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Home Abertura

Feira de Leiria regressa com reencontros, diversão e esperança

Patrícia Carreira Gonçalves por Patrícia Carreira Gonçalves
Maio 6, 2022
em Abertura
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Feira de Leiria regressa com reencontros, diversão e esperança
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O cheiro a farturas, a pipocas e a pão com chouriço acabado de fazer confundem-se na cor, no barulho de músicas que se atropelam e no movimento inconfundível de uma feira. As crianças furam a multidão e pedem para andar em tudo. Há a vistosa roda gigante, os carrinhos com bonecos que seguem circuitos, a mítica pista de carros de choque, os cangurus e até os reis dos carrosséis que desafiam os mais aventureiros nas altura e nas velocidades.

Dois anos depois de uma vida marcada pelas restrições da pandemia, a Feira de Maio regressou com a diversão à cidade de Leiria e recebeu 60 mil pessoas no primeiro fim-de-semana. Até dia 29 propõe viagens às memórias de antigamente, experiências gastronómicas, passeios de barco pelo rio Lis e palcos com música.

O regresso à normalidade

Remexe as pipocas numa pequena banca, atira que são as melhores do mundo e deixa que o cheirinho e as cores do doce encantem os fregueses que por ali vão passando na primeira tarde de feira. É assim há 30 anos. Durante um mês inteiro, Alice Moreira, de 62 anos, deixa Lisboa para se dedicar à venda na feira de Leiria.

Não se lembra de ter sido em Março mas registou na memória todas as vezes que já mudou de lugar. “Já estivemos do outro lado, depois do rio, mais atrás, e agora estamos no sítio onde comecei a fazer esta feira, no tempo em que ainda havia aqui o campo de futebol antigo”, conta enquanto aponta com um dedo para todos os cantos e segura os sacos com as primeiras pipocas deste ano.

“Agora as brincadeiras também são diferentes”, continua, certa de que por ali “já não se encontram as antigas bolas de serradura com elásticos” ou todos os outros brinquedos tradicionais que noutros tempos faziam os miúdos correr para os corredores com tendas de vendas. De bonecos resiste aos tempos apenas o grande camião com peluches enormes que enchem o olho a qualquer criança (e adulto!) onde o senhor, ano após ano, vai gritando “tire uma senha, sai sempre”. Ri-se e confirma: “sim, sim, esse senhor está cá há anos e junta ali muito povo”.

Naquela que é a única mostra que faz fora da capital, recorda os tempos em que “o chão era em pó, estava sempre tudo sujo e quando chovia era uma miséria”.

“Agora está melhor”, garante, sobre o evento que este ano foi anunciado com uma nova organização, um recinto maior e corredores mais amplos. “Mas para mim parece tudo um pouco mais apertado”, reclama, “além do espaço estar mais caro e os carros onde dormimos e temos tudo estarem mais longe [pela primeira vez no Paulo VI em vez de ser junto ao recinto da feira]”.

Apesar disso, “ao fim de dois anos sem poder trabalhar e sem receber apoios”, regressar a estafeira é regressar à normalidade. “Tenho esperança que as vendas sejam boas para melhorar isto um bocadinho”, acrescenta com um sorriso na cara.

Uma perspectiva partilhada por Manuel Domingues, de 80 anos, que é presença assídua no recinto há mais de duas décadas. Traz consigo a leveza e a felicidade de uma “verdadeira caipirinha brasileira, independentemente da zona e dos moldes” em que a festa seja organizada.

Sentado nas mesas da sua barraquinha, prestes a comer “uma valente sopa”, explica que está “um pouco doente e cansado” mas vale-lhe o apoio da família e dos amigos, como a Carol e o Marco, “para levar o negócio para a frente”. Na primeira tarde de feira, brindada pelo sol, não hesitam em afirmar: “Vai ser um bom ano de vendas, as pessoas têm saudades”.

Feira junta gerações

Ao longe, pelo meio dos carrosséis e com os típicos trajes de nazarena, Maria Varros, de 67 anos, aproveita para passear com os netos.

Com um saco cheio das famosas farturas do Penim na mão, “porque era a barraca que tinha mais fila”, conta que os pequenos são do Algarve mas estão a viver na Nazaré. O Guilherme já se perdeu na nova tenda de jogos, mas a Letícia mostra-se tímida e ainda está a tentar decidir no que quer andar. Tem de escolher um ou dois, no máximo, porque este ano até os preços das diversões aumentaram e há fichas a custar quatro euros.

“Mas mesmo assim isto é uma diversão, parece o Carnaval da Nazaré”, atira despreocupada e divertida a avó que gosta “da festa e do barulho”. Antes de se despedir “para dar mais uma volta” pela zona de exposições e ‘stands’ com roupa, bijuteria e artesanato, acrescenta que “a feira parece muito organizada”.

O ponto de encontro dos mais novos

Na zona dos petiscos os irmãos Duarte e Maria, Francisco e Sofia e o amigo Pedro pediram hambúrgueres e bifanas para reforçar a energia de uma tarde que se prevê longa. Uns vão ter um concerto no palco Leiria, que este ano recebe vários espectáculos de artistas regionais e nacionais, e outros aproveitam a desculpa para passear mais tempo por ali.

Contam que ainda não se perderam pela zona das diversões mas todos se mostram divertidos com o convívio e a multidão. “Já tínhamos saudades desta confusão”, contam os jovens que durante dois anos viveram praticamente dentro de casa.

Na companhia dos pais, que garantem que “são fixes porque deixam fazer tudo”, prometem voltar mais vezes este mês. “Gostamos de vir, andar nos carrosséis e encontrar finalmente a malta”, confidenciam antes das primeiras trincas.

Festa não apaga a dor de uma guerra

Nas traseiras da feira, junto a uma das entradas do estádio municipal, Tatiane, a filha bebé Nikol e uma amiga observam quem passa. Dali ouvem o barulho que resulta da mistura de músicas, risos e gritos e conseguem ver apenas os carrosséis que sobem acima do nível das carrinhas durante os breves segundos em que giram pelo ar. Mas não se entusiasmam com a festa.

“Ainda não fomos à feira e também não sabemos se vamos”, tentam explicar com alguma dificuldade numa mistura português e ucraniano. Refugiadas da Ucrânia, país onde ficaram os familiares, amigos e uma vida desfeita pelas bombas que por estes dias recordam sempre que ouvem foguetes, estão hospedadas nos camarotes do estádio que acolhe a feira na zona do estacionamento. Sem grandes alternativas, encolhem os ombros à pergunta de como vão lidar com o barulho e a multidão durante um mês.

Etiquetas: aberturadiversõesEstádio Municipal de LeiriafeiraFeira de Leiriafeira de maioLeiriapandemiario Lisucrânia
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