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O município de Pedrógão Grande viu aprovada uma candidatura à Rede de Apoio ao Empreendedorismo e Inovação INOV C 2020 para o desenvolvimento do sector das diversões. O objectivo é efectuar um estudo estratégico e um plano de acção para a promoção da inovação e do empreendedorismo no sector dos parques de diversões populares (carrosséis) em Pedrógão Grande.
Em nota à imprensa, a Câmara explica que esta é uma de nove candidaturas aprovadas pelo INOV C 2020, que financia 85% do orçamento global de 12.500 euros. “Sendo previsível que se inicie até ao final de 2017, este projecto de interesse estratégico para o concelho de Pedrógão Grande, e que está em perfeito alinhamento com a Estratégia 2020 deste município, tem o seu arranque ainda condicionado à aprovação de uma reprogramação financeira do INOV C 2020 pela entidade financiadora”, admite a autarquia. Só depois disso “será formalmente iniciado”.
A autarquia explica que o projecto Vila Divertida “é um esforço que une” a APED (associação sectorial), a Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI), a Câmara Municipal de Pedrógão Grande e o Instituto Pedro Nunes (Universidade de Coimbra).
O que se pretende é “realizar um estudo que permita identificar oportunidades de inovação neste sector tradicional mas muito importante na economia local, de forma a potenciar o desenvolvimento das empresas mais dinâmicas no sector e/ou promover o aparecimento de novos projectos empresariais, abrangendo áreas como optimização tecnológica dos equipamentos no sentido de promover poupanças de energia e maior segurança, criação de novas diversões baseadas em simulação e realidade virtual”, por exemplo.
[LER_MAIS] O sector, que segundo Helena Freitas, coordenadora da UMVI, factura na ordem dos seis milhões de euros por ano, “sofre de algum estigma relacionado com as condições de segurança em que operam algumas das empresas, falta de novidades/inovação nas diversões apresentadas em cada novo ano, problemas de rentabilidade relacionadas com a sazonalidade da actividade e grandes consumos energéticos dos equipamentos”, entre outros aspectos, aponta a Câmara naquela nota à imprensa. Luís Fernandes, presidente da APED, diz que o projecto não traz “nada de palpável” ao sector.
“Estou farto de promessas”, afirma ao JORNAL DE LEIRIA, lembrando que existe desde 2013 uma resolução “assinada por todos os partidos” com assento na Assembleia da República que visava voltar a equiparar o IVA das diversões ao da cultura, o que não aconteceu até hoje.
