A Casa Abrigo para vítimas de violência doméstica da Batalha “chegou ao fim”, anunciou Carlos Agostinho, vice-presidente do município e provedor da Misericórdia, instituição que geria a valência. O anúncio foi feito durante a Assembleia Municipal, realizada no passado dia 28, na sequência do pedido de esclarecimento feito por Fernando Marques, deputado do PSD.
Segundo Carlos Agostinho, o encerramento não aconteceu “por vontade da instituição”, mas sim devido ao regime de financiamento da Casa Abrigo. “O programa operacional Inovação Social e Emprego lançou um aviso recente, em que limitou o número de vagas das casas a 10 lugares. A nossa tem sete lugares e não temos elegibilidade” para fazer uma candidatura, referiu.
“Acolhemos 66 mulheres e 33 crianças em 2022. É indigno o que aconteceu. Estas casas de emergência, nos últimos anos, têm sido financiadas ao abrigo dos programas da comunidade europeia. Todos os anos temos de nos candidatar, e este ano limitaram o acesso ao aviso a número de 10 lugares, e aquele apartamento só tem capacidade para sete lugares”, lamentou Carlos Agostinho.
A Casa Abrigo da Batalha foi das primeiras a entrar em funcionamento no País. As casas abrigo funcionam como alojamento temporário para acolher mulheres vítimas de violência doméstica, acompanhadas ou não de filhos menores, que não possam, por questões de segurança, permanecer nas suas residências habituais, assim como vítimas de tráfico de seres humanos.