PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Sociedade

Faleceu a Ti Augusta, a alma do restaurante Ti Augusta, nos Pousos

Redacção por Redacção
Setembro 25, 2021
em Sociedade
0
Faleceu a Ti Augusta, a alma do restaurante Ti Augusta, nos Pousos
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Era na cozinha que se sentia como peixe na água. Durante mais de meio século foi a alma e o rosto do restaurante que lhe herdou o nome, localizado nos Pousos, em Leiria. Maria Augusta Marques, a Ti Augusta, faleceu esta madrugada, aos 97 anos, no Hospital de Santo André.

Em 2016, numa conversa com a jornalista Daniela Sousa Franco, recordou ao JORNAL DE LEIRIA o seu percurso, para a rubrica História de Vida, que agora reproduzimos.

Maria Augusta nasceu na Chainça, em Santa Catarina da Serra, e desde muito cedo soube o que é fazer pela vida. Irmã mais velha de um grupo de oito crianças, filha de uma agricultora e de um carpinteiro, Maria Augusta não estudou além da quarta classe para depressa poder ajudar no sustento do agregado.

“Eu fiz a quarta classe e aprendi muito. A minha professora até dizia que era uma pena não estudar mais. Ainda me recordo de quando os crucifixos começaram a aparecer na escola. Foi há 81 anos e eu andava na quarta classe”, contava, então, Maria Augusta.

Enquanto a sua mãe se ocupava da vida no campo e o pai se dedicava à carpintaria – “foi o primeiro homem que foi trabalhar no Santuário de Fátima” – Maria Augusta deixava os livros para recolher resina pelos pinhais das redondezas. Foi essa a sua actividade até casar.

Nessa entrevista, Maria Augusta referia que o marido foi sempre um homem doente, pelo que, desde início teve de se esforçar para manter o orçamento familiar.

Inicialmente a jovem voltou para o lar dos pais, mas depois recebeu o convite de um tio, que a desafiou a ir viver para sua casa, em Lisboa, onde iria ajudar a tia a cuidar do filho bebé.

Foi com essa tia que Maria Augusta aprendeu a cozinhar. A sua familiar tinha sido cozinheira da Condessa de Palmela e transmitiu-lhe as suas dicas.

O marido morreu aos 47 anos. Antes disso, arrancaram os dois com o negócio. Na entrevista que concedeu ao JORNAL DE LEIRIA em 2016, Maria Augusta recordou como tudo começou.

Contou que, ao ver o casal aflito, com uma parca reforma de 317 escudos, um vizinho trouxe-lhes um burro, uma carroça e um pipo de vinho. A ideia era terem o indispensável para começar a vender vinho nas feiras. O casal assim fez.

Além das feiras, começaram a vender vinho a copo no edifício onde funciona actualmente o restaurante Ti Augusta. A polícia passava para fiscalizar e muitas vezes fechava os olhos por pena do casal e das crianças, recordava Maria Augusta.

A partir do dia em que decidiram abrir o espaço com petiscos a sua sorte mudou. Com o que tirava do restaurante, e apesar de ter ficado viúva tão cedo, conseguiu casar os filhos, fazer-lhes a boda e viajar: “fui à Terra Santa, à Itália, a Marrocos, a Nossa Senhora de Lourdes, a Santiago de Compostela, a todo o lado”.

No início, a casa de repasto não havia uma ementa extensa como se usa agora. Servia-se a terrina da sopa de feijão com hortaliça e a travessa com carne e enchidos. E havia massinha de bacalhau, salientava a cozinheira.

Mais tarde passou a servir também feijoada, rancho e os grelhados. O estabelecimento recebia muitos trabalhadores das redondezas e também gente da cidade, da câmara municipal.

Em 2016, então com 92 anos, Maria Augusta continuava a ajudar na cozinha.

Etiquetas: LeiriamortePousosrestauranteti augusta
Previous Post

Detido na Alemanha suspeito da prática de crimes sexuais no Bombarral em 2010

Próxima publicação

De pequeno se aprende a dançar o folclore

Próxima publicação
De pequeno se aprende a dançar o folclore

De pequeno se aprende a dançar o folclore

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.