PUBLICIDADE
O mito do facilitismo no ensino profissional foi uma das conclusões retiradas no VIII Fórum Orientação Vocacional e Profissional (OVP), organizado pela Câmara de Leiria, no âmbito do Orienta-te – Programa Municipal de Orientação Vocacional e Profissional.
Segundo os oradores presentes, o ensino profissional continua a ser perseguido pelo preconceito e estigma que consideram este percurso “mais fácil, quando na realidade é mais exigente”.
Também foi desmontada a ideia de que a opção é falta de alternativas ou por não querer estudar, já que “cerca de 60% dos alunos segue para o ensino superior por opção,” e “53%,contra 33% dos cursos científico-humanísticos, terminam o curso com médias finais entre 14 e 17 valores”.
Outro dos aspectos abordados foi a “necessidade de reforçar a formação em contexto de trabalho, via redução da carga teórica dos cursos” e a “inscrição da OVP na saúde mental e nos projectos de vida dos alunos, o que traz a necessidade de reforçar a rede de respostas com serviços clínicos de apoio à saúde mental dos alunos”.
O Fórum permitiu ainda discutir a participação da família, que deve “evitar circunscrições” e “fechar cedo o processo de tomada de decisão, sem antes promover a exploração em abertura das opções e escolhas dos alunos”.
É ainda relevante dar atenção à valência de apoio social no ensino profissional, sobretudo de cariz sócio-económico.
