelo original em gesso, criado por Farail, pois a peça está em exposição no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, em Lisboa.

Médico intensivista
O escultor de Leiria é como um médico intensivista de património a precisar de cuidados, com muita experiência no uso de técnicas ancestrais para desbastar e rendilhar rochedos em bruto em finas e graciosas filigranas de delicada pedra branca.

“Os detalhes são reproduzidos ao milímetro ou à espessura de um cabelo”, explica, enquanto, com o cinzel, vai desbastando camadas da espessura de uma casca de maçã.

Tudo é feito com a ajuda do pantógrafo, instrumento criado pelos antigos mestres de cantaria em tempos imemoriais, e que serve para transformar o escultor e o seu cinzel numa espécie de máquina de fotocópias humana.

O artista tira medidas, a partir de três pontos fixos na peça original, e após esta operação, aplica-as na nova peça. No final do trabalho, entregará uma estátua que não será igual ao modelo em gesso, mas que será milimetricamente semelhante à que adornava a fachada da estação de comboios do Rossio. Para isso, guia-se igualmente pelas fotografias feitas à estátua antes e depois de ter sido destruída e restaurada.

Especialista
Restauro de Património

Pedro Lino é natural da freguesia das Cortes (Leiria). Estudou Cantaria Ornamental na extinta Escola de Artes e Ofícios da Batalha, fez uma especialização em Conservação e Restauro, em Lisboa, e, após vários anos de trabalho no sector do restauro e conservação de património nacional criou a empresa Pigmento Efémero – Arte e Restauro de Património Histórico e Cultural.

Colabora com a DGPC, com empresas e museus e com os Parques de Sintra, entre outras entidades, além de se dedicar à escultura da sua própria criação. Trabalhou no restauro dos vitrais da fachada principal do Mosteiro de Alcobaça e fez o restauro da obra A Caminho da Cidade, da autoria de Anjos Teixeira (filho), que está localizada no “parque do avião”, em Leiria.

Recriar a peça foi também redescobrir os passos que autor original deu. Após a conclusão da obra, alterou-a, usando escopos mais “rústicos” para dar mais volume ao panejamento.

“Houve a tentativa de tornar a face de D. Sebastião mais adulta e essas alterações têm de estar reproduzidas na minha peça”, sublinha. A matéria-prima da escultura original era “pedra de Ançã”, originária da zona de Cantanhede, mas a pedreira esgotou-se, pelo que o artista teve de procurar rocha que fosse o mais semelhante possível.

A escolha recaiu sobre o calcário “branco-mar” ou “moleanos relvinha”, proveniente das Serras de Aire e Candeeiros, mais concretamente do concelho de Porto de Mós. A nova peça será reforçada, com espigões metálicos que a fixarão ao seu nicho, de modo a que não volte a cair, mesmo se um turista se volte a empoleirar nela.

Recriar o pelourinho de Leiria? Quem sabe?
Pedro Lino é um mestre do restauro e, como tal, explica que gostaria de recriar peças de grande importância para a sua cidade. É o caso do pelourinho de Leiria, símbolo máximo da elevação a Município, que estava colocado na Praça Rodrigues Lobo e que foi destruído.

“Também gostava muito de poder criar uma peça de homenagem à água e ao Rio Lis, com uma escultura naturalista, para a minha terra-natal, as Cortes. Prometeram-me que, na nova rotunda, haveria essa possibilidade.”

Diz ainda que prefere trabalhar com materiais verdadeiramente nobres, que perduram no tempo e que podem ser apreciados pelas gerações futuras.

“Os materiais mais contemporâneos, como as resinas epoxy, fibra de vidro e ferro são perecíveis, não aguentam a passagem do tempo e precisam de muita manutenção, além de serem péssimos para o ambiente”, faz notar.

“Sinto que Leiria precisa de elevar a exigência colocada nas suas obras de arte pública.”

Pedro Lino, fotografado por Ricardo Graça

 

Etiquetas: atelierculturad. sebastiãodestruiçãoescultorEsculturaestação do rossioLeiriaMário Cruzpedro linopigmento efémeroportugalrecuperação restauroreireplicarossioselfieViver
Previous Post

Aprovada a instalação de mais 42 câmaras de videovigilância em Leiria

Próxima publicação

SIPO celebra bodas de prata com pianistas de renome e 12 pianos espalhados por Óbidos

Próxima publicação
SIPO celebra bodas de prata com pianistas de renome e 12 pianos espalhados por Óbidos

SIPO celebra bodas de prata com pianistas de renome e 12 pianos espalhados por Óbidos

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.