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Eunice Neves, arquitecta paisagista, “Vivemos em afastamento da natureza, esquecemo-nos que somos parte da teia da vida”

admin por admin
Setembro 8, 2022
em Entrevista
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Eunice Neves, arquitecta paisagista, “Vivemos em afastamento da natureza, esquecemo-nos que somos parte da teia da vida”
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Em traços largos, o que é a permacultura?
É uma metodologia de design, que procura criar soluções…. Se, no design gráfico, as soluções são gráficas, na permacultura criam-se soluções de sustentabilidade de uma cultura. Procura-se criar comunidades humanas e ecossistemas humanos tão sustentáveis quanto os naturais. É uma metodologia, é um movimento internacional e é uma filosofia de vida, que assenta em princípios éticos. Quando percebemos os princípios de funcionamento dos sistemas naturais, conseguimos extrair guias e usar a nossa inteligência e criatividade para desenhar formas de vida sustentáveis e “culturas permanentes”. Este conceito refere-se à interacção saudável entre a comunidade e o seu território, aos modos de vida, hábitos, costumes e práticas conscientes, individuais e colectivas, que se manifestam em paisagens sustentáveis, que promovem a qualidade de vida dos cidadãos, a resiliência e a prosperidade de um território. Para isso, deve-se cuidar do planeta e das pessoas e partilhar os recursos de formas equitativa e justa. São estes três princípios éticos que estão na base de qualquer decisão de design. 

O ser humano já viveu dessa forma durante milhares de anos.
A permacultura é uma metodologia que integrou o conhecimento ancestral, com o conhecimento actual e científico. Antigamente, os aborígenes australianos viviam assim, sem uma metodologia intelectual para os guiar, pois estavam em contacto directo com o ecossistema. A permacultura surgiu como uma necessidade de recordar às pessoas a necessidade de viverem de forma sustentável nos ecossistemas dos quais fazem parte e dos quais dependem. O que a permacultura trouxe de novo foi a transformação numa metodologia. O ser humano estuda a ecologia e, de forma racional, transpõe esse conhecimento para o desenho dos seus sistemas. A ecologia deveria ser ensinada nas escolas desde o infantário, pois é a base do desenho de qualquer sistema, dos agrícolas aos económicos e sociais.

No dia-a-dia, porém, a ideia comum é que os humanos não fazem parte da natureza. Acreditamos estar acima dela e não a precisamos de respeitar. 
Vivemos em afastamento da natureza, esquecemo-nos que somos parte da teia da vida e que somos animais. Esquecemo-nos de que somos parte de um conjunto de organismos do planeta, dos fungos às plantas ou bactérias e que somos co-dependentes uns dos outros. Temos de voltar ao paradigma biocêntrico e perceber que somos apenas uma componente da vida. Somos uma espécie tão recente num planeta que tem vida há 3,5 mil milhões de anos e veja-se o impacto que já fizemos nos ecossistemas, na atmosfera. Estamos a mudar a hidroesfera e o ciclo da água e o impacto que temos no solo, que é o suporte da vida! Temos de perceber que podemos ter um papel benéfico na sustentabilidade, como têm todos os outros elementos do ecossistema. Já degenerámos tanto estes sistemas de suporte da vida, que temos de mudar o foco para a sua regeneração, para que eles nos sustentem. 

Refugiados afegãos em Mértola
Eunice Neves (centro) com Laura Marques (à direita) do Terra de Abrigo, com refugiados afegãos, que este projecto acolheu em Mértola (Foto: Pedro Nogueira)

Este ano, após os fogos, os especialistas reforçaram a ideia de ordenamento do território e compensação financeira dos proprietários de zonas autóctones que impedem a propagação do fogo e enriquecem a biodiversidade. Dentro de um ano, estaremos a falar do mesmo sem que nada tenha sido feito?
Necessitamos de uma mudança da forma de pensar. Se continuarmos a ter o crescimento económico como nosso principal objectivo, vamos continuar a plantar monoculturas de eucaliptos, pinheiros ou olival, cujo impacto é gigantesco na saúde dos ecossistemas. A monocultura de produção de papel tem um impacto gigantesco na vida das pessoas. O problema é que, em Portugal, não temos um ecossistema. Temos uma monocultura. Um ecossistema são vários elementos interligados: vegetais, fungos, animais. O que temos são sistemas de monocultura super pobres e inflamáveis. Ainda por cima, como não há ordenamento de território, estas espécies rodeiam as casas das pessoas, promove-se essa plantação, anuncia-se dinheiro a curto prazo e as pessoas plantam mais e em todos os terrenos que têm, sem controlo. Se tivéssemos espécies autóctones, como defendia Ribeiro Telles, em corredores ecológicos, paisagens com mosaicos de vegetação….. Com os eucaliptos passa-se anos a extrair aquela biomassa e empobrece-se cada vez mais o solo, que fica morto. Olhamos para o eucalipto como um problema, mas coitada da árvore, que é incrível. Apaixonei-me completamente por eles, quando vivi na Austrália. Há mais de 600 espécies diferentes naquele continente. Vivem em associações com outras plantas com uma biodiversidade muito interessante. Trouxemo-los para cá, apenas para a produção de papel, com todos os malefícios. O que estamos à espera? Isto vai ser cada vez pior, especialmente, com as alterações climáticas, com altas temperaturas, ventos fortes e baixa humidade. Os fogos são de dimensões cada vez maiores e são incontroláveis. 

Esses incêndios incontroláveis acontecem porque já não existe floresta autóctone em Portugal?
Há vários factores associados. A floresta autóctone desempenha um papel importante a vários níveis. Pode ser barreira contra o fogo, é importante para a biodiversidade, cria solo pela decomposição e microbiologia…. Quando o fogo atinge a zona de floresta autóctone, encontra um ecossistema menos inflamável e mais húmido. Claro que há mais factores importantes, como saber onde ter zonas de monocultura, porque não convém tê-las junto às casas. Como é que tendo uma plantação inflamável a rodear as casas, queremos que as pessoas estejam em segurança? Isto requer ordenamento e outras prioridades, que deveriam ser a qualidade de vida das populações. Diz-se que os fogos acontecem devido às alterações climáticas, mas as alterações acontecem porquê? Acontecem devido a tanta coisa na nossa forma de estar, à nossa cultura e comportamentos em sociedade. Temos de repensar todas estas coisas para conseguir encontrar soluções, como a promoção da biodiversidade, da vida no solo e da integridade das linhas de água. Ou a diversificação da floresta, usando espécies autóctones sempre que faça sentido e espécies exóticas sempre que as suas funções ecológicas possam acelerar a regeneração e promover a biodiversidade. É preciso que se pare de subsidiar as monoculturas degenerativas e insustentáveis, como as culturas super intensivas de oliveira e eucalipto. A promoção da agricultura diversificada, biológica e sazonal, que responda às necessidades locais, regionais e nacionais, de incentivos económicos para regenerar o solo e diversificar as plantações. Em Mértola, estamos a trabalhar com agroecologia e agricultura sintrópica, onde combinamos a plantação de árvores com hortícolas, de forma a produzir alimento e regenerar o ecossistema ao mesmo tempo. E, talvez o mais importante, é que as pessoas passem a fazer parte integrante dos ecossistemas florestais ou agro-florestais que as rodeiam. Isto é, que volte a haver uma interacção contínua entre o ser humano e a floresta. Pensemos no Pinhal de Leiria que, durante décadas ofereceu madeira, biomassa e alimento, como os cogumelos, a tantas pessoas. 

O actual modo de vida consumista e o modelo capitalista de economia, que pressupõe o crescimento ad infinitum, chocam contra isso?
Num planeta com recursos finitos, as economias têm de andar ao passo da regeneração natural dos recursos. Caso contrário, como temos ouvido, gastamos o equivalente a mais do que um planeta por ano. Em Portugal, poderemos pensar que não há impacto do nosso estilo de vida, mas isso é porque o impacto está a ser sentido noutro ponto do globo. Se queremos uma economia saudável, com pessoas e um planeta saudáveis, temos de pesar todas estas dimensões, com crescimento sistémico em vez de crescimento linear.

Como pode o consumidor perceber, numa reflexão consciente, o impacto das suas escolhas diárias?
Deve questionar “qual é o impacto que este produto ou serviço tem na natureza e na vida das pessoas, aqui ou no outro lado do planeta. Deve perguntar-se se quer contribuir para regenerar ou degenerar os ecossistemas do qual a sua vida depende. “Quero contribuir para a qualidade de vida das pessoas ou para a sua exploração e abuso? Quero contribuir para a prosperidade económica e resiliência local, ou quero encher os bolsos a grandes multinacionais e meia-dúzia de bilionários no mundo?” Podemos reflectir sobre a nossa alimentação, pois a agricultura é das actividades com maior impacto na paisagem e nos ecossistemas. Devemos optar por alimentos que sejam o mais locais possível e cuja produção não degenere o ecossistema, mas ajude a regenerá-lo. Podemos optar pelos mercados locais, em vez das grandes superfícies ou evitar comprar cenouras em lojas de produtos biológicos que vêm da Holanda. Podemos comprar produtos sazonais e que tenham o mínimo de processamento. Podemos pensar na indústria da carne e nas consequências que ela tem para a qualidade de vida dos animais e para a nossa qualidade de vida. Valerá a pena o desmatamento da floresta amazónica para plantar cereais para alimentar sistemas agropecuários? Outra coisa que, muitas vezes nos passa ao lado, é a defesa da água, pois, sem ela, não há vida. E, hoje, é tão comum aceitarmos ir a uma fonte e ela estar poluída ou seca. É alarmante! Se calhar, no jardim, podemos tirar uma parte do relvado e criar uma zona com plantas para biodiversidade e atrair insectos benéficos e alimentar vidas que são tão importantes para que haja alimento. Era bom que as autarquias também o fizessem e apostassem em espécies autóctones nos jardins. 

O exemplo vem de cima?
Para haver uma mudança efectiva, a base é muito importante, com movimentos como o da permacultura, mas isto também tem de vir de cima e de pessoas conscientes no Governo, que queiram mudar as coisas. Cabe-nos a nós votar nessas pessoas. Podemos ser activistas nas nossas áreas e pressionar. Isto é um esforço colectivo que tem de ser feito o quanto antes. Neste momento, já criámos condições tão inóspitas à vida humana, com uma crise ecológica associada à crise económica e social, que não sabemos o que aí virá e os desafios serão cada vez mais difíceis. 

Em Leiria, falou-se em criar uma praia fluvial no Lis, ideia que foi afastada porque “estamos perto da praia e não é preciso”, em resultado, o rio é quase um esgoto a céu aberto. Há alguns anos, houve crianças que plantaram laranjeiras no largo do Terreiro, que foram cortadas porque “as laranjas sujavam as paredes”. As crianças que as plantaram, hoje, têm 30 anos, e não esqueceram e, provavelmente, não perdoam a quem o fez. Quando não se conhece as coisas, dificilmente as defenderemos? A defesa do ambiente é cidadania activa?
Fiz parte dos grupos que pensaram o futuro de Leiria, no âmbito da candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura e apresentei uma proposta ao município que vai nesse sentido. É crucial dar informação e conhecimento às pessoas sobre aquilo que as rodeia, para que elas possam tomar decisões. Temos de começar pelos mais pequenos, mas não podemos esperar 20 anos, até sejam adultos e comecem a tomar decisões diferentes. Já não temos esse tempo. Temos de o fazer já. Temos de tornar os mais novos em agentes activos para pensar o território e apresentar soluções. Quando estava na Austrália começámos a fazer uma parceria entre uma escola australiana e a do Arrabalde, em Leiria. Lá, na Austrália, davam aos alunos do quarto ano a hipótese de desenharem a sua cidade do futuro. E eles trouxeram maquetes e textos justificativos muito interessantes, onde abordavam a água, fogos, biodiversidade, florestas… faziam pressão sobre os pais, os tios e os avós, para que as coisas fossem feitas de forma diferente. Isto tem de começar no infantário e seguir até à vida adulta. Os economistas deveriam estar a desenhar sistemas económicos que beneficiam os ecossistemas que suportam as suas vidas. Porque, se não, estão a desenhar sistemas económicos para quê? Para o colapso? A economia é uma gestão de recursos e nos ecossistemas também há uma economia que é circular. É um fluxo constante de energia entre os vários elementos em rede e cria abundância distribuída equitativamente. Os nossos sistemas de economia são piramidais, com acumulação da riqueza. Propus ao município de Leiria a criação de um pacto de valores entre os mais novos, que pensariam o futuro do território, acompanhados por especialistas, e os decisores políticos, que tomariam decisões mais vantajosas para o ecossistema, pessoas e economias locais. 

Em Mértola, está envolvida num projecto com refugiados afegãos. No que consiste esse trabalho?
Há anos comecei a trabalhar com Rosemary Morrow, designer e professora de permacultura australiana, que dedicou grande parte da sua vida a levar a permacultura para zonas de guerra ou de extrema pobreza. Nos últimos anos, contactei alguns dos seus alunos afegãos, que estávamos a ajudar a desenhar uma escola com metodologia de permacultura em Cabul e a criar uma ONG, antes de a capital cair nas mãos dos talibã. Quando ela caiu, a 15 de Agosto do ano passado, eu já estava em Portugal e eles pediram-me ajuda e à Rosemary, porque estavam em perigo, por serem activistas pela paz e direitos humanos. Além disso, são de uma minoria étnica e religiosa e, por isso, corriam perigo de vida. Começámos com um pedido de duas pessoas e, hoje, a lista tem mais de 100. Dentro da nossa rede de permacultura começámos a procurar possibilidades para os acolher. É muito difícil levar estes jovens para outros países. Para os EUA, quase não conseguimos levar ninguém, para o Canadá também é difícil, conseguimos alguns para a Alemanha. Até que tentámos Portugal e países mais pequenos onde a burocracia é menos complexa. Aconteceu eu ter ido visitar um amigo a Mértola, que está integrado na Associação Terra Sintrópica e, em conversa com ele e com a coordenadora do projecto, percebi que havia vontade de receber refugiados, no contexto do programa Bolsa de Terras. Começou-se a desenhar um programa, que foi apresentado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e fomos autorizados a trazer um grupo de oito pessoas. A viabilidade do projecto é assegurada pela equipa internacional, em parceria com a Câmara e Junta de Freguesia de Mértola, alguns parceiros locais, uma rede de parceiros internacionais, como o Permaculture for Refugees, da Austrália, outras organizações nos EUA e Reino Unido, e a Terra Sintrópica. É uma iniciativa de uma comunidade que quer demonstrar que o acolhimento a refugiados pode ser feito de forma holística e integrada, que é o que o design de permacultura defende. 

Como tem sido a recepção dos habitantes locais a estas novas pessoas?
Queremos que este projecto em Mértola seja um modelo replicável noutras zonas. É muito interessante esta escala de pequena comunidade. Os refugiados vêm contribuir para a economia local e para a regeneração dos ecossistemas locais. O município é muito progressista e está muito interessado na regeneração deste território que se está a transformar num deserto. Viu que era uma mais-valia trazer jovens cheios de energia e conhecimentos novos. A recepção da comunidade tem sido incrível. As pessoas do interior do País têm uma receptividade muito genuína e tem havido muita gente a ajudar. A Terra Sintrópica trabalha o território em várias frentes, como a ecológica, social e económica, com uma rede muito interessante e conseguiu incluí-los nessa rede de contactos. Estes jovens, entre os 20 e 30 anos, todos eles estudantes ou recém-formados, trabalham, todos os dias, em agroecologia, agricultura sintrópica e permacultura. Cultivam alimentos, enquanto regeneram o solo e a biodiversidade do ecossistema. Isto é benéfico para a região que tem uma grande falta de pessoas. Mértola é a segunda zona do País com menos pessoas por quilómetro quadrado e é das mais afectadas pelas alterações climáticas. Isto é um desenho de permacultura, aplicado a um projecto de integração de refugiados.

Perfil
Paixão pela permacultura

Eunice Lisboa Neves, 40 anos, nasceu em Leiria e cresceu ao lado do rio Lis, em São Romão. A proximidade do curso de água fê-la interessar, desde muito nova, por tudo o que se passava com aquele rio de quem a avó contava histórias de peixes e banhos num açude de água limpas, junto à nora que ali existia, nos seus tempos de juventude.

Era um relato que fazia confusão à jovem Eunice que sempre conheceu o Lis poluído e quase sem vida.

“Sempre quis lá brincar mais do que podia, dado o estado do rio. Recordo-me que tentava ir nadar com uma amiga da primária e, sempre que púnhamos um pé na água, levantava-se uma nuvem branca, de resíduos de mármore, provenientes de uma empresa situada a montante”, conta.

“Porque não podemos tomar banho no rio, como faziam antigamente?”, era uma das suas dúvidas mais frequentes. Quando tinha dez anos, fundou um “clube da natureza” na casa do avô e, com os amigos, fez uma recolha de assinaturas das pessoas de São Romão, para enviar ao presidente da Câmara, Afonso Lemos Proença, a pedir que se limpasse o Lis.

“Vivi num meio onde se falava de muitas coisas e que me motivavam a agir.” Passou pela Secundária Francisco Rodrigues Lobo e seguiu para ingressar no curso de Arquitectura Paisagista, na Universidade do Porto.

“Foi a maneira de juntar Ciências e Arte, de que sempre gostei. A seguir fui fazer um estágio nos Países Baixos.” Foi de lá que partiu para um voluntariado para o Nepal, que lhe permitiu estar integrada numa comunidade local e num projecto que passava por fazer o desenho de uma aldeia sustentável para crianças órfãs.

“Foi aí que a minha vida deu uma reviravolta e me encontrei com a permacultura. Tentei perceber como, com a minha formação, podia ajudar a desenhar um sistema mais integrado e ecológico.”

Seguiu-se um curso de permacultura e mais viagens de aprendizagem. Em 2009, regressou a Portugal, com a “cabeça cheia de ideias”.

 
Em 2014, lançou um crowdfunding com o intuito de ir aprender com os “pioneiros do movimento”, na Austrália.
 
Há pouco mais de um ano regressou a Portugal e juntou-se a um projecto em Mértola onde trabalha em permacultura e no apoio a refugiados afegãos. 
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