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O antigo deputado do PS António Gameiro, que foi vereador na Câmara de Ourém e membro da Assembleia Municipal deste concelho, é um dos dois arguidos constituídos na Operação Mais-Valia, que está relacionada com a venda da sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O outro arguido é Paulo Lourenço, antigo secretário-geral da FPF, podendo havendo mais.
Esta terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) efectuou buscas em vários locais, entre eles a sede da FPF. As buscas estão relacionadas com a venda da antiga sede da FPF, em 2018, na rua Alexandre Herculano, em Lisboa, por mais de 11 milhões de euros, adiantou a PJ em comunicado.
Em causa estão suspeitas dos crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção, participação económica em negócio e fraude fiscal, confirmou esta polícia. Segundo aquela nota de imprensa, durante a investigação, “foram identificadas um conjunto de situações passíveis de integrarem condutas ilícitas relacionadas, sobretudo, com a intermediação da venda” do edifício em questão.
A investigação, que teve início em 2021, está a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e vai continuar “com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias”.
Natural da freguesia de Urqueira, António Gameiro é doutorado em Direito. Já foi vereador do PS na Câmara de Ourém, sem pelouros atribuídos. Foi eleito cinco vezes deputado à Assembleia da Repúblico pelo distrito de Santarém.
Nas últimas eleições autárquicas, realizadas e 2021, chegou a ser a anunciado como candidato à liderança do Município de Ourém, mas retirou-se da corrida e demitiu-se da presidência da concelhia local do PS, por ter estado envolvido na na “Operação Triângulo”, na qual foi detida a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António.
