PUBLICIDADE
A edição deste ano da Feira de Leiria registou uma quebra de quase 20% no número de visitantes. De acordo com dados facultados pela câmara ao JORNAL DE LEIRIA, nos 32 dias de evento (mais cinco do que no ano passado) foram contabilizadas 688.350 entradas, ou seja, menos 160.430 do que na edição anterior, com a contagem a ser feita, “em tempo real”, através de um novo sistema de controlo de acessos com câmaras e inteligência artifical.
O número visitantes acabou por ficar aquém das expectativas da câmara, que acreditava ser possível ultrapassar o recorde registado em 2024 e chegar às 900 mil entradas.
A redução do número de visitantes reflectiu-se também no impacto económico do evento, que a câmara calcula, com base no gasto médio de 20 euros por visitante, que tenha rondado os 13,8 milhões de euros, ou seja, menos 2,2 ME do que no ano passado.
Os dados indicam ainda que o evento gerou receitas para o município na ordem dos 918 mil euros (mais 138 mil do que no ano passado), resultantes, sobretudo, da “venda de espaços aos operadores, serviços prestados pelos operadores, publicidade e activação de marcas”, especifica o presidente da câmara, Gonçalo Lopes, que, com a saída da vereadora Catarina Louro para o Parlamento, assumiu o pelouro dos Grandes Eventos.
Já as despesas, que o autarca prefere designar por “investimento”, também cresceram, totalizado um milhão de euros, ou seja, mais 105 mil euros do que em 2024. As rubricas da despesa com maior volume foram, segundo o edil, “os equipamentos e infra-estruturas (tendas, stand, monoblocos, decoração, electricidade, canalização e segurança, e para a produção e os artistas do Palco Leiria”.
Por seu lado, a Praça da Gastronomia, dinamizada por 22 colectividades e IPSS, permitiu a essas organizações uma receita total de 280 mil euros, acima do valor do ano passado, que se cifrou em 250 mil euros. No total, foram servidas cerca de 55 mil refeições.
Apesar da redução do número de visitantes, o presidente da câmara faz uma avaliação “extremamente positiva” da edição deste ano da Feira de Leiria. Gonçalo Lopes destaca a “modernização e o posicionamento” do evento como “uma das maiores e mais relevantes feiras a nível nacional”, com a edição deste ano a “reforçar o papel da Feira como o evento mais enraizado na identidade leiriense”.
Gonçalo Lopes realça ainda a “sustentabilidade ambiental, económica e social” do certame. Foi, alega, uma área que se consolidou, “com resultados expressivos, nomeadamente, na redução do uso de plástico, na poupança energética e no aumento da recolha selectiva de resíduos”.
“A Feira de Leiria afirma-se, assim, não apenas como um grande evento de entretenimento e de dinamização económica, mas como uma marca identitária da cidade e da região, profundamente ligada à sua população”, conclui o autarca.
