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Home Sociedade

Familiares das vítimas queriam mais arguidos no banco dos réus

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Maio 27, 2021
em Sociedade
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Familiares das vítimas queriam mais arguidos no banco dos réus
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Quase quatro anos depois da tragédia se ter abatido sobre Pedrógão Grande, o Tribunal de Leiria começou esta semana a julgar 11 arguidos, para tentar apurar responsabilidades num incêndio sem precedentes, que culminou na morte de 63 pessoas, em Junho de 2017. A maioria das vítimas tombou na Estrada Nacional 236-1, onde as temperaturas atingiram os 1.200 graus e o fumo tornou o ar irrespirável.

O luto de quem perdeu amigos e familiares continua a ser difícil de ultrapassar e agora, que tudo volta a ser recordado, há muitas feridas abertas que não conseguem abafar a voz da indignação, por se assistir a uma espécie de “jogo do empurra”.

“Seria mais justo para nós que os verdadeiros responsáveis fossem responsabilizados. Falta a cúpula [no julgamento], porque é sempre o operacional a ser posto em causa e a assumir o que a hierarquia não assumiu e não quer assumir. Há um conjunto de agentes que deveria estar no banco dos réus e e não está, e isso entristece- nos”, desabafa ao JORNAL DE LEIRIA Dina Duarte, presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG).

Segundo a dirigente, independentemente de quem está acusado, o objectivo é que “seja feita justiça” e que esta seja “consequente”. “Queremos que os nossos mortos e feridos não tenham sido em vão. Se nada mudar na consciência, na forma de actuar e de quem tem responsabilidade e o poder para fazer mudanças, nada disto valeu a pena.” Ao acompanhar as notícias do desenrolar da audiência, a presidente da AVIPG constata que “tudo falhou” naquele dia.

[LER_MAIS]“Foi a prevenção, o combate, o socorro e o rescaldo.” “Falhou o trabalho de limpeza e manutenção e as comunicações”, acrescenta, lamentando que a própria paisagem do concelho pouco se tenha alterado até agora. “O território continua a dar sinais muito aquém do que é necessário. As pessoas precisam de um território mais seguro.” As falhas na prevenção e no combate, de resto, voltaram a ser destacadas no arranque do julgamento.

Os arguidos funcionários da Ascendi, concessionária da EN 236-1, salientaram que a política da empresa determinava que a limpeza florestal das faixas de rodagem na sub-concessão Pinhal Interior fosse de cinco metros e não dez, como ainda hoje estipula a legislação.

Um dos administradores da Ascendi à data do incêndio de 2017, José Revés, admitiu mesmo que a empresa só fazia a gestão de combustível quando notificada pelas autarquias. “Não havia planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, pelo que não fomos notificados para a realização da gestão das faixas de combustível”, acrescentou.

E Rogério Mota, responsável pela coordenação do serviço de assistência e manutenção da sub-concessão do Pinhal Interior, revelou que a “última intervenção, antes do incêndio, foi nos dias 5, 6 e 7 de Junho [de 2017], em toda a EN 236-1”, confirmando que a gestão de combustível era feita numa faixa de cinco metros.

Confrontado pela procuradora da República com fotografias da estrada, em quilómetros onde foram encontradas vítimas mortais, imagens que apresentavam vegetação e árvores a ladear a estrada “a menos dos tais cinco metros”, o arguido salientou que quanto às árvores, o trabalho “era feito na óptica da segurança rodoviária”.

Já o director de Operação e Manutenção da Ascendi, Ugo Berardinelli, garantiu que alertou a comissão executiva da empresa sobre o decreto-lei que prevê a gestão de combustível florestal num perímetro de dez metros. “Chamei a atenção por várias vezes, mas mantiveram-se sempre os cinco metros, decisão validada pelo departamento jurídico [Ascendi]. Não tinha autonomia para decidir.”

Segundo o acusado, “o que estava estabelecido no contrato de manutenção florestal entre a Ascendi e a Vibeiras, prestadora de serviços, é que tinha de cortar cinco metros para lá da faixa de rodagem”. No entanto, se algum município solicitasse uma intervenção adicional a empresa fá-lo-ia.

A advogada do comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, o único operacional de combate a sentar-se no banco dos réus, também salientou, aos jornalistas, a falta de meios com que os bombeiros se depararam no dia fatídico. “Não era possível fazer melhor.

O comandante Arnaut e todos os bombeiros que estiveram naquele dia [no incêndio] fizeram milagres com os poucos meios que tinham. Vivemos num País pobre, com poucos meios, portanto, as restrições orçamentais pagam-se nesta matéria”, frisou Filomena Girão.

Augusto Arnaut quis deixar uma declaração às famílias e amigos das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande durante o julgamento, mas a juiz-presidente considerou que o seu “estado de alma” não era para ser proferido na audiência. “O dia 17 de Junho de 2017 irá perdurar para o resto da minha vida. Infelizmente, as vítimas já não se encontram connosco, mas queria dizer que lamento muito o que o incêndio provocou. Tenho 35 anos de bombeiro, nos quais 20 de comando. Dei o meu melhor. Todos os bombeiros que estiveram comigo nessa ocorrência deram o seu melhor. Sou bombeiro por opção e o meu lema foi sempre salvar vidas e bens”, disse aos jornalistas visivelmente emocionado, à saída do Tribunal Judicial de Leiria.

Recurso para o Tribunal da Relação
Pedida nova distribuição do processo
O Ministério Público (MP) questionou a classificação como mega-processo dos autos relativos aos incêndios de Pedrógão Grande e defendeu nova distribuição, tendo interposto recurso para a Relação de Coimbra. Em 18 de Janeiro deste ano, o MP suscitou ao tribunal a “nulidade e irregularidade da distribuição”, considerando que “pode ter sido colocado em causa o princípio do juiz natural”.
Em resposta ao requerimento do MP, a juíza titular do processo assegurou que a distribuição dos autos foi feita “de forma totalmente electrónica e aleatória, através da aplicação informática em uso nos tribunais judiciais”, pelo que “inexistem quaisquer nulidades ou irregularidades processuais”.
A presidente do tribunal colectivo admitiu, na segunda-feira, o recurso do MP, mas este sobe ao Tribunal da Relação de Coimbra após o julgamento. O MP pedia para este recurso ser admitido com efeito suspensivo, o que determinaria que o julgamento não se iniciasse.
O advogado Ricardo Sá Fernandes alertou que, se for dada razão ao MP pelo Tribunal da Relação, “a produção de prova que se há de produzir até essa data será toda anulada”. “Temos de reconhecer que se o recurso tiver provimento – e é a posição do MP, nem sequer é de nenhuma das partes civis – será altamente desgastante e desprestigiante que este julgamento tenha de começar de novo”, avisou.

 

Etiquetas: autarcasIncêndiosjulgamentojustiçaPedrógão Grandesociedadetribunal
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