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Foi diante de uma “numerosa assembleia”, composta por milhares de pessoas e “no respeito pelas regras sanitárias em vigor”, com uso de máscara e distanciamento social, que o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, presidiu, esta manhã, à missa dominical.
“Este primeiro domingo de Agosto foi, porventura o primeiro momento deste ano, em contexto de pandemia, a registar a afluência de milhares de peregrinos à Cova da Iria”, refere uma nota do Santuário de Fátima.
Durante a homilia que proferiu, o padre Carlos Cabecinhas defendeu que compaixão e a partilha constituem “o verdadeiro antídoto contra a ditadura da indiferença e o egoísmo que marcam os nossos dias”
.
Partindo do relato evangélico do milagre da multiplicação dos pães, o sacerdote desafiou os peregrinos presentes na Cova da Iria e aqueles que seguiam a celebração pelos meios de comunicação social e digital, a olhar para esse episódio bíblico e a fazer dele um desafio de vida.
“Este milagre está ao nosso alcance: gostaríamos que Deus viesse resolver de forma imediata, fácil e indolor, os problemas que nos afligem. Mas este não é o modo de agir de Deus. Ele continua a realizar estes milagres mas fá-lo através de nós” adiantou Carlos Cabecinhas.
O sacerdote acrescentou ainda: “A lógica de cada um por si, que compreendemos muito bem porque é sedutora, sobretudo quando nós temos o necessário, que é apenas outra forma de dizer egoísmo, que se manifesta na indiferença perante os outros, é a lógica que Jesus rejeita.”
Nos próximos dias 12 e 13, o Santuário viverá a Peregrinação Internacional Aniversária de Agosto, também conhecida como a Peregrinação dos Migrantes e Refugiados.
Com vista à sua preparação, a partir de quinta-feira, dia 6 de Agosto, o Santuário propõe um itinerário de aprofundamento espiritual, em oito passos, de forma a preparar “a participação efectiva dos peregrinos neste momento tão especial, mantendo as precauções que o actual contexto sanitário impõe”.
